Witold Gombrowicz: a personagem autocriada do escritor em seu diário – Eneida Favre

Witold Gombrowicz: a personagem autocriada do escritor em seu diário

Eneida Favre*

 

GOMBROWICZ

GOMBROWICZ

De 1953 a 1969, ano de sua morte, o afamado escritor polonês Witold Gombrowicz escreveu uma de suas obras mais polêmicas e admiradas, o Diário [1], que era publicado em capítulos, na revista da emigração polonesa em Paris, Kultura.

Remetendo-nos às observações de Bakhtin (1979) sobre as autobiografias, queremos ressaltar neste artigo aquelas que dizem respeito a como o autobiógrafo, incluindo aqui aqueles que escrevem seus diários, acaba por narrar não quem ele é, mas como ele representa a si mesmo, ao criar uma personagem de si próprio.

Bakhtin salienta que ao se narrar sobre a própria vida, necessariamente se abarca a narração das vidas de outras personagens. E não há como separar essas histórias que se entrelaçam com a sua própria e nem ficar isento à influência que as formas de valoração dos outros exercem sobre nós. Na narração da vida, em que o narrador divide o mesmo espaço com outras personagens, o autobiógrafo acaba por também tornar-se uma personagem de sua própria narração.

Em outras palavras, de acordo com Bakhtin, poderíamos dizer que, em relação ao autobiógrafo, uma autobiografia não é uma simples narração do “eu”, porém uma autocriação ─ não necessariamente pura ficção ─, mas a construção de uma identidade que é reflexo da interação axiológica das outras personagens da narração com o autor.

O próprio Gombrowicz anunciou sua intenção de criar a personagem Witold Gombrowicz, quando escreveu no Diário:[2]

Os outros diários deveriam estar para este, assim como as palavras “eu sou assim” estão para as palavras “eu quero ser assim”. (p. 62)

Sabemos que o Diário de Gombrowicz não se traduz por um relato autobiográfico comum. O Diário é uma mescla de diversos gêneros literários, pelos quais Gombrowicz transitava com facilidade, e que, habilmente costurados uns aos outros, deixam vislumbrar o excepcional talento do artista.

Ao lermos o Diário, e sem querer traçar aqui um perfil psicológico do autor, constatamos que Gombrowicz sempre ansiou pelo reconhecimento de seus contemporâneos e o sucesso literário. Esse desejo parece nortear toda sua vida adulta. Supomos, portanto, que a personagem do escritor Gombrowicz sobrepõe-se em densidade, por exemplo, à personagem do cidadão polonês ou à do exilado, embora todas essas facetas sejam indissociáveis e componham um e mesmo Gombrowicz. Portanto, o “quero ser assim” gombrowiczano nos fala principalmente do tipo de escritor que Gombrowicz almejava ser e do tipo de obras que gostaria de escrever para deixar sua marca no mundo.

E então nos perguntamos: Dentre os gêneros literários usados por Gombrowicz para compor o seu Diário, qual deles melhor nos permitiria delinear a personagem do escritor Witold Gombrowicz, criada por ele nas páginas de sua obra-prima? Como Gombrowicz representa a si mesmo como escritor no Diário? Quem é a personagem Witold Gombrowicz escritor?

Milan Kundera, renomado escritor tcheco, num capítulo a respeito de Gombrowicz, em seu livro A cortina, de 2005, nos inspira uma resposta, quando escreve:

Um romancista que fala da arte do romance não é um professor discorrendo de sua cátedra. Vamos imaginá-lo mais como um pintor que o recebe em seu ateliê, onde, de todos os lados, os quadros, encostados nas paredes, olham para você. Ele falará de si mesmo, mas ainda mais dos outros, dos romances que ama e que estão secretamente presentes em sua obra. (p. 75)

Gombrowicz exerceu com paixão a crítica literária. Era um leitor voraz, um aficionado da literatura, um erudito admirador de poucos escritores e antagonista de muitos. Através da crítica literária, mostrou-nos, de acordo com seus critérios pessoais, os valores literários que prezava e os equívocos que o irritavam nas obras lidas, deixando-nos como herança “sua própria poética do romance”, como diz Kundera.

