Qorpus – Repositório
  • EDITORIAL – N.015 – 04/12/2014

    Publicado em 04/12/2014 às 16:19

    EDITORIAL N.015

     

    No seu último número de 2014, o jornal “Qorpus” homenageia três grandes poetas: Augusto de Campos, Wisława Szymborska e V. Ramakrishnan.

    Em outubro deste ano, foi inaugurada na Document Art Gallery, em Buenos Aires, com curadoria de Gonzalo Aguilar, a primeira exposição na Argentina totalmente dedicada ao brasileiro Augusto de Campos, sob o título “Despoesia”. Foi um grande sucesso, que atraiu, na inauguração, os artistas mais importantes do país, entre eles o poeta Arturo Carrera.

    Na janela “Como é” (à esquerda deste editorial), o leitor lerá um artigo inédito de Gonzalo Aguilar, professor da Universidade de Buenos Aires, sobre alguns aspectos cruciais da obra de Augusto de Campos.

    "Lixo", Augusto de Campos

    “Lixo”, Augusto de Campos

    Na janela “Teatro na praia”, o leitor encontrará a tradução de versos da poeta polonesa Wisława Szymborska, ganhadora do Prêmio Nobel, vertidos para o português pelo seu compatriota radicado no Brasil Piotr Kilanowski, e a primeira antologia em português de um poeta do sul da Índia que escreve tanto em inglês quanto na sua língua regional: V. Ramakrishnan. Seus poemas foram trazidos ao Brasil pelo crítico e professor Márcio Seligmann-Silva, que, em setembro deste ano, durante um congresso na China, conheceu o referido poeta, que é também professor universitário. As traduções são assinadas por Aurora Bernardini.

     

    Também oferecemos aos leitores, neste número de final de ano, na janela “Como é”, ensaios sobre assuntos variados (Bertold Brecht, arte e acaso, Werner Herzog, E.E. Cummings, Gottfried Benn, entre outros), assinados por talentosos pesquisadores brasileiros; e uma entrevista em “portunhol” com o desenhista, escultor e escritor Nuno Ramos, na janela “… à procura de autor”.

    "Ópera dos Três Vinténs", de Bertold Brecht, direção Bob Wilson

    “Ópera dos Três Vinténs”, de Bertold Brecht, direção Bob Wilson

    Na seção de textos criativos, “Teatro na praia”, os destaques são alguns poemas de Jussara Salazar e uma crônica de Raquel Naveira.

    Na seção “Como é”, temos o prazer de disponibilizar um vídeo inédito que documenta a homenagem a Marina Abramović que os alunos do Curso de Artes Cênicas realizaram na UFSC, durante quase seis horas, no último mês de novembro.

    Tributo a Marina Abramovic, UFSC

    Tributo a Marina Abramovic, UFSC

    Na “Agenda Cultural”, destacamos a grande exposição de obras cubistas em Nova York, que se encerrará em fevereiro de 2015.

    "Head of a Man" (1912) , Pablo Picasso

    “Head of a Man” (1912) , Pablo Picasso

    Boa leitura,

    Dirce Waltrick do Amarante e

    Sérgio Medeiros
     


  • EDITORIAL – N.014 – 12/09/2014

    Publicado em 12/09/2014 às 17:29

    EDITORIAL N.014

     

    Neste mês de setembro, oferecemos aos leitores um novo número do nosso jornal on-line, “Qorpus”, com textos inéditos. Na janela “Como é”, a literatura polonesa é o grande destaque: o professor de literatura polonesa Piotr Kilanowski, da UFPR, fala sobre a obra de Stanisław Lem e de seus textos de ficção científica; já o pesquisador Luiz Carlos Budant aborda a obra de Bruno Schulz.

    Desenho de Bruno Schulz

    Desenho de Bruno Schulz

    Nessa mesma janela, os leitores encontrarão ensaios sobre diversos temas: a última performance de Marina Abramovic (“512 Hours”); a poesia sonora em Antonin Artaud; a fotografia e o teatro do absurdo. Também integram essa seção duas resenhas de livros de poesia e de dança. “Como é” traz ainda uma longa e densa reflexão sobre animalidade, de Raquel Wandelli Loth.

    Klara Kristalova

    Klara Kristalova

    Em “… à procura de um autor”, o “Qorpus” entrevista o poeta e tradutor francês Jacques Demarcq, autor do premiado “Les Zozios” e tradutor de E.E. Cummings, Gertrude Stein, entre outros autores vanguardistas.

