Tradução comentada do poema “The Road Not Taken” (1920), de Robert Frost – Bê Sant’Anna

Tradução comentada do poema “The Road Not Taken” (1920), de Robert Frost

 

Bê Sant’Anna*

Robert Frost

Robert Frost

https://www.youtube.com/watch?v=ie2Mspukx14 

(Robert Frost lê “The Road not Taken”)

  1. Introdução e forma:

The Road Not Taken é uma obra de arte e, ao mesmo tempo, poema desafiador quando se propõe sua tradução. Considerado pelo jargão comum um “clássico universal”, esculpido com sabedoria pelo autor, apresenta como tema questões inerentes a todo ser humano. Fundamentalmente, por este motivo, é possível a tradução dos aspectos semânticos nele abordados, sem que causem distanciamento ou incompreensão por parte do leitor brasileiro. Escrito originalmente em inglês tem ritmo e cadências próprias.

Existe uma “unidade relativa” no poema, que torna-se clara quando varia, a cada estrofe, seu número de sílabas nos versos:

 

Two roads diverged in a yellow wood,    9

And sorry I could not travel both            9

And be one traveler, long I stood            8

And looked down one as far as I could   9

To where it bent in the undergrowth;     9

 

Then took the other, as just as fair,          8

And having perhaps the better claim,       9

Because it was grassy and wanted wear; 9

Though as for that the passing there        8

Had worn them really about the same,     8

 

And both that morning equally lay          9

In leaves no step had trodden black.       8

Oh, I kept the first for another day!       10

Yet knowing how way leads on to way,   9

I doubted if I should ever come back.     9

 

I shall be telling this with a sigh             9

Somewhere ages and ages hence:           8

Two roads diverged in a wood, and I—  9

I took the one less traveled by,                8

And that has made all the difference.      8

Apesar de não haver uma unidade fixa representativa, é possível dizer que sua base se constitui como um tetrâmetro, com quatro pés, ou quatro sílabas tônicas. Suas sílabas, que oscilam entre tônicas e não tônicas (no exemplo abaixo identificadas em preto e vermelho), indicam que pode ser considerado iâmbico. Em alguns momentos pode-se notar a presença de anapestos: duas sílabas não tônicas que precedem uma tônica (no exemplo, grifadas), apresentadas já na primeira estrofe:

 

Tworoads divergedin ayellow wood,

  1    2        3     4      5  6  7  8       9     

Andsorry I could nottravel both

   1   2  3  4    5       6    7  8    9

Andbeonetraveler, long Istood

   1    2    3    4     5      6   7    8  

And looked down one as far as I could

  1    2            3     4    5    6   78   9     

To where it bent in the undergrowth;

  1    2      3   4    5   6    7   8   9     

 

Durante todo o poema essas características se repetem, sem uma unidade fixa definida. Além disso, é importante notar a rima fonética presente de modo regular em todo o poema. É fundamental chamar a atenção desta característica: muitas vezes as palavras que rimam não tem coincidência ortográfica, mas sua similaridade está na fonética, ou seja, no modo como as palavras são pronunciadas, o que indica a forte oralidade presente no trabalho do autor. Em todo o poema, o primeiro verso rima com o terceiro e com o quarto (destaque, a seguir, em vermelho). O segundo, rima com o quinto (destaque, a seguir, em azul). O desafio do tradutor é estabelecer algo semelhante, colocando na balança o que é mais característico e imprescindível a ser trazido do texto fonte: rima, métrica, cadência, número de sílabas, ritmo, temática, significantes indispensáveis e significados fundamentais:

 

Two roads diverged in a yellow wood,   

And sorry I could not travel both           

And be one traveler, long I stood           

And looked down one as far as I could   

To where it bent in the undergrowth;    

 

Then took the other, as just as fair,         

And having perhaps the better claim,      

Because it was grassy and wanted wear;

Though as for that the passing there       

Had worn them really about the same,    

 

And both that morning equally lay          

In leaves no step had trodden black.      

Oh, I kept the first for another day!      

Yet knowing how way leads on to way,  

I doubted if I should ever come back.    

 

I shall be telling this with a sigh            

Somewhere ages and ages hence:          

Two roads diverged in a wood, and I— 

I took the one less traveled by,               

And that has made all the difference.   

 

O processo é, sem dúvida, de escolha. E toda escolha pressupõe perda.

 

  1. Temática presente:

No poema, editado em 1920, Robert Frost (1874–1963) versifica questões existenciais fundamentais relativas às escolhas do ser humano, à inexorabilidade do tempo, ao ser social regido por padrões, à vida, à morte.