Então, ao expor seus gostos e dissabores literários em relação às obras de outros autores, esclareceu-nos a cerca de suas próprias convicções sobre literatura, plasmando de modo indireto ─ às vezes também direto ─ a personagem do escritor Witold Gombrowicz, ou seja, do tipo de escritor que ele gostaria de ter sido e de como ele gostaria de ser visto por seus contemporâneos e pelas gerações seguintes que leriam seu Diário.

Kundera afirma sobre Gombrowicz: “Antes de tudo, ele ama Rabelais” (p. 75). E é verdade. Gombrowicz expressou no Diário uma intensa admiração por Rabelais, e a justifica dizendo que o francês, que não estava preocupado em expressar sua época, acabou por fazê-lo porque expressou “a si mesmo com a maior liberdade possível” (p. 91), e, desta forma, a todos de seu tempo. Ele diz:

Rabelais não tinha nem ideia se era “histórico” ou “supra-histórico”. Não pretendia cultivar a “literatura absoluta” nem professar a “arte pura”, nem tampouco – antes o contrário – expressar sua época; em fim, não pretendia nada porque escrevia assim como um menino faz suas necessidades embaixo de um arbusto: para se aliviar. Atacava o que o enfurecia; combatia o que se lhe atravessava no caminho; e escrevia para deleitar-se – e para deleitar os outros –; escrevia o que lhe ditava a pluma. (p. 91)

Ao longo do Diário, várias vezes Gombrowicz expressa essa necessidade que tinha, e que reconhecia também em Rabelais, de escrever aquilo que lhe viesse à cabeça, para seu próprio deleite e o de seus leitores. Dizendo de outro modo, Gombrowicz almejava livrar-se da forma, isto é, de estruturas escravizantes que tolhessem a criatividade do escritor. Assim se referiu, numa das vezes, à literatura polonesa, aludindo a Adam Mickiewicz, considerado o maior poeta polonês do Romantismo, nascido onde hoje se encontra a Lituânia, que na época estava anexada pela Rússia Imperial:

Minha relação com a Polônia resulta de minha relação com a forma ─ desejo esquivar-me da Polônia, assim como me esquivo da forma ─ desejo elevar-me acima da Polônia, assim como me elevo acima do estilo ─ nos dois casos, minha tarefa é a mesma. […] Há cem anos, um poeta lituano plasmou a forma do espírito polonês; hoje eu, igual a Moisés, livro os poloneses da escravidão dessa forma, liberto o polonês de si mesmo… […] E me pergunto, quanto dessa assim chamada intelligentsia conseguiria compreender quantas infinitas perspectivas esta revolução cria para nós, com a condição de que se encontrem pessoas suficientemente decididas e valorosas para levá-la à sua realização final. Que renovação! Que afluência de energia criativa e que vigor nessa emancipação do polonês ante si mesmo!

Para Gombrowicz as convenções eram como “uma jaula apertada de conceitos” (p. 62) na qual gostariam de lhe aprisionar. O poeta Czesław Miłosz, ao discorrer sobre o Romantismo na Polônia, em The History of Polish Literature (1983)faz as seguintes considerações sobre as causas do messianismo polonês, que acabou por influenciar várias gerações de escritores poloneses:

Insurreições heroicas, participação em movimentos revolucionários por toda a Europa, execuções retaliativas levadas a cabo pelos poderosos ocupantes e as deportações para a Sibéria inevitavelmente formaram a mentalidade polonesa. […] Uma antiga tendência para idealizar “a liberdade dourada”, que havia distinguido a Polônia de seus vizinhos, as monarquias autocráticas, sofreu uma mutação: apareceram grandes talentos para a autocomiseração e a Polônia era apresentada como a vítima inocente sofrendo pelos pecados da humanidade. […] Colocar a literatura polonesa desse período em uma perspectiva apropriada é uma tarefa que nunca foi concluída. Uma selva de correntes em ziguezague, de ideias loucamente ousadas, de autocomiseração e arrogância nacional, e de inigualável brilhantismo na técnica poética exige explorações renovadas. […] Contrário ao tipo de Romantismo que foi identificado em muitos países com a retirada do indivíduo para seu próprio mundo interior, o Romantismo na Polônia adquiriu um caráter extremamente ativista e era claramente uma consequência de muitas ideias do Iluminismo. (Miłosz:1983 [1969], p. 200-201)