    Jacques Demarcq

    Jacques Demarcq

    Na janela “Teatro na Praia”, o destaque é a peça “Nijinsky – Minha loucura é o amor da humanidade”, de Gabriela Mellão, que estreou no mês passado em São Paulo e vem merecendo a aclamação do público e da crítica. Esta janela também traz um conto divertido de Stanisław Lem, na tradução de Piotr Kilanowski.

    Nijinsky – Minha loucura é o amor da humanidade

    Nijinsky – Minha loucura é o amor da humanidade

    Finalmente, essa seção contém uma releitura da peça “Toda tarde”, de Gertrude Stein, sob o título “Toda sexta”.

    Na agenda cultural, o destaque é a peça “Nijinsky – Minha loucura é o amor da humanidade”, que ficará em cartaz no Sesc Belenzinho, em São Paulo, até o dia 21 de setembro.

     

    Boa leitura,

    Dirce Waltrick do Amarante e

    Sérgio Medeiros


  • EDITORIAL – N.013 – 01/06/2014

    Publicado em 01/06/2014 às 19:21

    EDITORIAL N.013

    Na janela “Como é”, os destaques desta edição são o ensaio da professora, pesquisadora e tradutora Myriam Ávila sobre a atualidade do estranhamento de Chklovski; e o do poeta e tradutor Claudio Willer sobre o surrealismo no Brasil.

    “A lâmpada do filósofo” (1936), René Magritte

    Nessa mesma janela, outros ensaios falam de dança contemporânea, de performance, do teatro de Erik Satie e de Samuel Beckett, da literatura de Edward Gorey, do papel do poeta no romance e de tradução.

    “Grafia” (1962), Xul Solar

    Em “… à procura de um autor”, o “Qorpus” entrevista Claudio Willer, que fala sobre surrealismo e poesia. O jornal traz ainda uma entrevista com o diretor catarinense Jefferson Bittencourt e com o tradutor e professor José Roberto O’Shea: ambos falam sobre Shakespeare e “Otelo”.

    “Otelo” encenado em Londres em 1930

    Na janela “Teatro na Praia”, o leitor lerá a peça “Not I”, de Samuel Beckett, na tradução inédita de Lauro Baldini; e conhecerá a poesia de Szymborska e Brodskii, na tradução de Piotr Kilanowski. Essa janela também traz uma breve antologia de poemas de Claudio Willer, além de um poema de Luci Collin e um balé de Sérgio Medeiros, que explora a estética do butô.

    James Joyce e Samuel Beckett

    Na agenda cultural, o destaque é o Bloomsday de Florianópolis, festa anual em homenagem ao escritor irlandês James Joyce, que acontecerá no dia 16 de junho na sede da Aliança Francesa.

    Boa leitura,
    Dirce Waltrick do Amarante e Sérgio Medeiros


  • EDITORIAL – N. 012 – 15/03/2014

    Publicado em 14/03/2014 às 17:37

    EDITORIAL N.012

    Na janela “Teatro na praia” (à esquerda da tela), o destaque desta edição é a peça As quatro meninas (1948), de Pablo Picasso, na tradução de Ivo Barroso. Nesta mesma janela, oferecemos um conto do livro Ensaio sobre o entendimento humano, vencedor do Prêmio Paraná de Literatura de1913, de Caetano Galindo.

    “Infanta Margarita María”, série “As Meninas”, de Pablo Picasso, França, 1957.

    Em “… à procura de um autor”, Qorpus entrevista a dançarina e atriz inglesa Valda Setterfield e o escritor catarinense Carlos Henrique Schroeder.

    Valda Setterfield e Merce Cunningham

    http://www.youtube.com/watch?v=lQ0q4iUqDUk

    Na janela “Como é”, entre outros textos, um ensaio de Ana Helena Souza sobre “A tradução selvagem de Thomas Carlyle: Sartor Resartus”; e um artigo de Marina Veshagem sobre o nonsense em Erik Satie.

    Na agenda cultural, destacamos o artista britânico Tino Sehgal, que estará no Rio e em São Paulo nos meses de março e abril, apresentando performances.

    Tino Sehgal

     

    Boa leitura,

    Dirce Waltrick do Amarante

    Sérgio Medeiros


  • EDITORIAL – N.011 – 16/12/2013

    Publicado em 15/12/2013 às 12:18

    EDITORIAL N.011

    Na janela “Como é”, o destaque desta edição é o ensaio da professora Myriam Ávila, “Tropeçar em poesia: um alerta”, sobre a “dificuldade” de se conviver com a poesia.