Era principalmente contra o extremo nacionalismo polonês, o messianismo e os “sentimentos demasiadamente provincianos” (p. 96) incrustados na literatura polonesa que Gombrowicz se rebelava, pois, no seu entendimento, obstaculizavam a desejada profunda renovação da literatura e sua autenticidade. Não é à toa que seu primeiro grande romance, Ferdydurke, tenha vindo justamente denunciar a inautenticidade reinante na sociedade polonesa da época, que mesmo se revestindo dos ares do modernismo, traía-se como conservadora e moralista frente a qualquer situação-limite. A crítica de Gombrowicz não se restringia, no entanto, à literatura polonesa, mas a toda literatura ocidental, e por isso buscava não atrelar-se a qualquer escola ou corrente literária para, no seu entender, manter-se verdadeiro:

E além disso ─ por acaso não devo diferençar-me do pensamento europeu atual?, não são minhas inimigas as correntes e doutrinas com as quais me assemelho?, necessito atacá-las para obrigar-me a ser diferente ─ e a obrigá-los a confirmar essa diferença. (p. 63)

Uma das críticas mais ferinas de Gombrowicz recai sobre os poetas. Em seu ensaio crítico sobre o fazer poético, Przeciw poetom (Contra os poetas), incluído no primeiro tomo do Diário, Gombrowicz condena a poesia de linguagem difícil, hermética e obscura, as experimentações gramaticais e a pretensão estética subjetiva, transcendente, sublime e alienada da realidade, conhecida como “poesia pura”. A realidade para ele estava diretamente ligada ao indivíduo e, por isso, acreditava que devesse haver poesia em linguagem compatível com cada classe de pessoas existente ─ e não só poesia para ilustrados e eruditos. E essa poesia deveria ser centrada no ser humano concreto e voltada para ele e para sua vida, ou seja, para o que o autor entendia por realidade.

Miłosz (1983:435) cita o seguinte fragmento, retirado do monólogo do terceiro ato da peça Ślub (O casamento, 1953), de Gombrowicz, como manifesto de sua filosofia antropocêntrica:

Eu rejeito cada ordem, cada conceito,

Eu desconfio de cada abstração, de cada doutrina,

Eu não acredito em Deus ou na Razão!

Chega desses deuses! Dê-me o homem!

Seja ele como eu, problemático e imaturo,

Confuso e incompleto, escuro e obscuro,

De modo que possa dançar com ele! Brincar com ele! Lutar com ele!

Fingir para ele! Deleitar-me com ele!

E estuprá-lo, amá-lo e forjar-me

De novo a partir dele, e que eu possa crescer através dele, e deste modo

Celebrar meu casamento na sagrada igreja humana!

Poetas românticos poloneses, compelidos a emigrar por causa da situação sociopolítica na Polônia, como Mickiewicz, Słowacki, Krasiński i Norwid, usaram de sua arte para fomentar o espírito nacionalista polonês e contribuíram para que a classe dos poetas passasse a gozar de grande admiração por parte de seus compatriotas, às vezes de forma irrestrita, chegando até à veneração, e quase sempre de modo indulgente, o que alimentava egos inflados e amores-próprios invejosos.

Em seu ensaio, apesar do título generalizante ─ Contra os poetas ─, Gombrowicz possuía um alvo particular: os Poetas ─ grafado com letra maiúscula, como ele fez questão ─ que ignoravam o indivíduo e compunham versos com a intenção de se engrandecerem perante outros Poetas, num jogo dissimulado de vaidades, onde elogios de superfície conviviam com menoscabos de bastidores, e onde o incompreensível e o sublime nas letras eram valores de incansável perseguição.