    Nessa mesma janela, ensaios sobre dança, etnopoética, corpo, teatro e tradução de peças teatrais.

    Em “… à procura de um autor”, Moacir Loth entrevista o antropólogo Rafael José de Menezes Bastos.

    Na janela “Teatro na Praia”, a culinária futurista italiana, na tradução de Aurora Bernardini; e na minha tradução, o conto “O elefante e a borboleta”, de E. E. Cummings.

    Também nessa janela duas peças de alunos do curso de artes cênicas: “O espelho” e “Um homem”, de Ronaldo Pinheiro Duarte, e “Sussuro”, de Eduardo Marques Alexandre, além de uma crônica de João Henrique Fidelis Fernandes.

    Na agenda cultural, destaque para a exposição de “Infinite Obsession” (Obsessão Infinita), da artista japonesa Yayoi Kusama, que volta em 2014 para o Brasil.

    Yayoi Kusama

    http://www.youtube.com/watch?v=Wq0LXh3sais

    Para encerrar este ano e aproveitando que o Natal se aproxima, “Qorpus” perguntou a alguns colaboradores qual livro eles dariam de presente. Confiram abaixo as indicações.

    Edward Gorey

    — Alexandre Fernandez Vaz, professor do PPGE e do DICH, ambos da UFSC, e pesquisador do CNPq.

    Eu daria Nu, de botas, livro de Antonio Prata, com crônicas memorialísticas sobre a infância. Seria um belo presente pela precisão retórica que o adulto alcança ao mimetizar os impulsos da criança. Com muita ficção, como convém à memória, o livro é um conjunto de interpelações ao passado em que o melhor da vida dos pequenos e da narrativa sobre ela não deixa de emergir: o espanto. Faz um par interessante e meio atravessado com “Infância berlinense: 1900”, de Walter Benjamin, também publicado neste ano, em linda tradução de João Barrento.

    — Alexandre Nodari, editor da Cultura e Barbárie (www.culturaebarbarie.org).

    Sem dúvida, O suplício do Papai Noel, de Claude Lévi-Strauss, por nos ajudar a entender o “ritmo duplo de solidariedade acentuada e de antagonismo exacerbado” que percebemos em qualquer ceia natalina, familiar ou profissional. Papai Noel vive sob o signo de Saturno e toda cerimônia de presentes é também um potlach, ritual de destruição.

    — Berthold Zilly, professor de literatura latino-americana e tradutor.

    Antonio Callado. Esqueleto na Lagoa Verde. Ensaio sobre a vida e o sumiço do Coronel Fawcett. São Paulo: Companhia das Letras, 2010, 160 pgs. [1a edição 1953].
    Esta reportagem sobre um mito duplo — a cidade perdida na selva do Mato Grosso, e o pesquisador perdido em sua busca — não perdeu nada, nos 60 anos desde sua estreia, de sua qualidade informativa, reflexiva e estética. Pois discute, sempre numa escrita precisa, elegante, irônica, questões centrais da história e da sociedade brasileira, do destino das populações indígenas, da pesquisa geográfica, histórica e antropológica, do poder da mídia, do imperialismo e neo-colonialismo inclusive nas ciências, mas também da condição humana em geral: os limites e as contradições da civilização, do desenvolvimento, das verdades epistemológicas e éticas. Uma magistral desconstrução de uma história de aventuras e de um caso policial que gerou um belíssimo ensaio humanista, entre cético, melancólico e poético.

    — Caetano Waldrigues Galindo, professor de história da língua portuguesa na UFPR e tradutor literário. Traduziu, entre outros, Ulysses, de James Joyce, que ganhou vários prêmios de tradução.

    Ana Kariênina. Só fui ler esse ano (vergonha!), mas é simplesmente sensacional. Bela tradução, belo projeto gráfico, um volume pra guardar e um livro pra não esquecer. Uma aula de romance.

    — Clélia Mello, professora do curso de cinema da UFSC e cineasta.

    Livro que darei no Natal: Klaxon em revista (Cosac).

    De mim.

    Para mim.

    Edição facsimilar da primeira revista modernista brasileira Klaxon foi lançada em São Paulo um pouco antes da Semana de Arte Moderna e circulou mensalmente entre maio de 1922 a janeiro de 1923.

    — Patricia Peterle, professora de literatura italiana, ensaísta e tradutora.

    A Coisa Perdida – Agambem comenta Caproni (Editora UFSC). Caproni é um dos grandes nomes da poesia italiana do século XX. É da mesma geração de Vittorio Sereni, Pier Paolo Pasolini e Giorgio Agamben, todos seus amigos.  A sua linguagem arquitetural propõe, ao mesmo tempo, um diálogo e uma infração com a tradição, basta pensar no uso do enjabement e nas soluções adotadas para a forma do soneto, ou ainda, nas experimentações mais radicais de Res Amissa, que empresta o título à coletânea brasileira. A cesura, elemento também da existência, faz parte da escritura caproniana. Poeta singular/plural, em seus versos arte e pensamento fazem parte da mesma moeda. A ceura, elemento também da existência, faz parte da escritura caproniana.

    — Sandra M. Stroparo, professora de Teoria Literária e Literatura Brasileira na UFPR e tradutora literária.

    Carlos Drummond de Andrade: Poesia 1930-1962. Porque Drummond é incontornável e a edição dos poemas está muito caprichada.

    — Sérgio Medeiros, poeta, tradutor e professor da UFSC, pesquisador do CNPq.

    Sem dúvida nenhuma eu daria de presente de Natal Os sonhos teus vão acabar contigo, do escritor russo Daniil Kharms. O livro, traduzido por Aurora Bernardini, Moissei Mountin e Daniela  Mountin e publicado recentemente, reúne prosa, poesia, teatro e crítica, tudo escrito com humor impagável que deságua no nonsense e no absurdo.

    Wesley Collyer, presidente da Academia Catarinense de Letras e Artes (www.acla.org.br).

    O livro dos abraços, de Eduardo Galeano. A memória do autor, e de certa forma a da América Latina, é contada em forma de pequenos momentos – minicrônicas – que emocionam. Um pequeno (por ser edição de bolso) grande livro.

     

    Boa leitura,
    Dirce Waltrick do Amarante


  • EDITORIAL N. 010 — 29/09/2013

    Publicado em 29/09/2013 às 14:58

    EDITORIAL N.010 

    Na janela “Como é”, os destaques desta edição são os ensaios: “Autonomia, pós-autonomia, an-autonomia”, no qual a professor Raul Antelo discute temas candentes contemporâneos na área da estética e da política; “O teatro do absurdo de Daniil Kharms”, de Aurora Bernardini, sobre a obra do escritor russo, precursor de “‘gigantes’ como Ionesco e Samuel Beckett”.

    James Turrell, “The light inside”

    Nessa mesma janela, recomendo ao leitor os ensaios de Alexandre Nodari sobre censura; o de Telemakos Endler sobre a peça “Um dia qualquer”, de Julia Spadaccini; uma breve análise do conto “O velho”, de Verônica Stigger, por Ana Carolina Cunha da Conceição e Eduardo Marques Alexandre. Ainda nesta janela, alunos de artes cênicas debatem sobre a obra de Nelson Rodrigues. Por fim, um ensaio sobre a última performance/instalação do artista norte-americano Paul McCarthy.

    Paul McCarthy, “WS”

    Em “… à procura de um autor”, Carolina Volpi entrevista Tânia Garcia, Paula Wenke e Mariana Lessa, que trabalham com teatro para deficientes visuais, mas não só para eles. Na janela “Teatro na Praia”, duas peças curtas do russo Daniil Kharms, na tradução de Daniela Moutin; a tradução inédita, de minha autoria, da peça “A cantora careca”, do dramaturgo romeno, naturalizado francês, Eugène Ionesco.  Dois poemas inéditos do livro “Viagens e passeios às Ilhas”, de Sérgio Medeiros.

    Henri Rousseau, “L’enfant aux rochers”

    Na agenda cultural, destaque para dois pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina: o Prof. Raul Antelo recebe o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Cuyo, Argentina; e Alexandre Nodari, doutor pela UFSC, vence o Prêmio Bunge na categoria juventude – Crítica Literária

    Boa leitura,
    Dirce Waltrick do Amarante


  • EDITORIAL N.009 – 21/06/ 2013

    Publicado em 21/06/2013 às 18:12

    EDITORIAL N.009

     

    Na janela “Como é”, os destaques desta edição são os ensaios: “Aristófanes vai à escola”, no qual a professora e tradutora Adriane Duarte conta a experiência de crianças de uma escola pública de São Paulo com a obra de Aristófanes; “Notas intempestivas, um ensaio”, de Júlia Studart, sobre a obra de Gonçalo Tavares; e “Esculturas verbais: a poesia de Carl Andre e Richard Long”, no qual Sérgio Medeiros discute as relações entre escultura e literatura na arte minimalista e na Land Art.