Sua antipatia tornava-se ainda mais criticamente mordaz quando os ditos Poetas gostavam de ostentar uma aura mítica, prezavam a adulação e a veneração pública, e apreciavam sobremaneira a denominação de gênios da raça.

Suas farpas também se destinaram àqueles “admiradores” dos Poetas, que, longe de se sentirem realmente arrebatados pela produção poética de seus reverenciados, mal conheciam suas obras, sendo o êxtase perante elas uma questão de falsa erudição aliada a uma necessidade de visibilidade social.

Além disso, também satirizou aqueles que, sem respeitar sua própria sensibilidade artística, eram capazes de ovacionar qualquer expressão de arte, apenas para se mostrarem modernos e articulados. Sobraram também alfinetadas para os poetas que se utilizavam “de uma forma herdada de outros poetas” (p. 318), sem expressarem a si mesmos. Ou seja, Gombrowicz sempre batia na mesma tecla, aquela da falta de autenticidade, tanto dos poetas, quanto de seus admiradores.

Ao longo do ensaio Contra os poetas, identificam-se menções explícitas, e outras nem tanto, a poetas ou movimentos artísticos que possuíam alguma característica que Gombrowicz contestava, como, por exemplo, os românticos já citados.

Criticou também os representantes da Młoda Polska ─ a Jovem Polônia, período artístico polonês iniciado na última década do séc. XIX, promotor de movimentos como o simbolismo, o decadentismo e o neorromantismo. Gombrowicz aproveitou para incluir aí o francês Mallarmé, cujos trabalhos influenciaram toda uma geração de simbolistas poloneses. Não se esqueceu de criticar também os sucessores da Młoda Polska, os integrantes do movimento Skamander, quando se reportou no Diário às discussões estéreis sobre temas que considerava fúteis, como “as terríveis polêmicas a respeito das assonâncias” (p. 320). Alertou sobre a não eficácia das experimentações no terreno da arte, referindo-se, assim, indiretamente, aos poetas experimentalistas, denunciando suas “experiências sacralizadas” (p. 319). Ao criticar o uso da “metáfora liberta de todo freio”(p. 319) nos poemas, fez uma menção indireta, por exemplo, à poesia de Tadeusz Peiper (1891-1969) ─ poeta, crítico de arte e teórico da literatura, papa da Vanguarda de Cracóvia, movimento vanguardista dos tempos do entreguerras, que pregava uma poesia que, entre outras coisas, fosse capaz de expressar sentimentos de forma indireta, utilizando perífrases e metáforas, numa construção complexa e artesanal.

É digno de análise também o ensaio, que Gombrowicz incorporou a seu Diário, sobre Henryk Sienkiewicz (1846-1916), escritor polonês, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1905. Apesar de reconhecer sua genialidade, não deixou de comentar que talvez não tivesse ainda existido “um escritor de segunda tão de primeira qualidade”, e que escreveu romances que Gombrowicz considerava medíocres, mas que ele mesmo não conseguia parar de ler. Chegou a considerar que a influência que Sienkiewicz teve sobre a Polônia foi muito maior do que a de Mickiewicz. Encantou seus leitores com histórias sedutoras e simples, que eram lidas com prazer e que, segundo Gombrowicz, acertaram em cheio no “sonho polonês da beleza” (p. 326). Portanto, apesar de não reconhecer um alto valor artístico nas obras de Sienkiewicz, Gombrowicz se rendeu àquilo que o autor mais querido da Polônia tinha conseguido e que, em seu caso, era ainda apenas um sonho: a admiração irrestrita de seus leitores.

Está análise, ainda que incompleta, dado o vastíssimo material de que se compõe o Diário, já nos possibilita desenhar as características mais importantes da personagem do escritor Witold Gombrowicz.