    Copper Ribbon (1969), de Carl Andre

     Nessa mesma janela, recomendo ao leitor os ensaios de Marina Veshagem sobre o compositor francês Erik Satie; o de Mantra Santos sobre “Alice no País das Maravilhas”; e o de Blanca Castelló sobre a relação entre a comédia e a política.

    Erik Satie. Ouça abaixo: Trois Gymnopédies

    http://www.youtube.com/watch?v=q7DBoiyBoJ8

    Em “… à procura de um autor”, o ator, diretor e produtor teatral catarinense Renato Turnes fala sobre a sua carreira em entrevista concedida a Telemakos Endler.

    Na janela “Teatro na Praia”, alguns semifinalistas do Prêmio Portugal Telecom e suas obras; um poema em homenagem a Macedonio Fernández; duas peças breves escritas por alunos do curso de cinema da UFSC.

     Na agenda cultural: o Bloomsday 2013; Fita Floripa e a exposição MIRA (artes visuais contemporâneas dos povos indígenas).

    Boa leitura,
    Dirce Waltrick do Amarante


  • EDITORIAL – N. 008 – 05/04/2013

    Publicado em 05/04/2013 às 18:50

    EDITORIAL N.008

    Na janela “Como é”, desta oitava edição do jornal “Qorpus”, destaco o ensaio “Poéticas da penúria: o ator beckettiano”, do ator e diretor Fernando Mesquita. O ensaio é um fragmento de sua tese de doutorado defendida recentemente nesta Universidade e aprovada com a nota máxima. 

    “Dias Felizes”, de Samuel Beckett

    Outros destaques dessa mesma janela: a resenha do livro “Toda poesia” (Companhia das Letras, 2013), de Paulo Leminski; dois ensaios sobre a despedida da carreira da dançarina e performer Trisha Brown; um texto em homenagem aos cem anos de “A sagração da primavera”, de Igor Stravínski; e um ensaio sobre a premiada produção local “Paper Macbeth”, dirigida por Sassá Moretti.   

    Trisha Brown Dance Company

    Em “… à procura de um autor”, Telemakos Endler entrevista, com exclusividade para o “Qorpus”, a dançarina e atriz inglesa Dorothy Max Prior. Dentre outros temas, Prior discorre sobre os conceitos de “site-specific”, “site-generic” e “site responsive”.
    Na janela “Teatro na Praia”, um texto de Gertrude Stein, inédito em português, na tradução de Luci Collin.

    BR3, Teatro da Vertigem

    Na agenda cultural, a “I Semana de Artes Cênicas da UFSC”, prevista para maio.

    Boa leitura,
    Dirce Waltrick do Amarante

     


  • EDITORIAL – N. 007 – 25/12/2012

    Publicado em 25/12/2012 às 16:00

    EDITORIAL N.007
    Na última edição de 2012, ano do centenário de Nelson Rodrigues, o dramaturgo brasileiro não poderia ficar de fora do jornal “Qorpus”, que agora lança o seu sétimo número. Na janela “Como é”, além de um ensaio de minha autoria, também falam sobre o autor de “Vestido de Noiva” Telemakos Endler, Juliana Schiavo e Jacqueline Kremer, todos atores e alunos do curso de Artes Cênicas da UFSC.

    Nelson Rodrigues 

    Nessa mesma janela, a máscara de pão do artista japonês Tatsumi Orimoto é tema de uma análise de Mantra Santos e Telemakos Endler.

    “Bread Man”, Tatsumi Orimoto

    Os mesmos ensaístas fazem a crítica, respectivamente, dos espetáculos “Hamlet in Quarto” e “A Menina Boba”, ambos apresentados no segundo semestre deste ano em Florianópolis.

    Em “… à procura de um autor”, o destaque é uma pequena antologia do poeta e performer paranaense Ricardo Corona, finalista do prêmio Jabuti deste ano, na categoria poesia, com o livro “Curare” (Iluminuras, 2011).

    Ricardo Corona, performance Jolifanto (Teatro do Paiol, Encontro Impressões Pan-Américas, 2007 – parceria com Eliana Borges)

    Nessa mesma janela, o leitor encontrará dois poemas: um de Luci Collin e outro, em portunhol selvagem, de Douglas Diegues. Também lerá duas crônicas assinadas por Jacqueline Kremer e Priscila Andreza de Souza. E assistirá a um vídeo-poema dirigido por Priscila de Souza Serafim.