A personagem Gombrowicz almejava escrever suas obras de um ponto de vista humanístico, valorizando o ser humano e sua problemática existencial, centrado em sua realidade, e denunciando a falsidade nos relacionamentos e as convenções repressoras da criatividade e da autenticidade. Queria ser diferente, inovador e independente de qualquer corrente literária, escrevendo com a maior liberdade possível e divertindo-se com seu trabalho. Queria valorizar a linguagem compreensível para as várias classes de pessoas, abominando as construções e aberrações linguísticas complexas. Queria ser moderno, não identificado com o pensamento polonês, que considerava provinciano e repleto de autocomiseração. Queria ser visto como um escritor polêmico, crítico e provocador, que levava sua tarefa a sério, com dignidade e dedicação. E, por último, mas não menos importante, queria ter um público fiel e ser reconhecido e admirado por seu talento.

Portanto, ao utilizar a crítica literária em seu diário, Gombrowicz nos permitiu delinear, em parte, a personagem que, segundo Bakhtin é necessariamente autocriada pelo autobiógrafo, sendo que, nesse caso, nos limitamos a analisar uma de suas facetas, a da personagem criada do escritor Witold Gombrowicz.

Por caminhos tortuosos e extraordinários, após 24 anos de um exílio sul-americano que o afastou dos grandes centros literários de sua época, podemos dizer que o reconhecimento, embora um tanto demorado, chegou para Gombrowicz assim como ele almejou. Conseguiu galgar o pedestal e se estabelecer entre os grandes como um dos mais talentosos e inovadores escritores poloneses de todos os tempos.

 

referências e obras consultadas

 

ALBERTI, V. Literatura e autobiografia: a questão do sujeito na narrativa. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 4, n.7, p. 66-81, 1991.

ARFUCH, L. O espaço biográfico na (re)configuração da subjetividade contemporânea. In: GALLE, H., et al. Em primeira pessoa: abordagens de uma teoria da autobiografia. São Paulo: Annablume; FAPESP; FFLCH/USP, 2009. p. 113-121.

BAKHTIN, M. M. Estética da criação verbal. Tradução de Paulo Bezerra. 5. ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2010 [1979]. Título do original russo: Estetika sloviésnova tvórtchestva.

BARAŃCZAK, S. Gombrowicz: Culture and Chaos. In: ______ Breathing under water and other East European essays. Cambridge: Harvard University Press, 1990.

GAGNEBIN, J.-M. “Entre moi et moi-même” (“Entre eu e eu-mesmo”, Paul Ricoeur). In: GALLE, H., et al. Em primeira pessoa: abordagens de uma teoria da autobiografia. São Paulo: Annablume; Fapesp; FFLCH, USP, 2009. p. 133-139.

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______ Ferdydurke. Cracóvia: Wydawnisctwo Literasckie, 2007 [1937]. Comentários: Andrzej Zawadzki e Jerzy Jarzębski.

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______ Dziennik 1959-1969. Cracóvia: Wydawinictwo Literackie, v. II, 2009. Posfácio de Wojciech Karpiński.

KUNDERA, M. A cortina. Tradução de Teresa Bulhões Carvalho da Fonseca. São Paulo: Companhia das Letras, 2006 [2005]. Título original em francês: Le rideau.

ŁAPIŃSKI, Z. Posołowie do metody:”on ja”, czyli Dziennik. In: ŁAPIńSKI, Z. Ja, Ferdydurke. Cracóvia: Wydawnictwo Literackie, 1997. Cap. IV, p. 89-138.

MIłOSZ, C. The history of polish literature. 2. ed. Berkeley: University of California Press, 1983 [1969]. 432-437 p.

SIEWIERSKI, H. História da literatura polonesa. Brasília: Universidade de Brasília, 2000.

 

*Bacharel em Letras Polonês pela UFPR.

 

[1] Para uma análise mais aprofundada sobre o Diário, de Witold Gombrowicz, ver publicação digital da Revista Qorpus, encontrada no endereço: http://qorpus.paginas.ufsc.br/como-e/edicao-n-017/a-escrita-do-eu-no-diario-de-gombrowicz-eneida-favre/.

[2] As citações do Diário de Gombrowicz foram traduzidas pela autora a partir da edição espanhola da Editora Seix Barral, 2005. Também são de sua autoria todas as traduções das citações de outros autores, originalmente em língua polonesa e inglesa.