    Na janela “Teatro na Praia”, Sérgio Medeiros entrevista Ricardo Corona; e Telemakos Endler entrevista a atriz e diretora Barbara Biscaro.

    Na agenda cultural, o concurso de crônica “Maura de Senna Pereira”, da Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC).

    A próxima edição deste jornal será lançada em março de 2013, ano do centenário de encenação de “A Sagração da Primavera”, de Igor Stravinsky. Essa data será um dos temas da oitava edição.

    “A sagração da primavera”, versão de Pina Bausch

    Boa leitura,
    Dirce Waltrick do Amarante


  • EDITORIAL — N. 006 — 23/09/2012

    Publicado em 24/09/2012 às 0:19

    EDITORIAL N.006

    Na janela “Como é”, desta sexta edição do jornal “Qorpus”, destaco o ensaio “Poesia e subjetividade”, da professora da Universidade Federal de Minas Gerais, Maria Esther Maciel. Nesse ensaio, Maciel discute a potencialidade de a poesia “passar as fronteiras ou os confins do humano” para chegar ao animal: “ao animal em si, ao animal em mim e ao animal em falta de si mesmo”. Pensar a animalidade tem sido, ultimamente, um instigante tema nos debates culturais, nas mais diversas áreas. Na nossa Universidade, a discussão da relação entre homem e mulher, homem e animal e o fracasso (ou a estranheza) dessa relação são os temas do monólogo “Peixe sente dor (!)”, de Márcio Cabral, com atuação de Lorenzo Lombardi, que foi apresentado, em julho deste ano, numa única sessão, na Universidade Federal de Santa Catarina, mas que deverá novamente entrar em cartaz em breve.

    “Pássaro no espaço”, de Constantin Brancusi

    Ainda na janela “Como é”, outro destaque é o ensaio da professora da Universidade Federal do Paraná, Sandra Stroparo, especialista e tradutora de Mallarmé. Nesse ensaio, ela fala sobre o teatro do grande escritor francês. Stroparo lembra que “Ele próprio escreveu vários textos dramáticos — e dramatizáveis. ‘Hérodiade’, poema narrativo e dramático, foi escrito e reescrito durante toda sua vida. ‘L’après-midi d’un faune’, poema originalmente publicado com ilustrações de Manet, tornou-se no século XX uma peça de balé com música de Debussy e coreografia de Nijinski, numa montagem definitivamente clássica.”

    Nijinski, Fauno, 1912

    Também na mesma janela um ensaio poético da professora da Universidade de São Paulo, Aurora Bernardini, sobre o ensino do “primário ao doutorado”: “Apesar de meu escrito se dirigir mais a universitários (estou preparando uma questão que uma jornalista me propôs : ‘É possível uma Tese sem Teoria?’), vou começar pelo básico – e não apenas por questões de saudosismo tipo ‘Como era verde meu vale’, mas porque a própria sabedoria popular sabe que é desde pequenino etc…”

    Ainda em “Como é”, Tobias Nunnes discute a peça “Tragédia endogonidia”, de Romeo Castelucci e sua Cia.

    Lorenzo Lombardi faz, nessa janela, uma reflexão sobre o papel do ator.

    Leandro da Silva Batista, finalmente, fala sobre o xamã nas mídias contemporâneas.

    Totem, “Os Simpsons”

    Em “… à procura de um autor”, Marina Veshagem entrevista, com exclusividade para o “Qorpus”, o múltiplo artista Jorge Bodanzky.

    Na janela “Teatro na Praia”, dois poemas, um de Bruno Felipe Rothbarth Decker, “viver das life”, e outro de Tobias Nunnes, “Inverno”; e uma crônica de Priscila Andreza de Souza. Por fim, Gisela Aparecida Farias faz uma experiência de leitura com um texto do polêmico Paulo Coelho, e Francielly Cabral nos apresenta, oralmente, seus rituais diários.

    “Um livro de nonsense”, de Edward Lear

    Na agenda cultural, os destaques são os 200 anos do escritor, pintor e desenhista inglês Edward Lear; a Feira de Livros da EdUFSC, que ocorre de 24 de setembro a 25 de outubro; e a Mostra de Artes Cênicas (MAÇÃ) da UFSC, no início de outubro. Vale a pena conferir também, em vídeo, como foi o Bloomsday 2012 de Florianópolis.

    Boa leitura,
    Dirce Waltrick do Amarante