No primeiro verso, Frost abre a temática citando a dificuldade da escolha no outono da vida. O bosque amarelo tem, como significado, um forte apelo que se relaciona ao tempo. As florestas temperadas, onde são comuns a presença de plantas caducifólias ou decíduas, que amarelam no outono, foram presentes na vida do autor. Vivendo por um período grande de tempo no estado de Michigan, na Nova Inglaterra (ambos nos Estados Unidos), e posteriormente na Inglaterra, o autor teve acesso à paisagem física que bem representa a fase madura da vida. Esse tipo de adaptação da natureza ao inverno rigoroso que virá, traz consigo a evidente relação com os períodos do ano, a passagem da vida, a maturidade, o envelhecimento e a morte. Provavelmente, o poeta escreveu The Road Not Taken com aproximadamente 46 anos de idade, quando teria, portanto, condições de avaliar as escolhas feitas e não feitas.

É bom que se ressalte a dualidade de todo processo de escolha, a oposição trazida pelo autor, o fator escolha-versus-tempo-versus-morte, subentendida na primeira estrofe e, além disso, o detalhe da vegetação rasteira de um dos caminhos dobrada por ter sido pisada por muitos, denotando a escolha da maioria por aquela via: uma imagem metafórica para um modelo social imposto.

 Antes da tentativa tradutória em si, é necessário que se estabeleça ainda a significação do poema que se pretende traduzir, através da leitura interpretativa. Assim, o que aqui primeiro se propõe é uma “interpretação tradutória”, estrofe a estrofe, de todo o poema, buscando não o que o autor disse, mas o que ele “pode ter querido” dizer com o que disse e a temática trazida. Cabe pontuar que o sentido não é fixo e, como bem disse Rubem Alves “a gente não explica uma árvore, a gente se deita à sua sombra”. Assim, por mais ilusória e infrutífera que possa ser a tentativa impossível de explicar um poema, o exercício é necessário aqui como partida para um indício de tradução e a beleza de compartilhar o tema poético para um número maior de leitores que não teriam acesso em sua língua fonte. Assim, temos:

 

  1. Interpretação tradutória:

Two roads diverged in a yellow wood,

And sorry I could not travel both

And be one traveler, long I stood

And looked down one as far as I could

To where it bent in the undergrowth;

 

Duas estradas divergiam em um bosque amarelo, (escolhas na maturidade)

E pesaroso eu não pude viajar pelas duas (perdas e ganhos)

E ser um só viajante, por muito tempo fiquei ali (medo da escolha)

Olhando para o chão de uma delas o quanto eu pude (análise da vida)

Para onde a vegetação rasteira se dobrou; (modelos sociais vigentes)


 

Then took the other, as just as fair,

And having perhaps the better claim,

Because it was grassy and wanted wear;

Though as for that the passing there

Had worn them really about the same,

 

Então tomei a outra, sendo apenas justo, (paixão Vs. razão)

E tendo talvez o melhor apelo, (dúvida)

Porque era gramínea, usada e preferida; (as escolhas dos outros)

Embora por causa da passagem por ali (sociedade rege o homem)

tenham ficado desgastadas de modos semelhantes, (individualidade e alteridade)

 

And both that morning equally lay

In leaves no step had trodden black.

Oh, I kept the first for another day!

Yet knowing how way leads on to way,

I doubted if I should ever come back.

 

E ambos naquela manhã igualmente apresentados (o tempo e as escolhas)

Em folhas que nenhuma pegada havia sido feita até torná-las negras[1].

Ah, eu guardei o primeiro para outro dia! (sobre voltar atrás, mudar de opinião)

Ainda sabendo como a maneira conduz ao caminho, (o Caminho se faz andando)

Eu duvidei se eu deveria algum dia voltar, (regresso e fuga)

 

I shall be telling this with a sigh

Somewhere ages and ages hence:

Two roads diverged in a wood, and I—

I took the one less traveled by,

And that has made all the difference.

 

Eu estarei dizendo isso como um vislumbre (lições, eternidade, o fim)

em algum lugar a eras e eras daqui: (inexorabilidade do tempo)

Duas estradas divergiam em um bosque, e eu – (o homem e as grandes questões)

Eu tomei o menos percorrido, (quebra de paradigmas)

E isso fez com que fizesse toda a diferença. (a individualidade e livre arbítrio)

 

  1. Escolhas tradutórias:

Na coletânea editada por Yves Gambier, Handbook of Translation Studies Volume1 (2010), o pesquisador Paul Kußmaul, em seu texto Semantic moldels and translation (p.309), se apóia na linguagem como sistema e na noção clara de estruturas semânticas evocando Nida (1964), e defendendo a ideia de que não traduzimos palavras, mas pacotes de componentes semânticos. O exemplo recorrido é o “pacote semântico” “perdão”. Segundo Eugene Nida (2011), integram esse significante:

  • A ação repreensiva (por parte de quem perdoa [N.A.]);
  • A revisão das ações;
  • E voltar à essência do que era antes do acontecido;

 

Seguindo a mesma ideia, a opção por trocar o significante “diverged” no primeiro verso do poema pelo significante “bifurcam”, ao invés do óbvio “divergiam” se apóia no argumento de Nida e de Kußmaul. A noção de forca, de garfo – etimologicamente a forquilla (tenedor), fork, fourchette ou forchetta, do que fura, do que, a princípio, historicamente só tinha dois dentes, pretende, nesta escolha tradutória, induzir a dramatização não só da divergência, mas da forca em que se encontra quem precisa escolher apenas um dos dois caminhos. A noção de pacotes semânticos foi, portanto, ponto de apoio para este exercício de tradução de todo o poema.

 

Primeira estrofe:

Two roads diverged in a yellow wood,

And sorry I could not travel both

And be one traveler, long I stood

And looked down one as far as I could

To where it bent in the undergrowth;

 

Duas rotas divergem na amarela mata, 

E pobre de mim, não pude com ambas

Um só peregrino, tempo desata

E olhei o chão, o quanto eu pude

Pra onde dobrava a vegetação rasteira;

 

Partindo da estrofe acima, pretendeu-se valorizar questões de similaridade fonética como roades e rotas a semelhança fonética de yellow e amarelo (ELO),  mesmo pensando na possibilidade do ocre, que também definiria a cor do outono. Além disso, a interjeição ai! fazendo paralelo à mesma fonética do sujeito I em inglês. Essa escolha se apoia na ideia de Haroldo de Campos, da tradução como formação e “abandono” da identidade, trazida por Márcio Seligmann-Silva: “Haroldo de Campos compartilha a ideia de que, em poesia, ‘toda coincidência fonológica é sentida como um parentesco semântico’” (SELIGMANN-SILVA: 2005, p.193). Apesar de não ter sido possível manter o som fechado da floresta em inglês trazida pela palavra wood, que vem com o “vento fonético” em sua pronúncia, causando força e mistério, conseguiu-se a familiaridade fonética que induziu à manutenção da rima nos versos respectivos. Outro ponto a ser destacado é a importante escolha da tradução da palavra traveler. A tradução óbvia, “viajante”, não carrega necessariamente em português a semântica de caminhante, o que parece imprescindível para a temática poética. Tomar a estrada, viajar pela estrada, percorrê-la ganha um sentido mais forte que se relaciona ao “caminho da vida que se escolheu” se for a pé. Dessa forma, os significantes caminhante, peregrino e andarilho têm mais apelo. No entanto, no pacote semântico caminhante está presente “quem caminha”, mas não necessariamente “viajante”. Nos pacotes semânticos peregrino e andarilho estão presentes tanto o viajante, quanto quem caminha. Apesar disso, o pacote semântico peregrino leva consigo a noção de motivo, sobretudo religioso, o que não tem relação direta com a escolha de Frost. Assim, a escolha tradutória da primeira estrofe foi esta:

 

Rotas bifurcavamna amarela mata, 

E pobre, ai!, não pude com ambas

E ser um andarilho, tempo desata

E olhei o chão, sim, mais não falta

Vi onde dobravam as rasteiras ramas

Segunda estrofe:

Then took the other, as just as fair,

And having perhaps the better claim,

Because it was grassy and wanted wear;

Though as for that the passing there

Had worn them really about the same,

 

Então peguei a outra, sendo muito justo,

E tendo talvez o melhor motivo,

Porque era gramada e tão procurada;

Embora pros que tinham passado

Ficaram desgastadas da mesma maneira,

 

A decisão pelo verbo tomar, se apoia na proximidade com o fonema to da palavra took. Na escolha pela palavra verde, amplia-se o sentido da gramínea, grassy, no original. Em toda estrofe o conteúdo foi preservado em detrimento da forma. No entanto, foi possível reestabelecer outra rima e manter o ritmo sem maiores prejuízos. A segunda estrofe foi assim traduzida:

 

Pois tomei a outra, justificado,

Tendo talvez o melhor apelo,

Era verde e querida a do lado;

Apesar dos que tinham passado

e tornado gastas, desmazelo,

Terceira estrofe:

And both that morning equally lay

In leaves no step had trodden black.

Oh, I kept the first for another day!

Yet knowing how way leads on to way,

I doubted if I should ever come back.

 

E na manhã os dois igualmente lá

em folhas não pisadas por ninguém.

Ah, guardei o primeiro pro dia vindo!

já sei qual a rota leva ao caminho,

e duvidei que um dia pudesse retornar.

 

A característica principal desta estrofe, segundo essa análise, é o comentário interjetivo no terceiro verso. Neste verso específico, a forma deve ser preservada para que o reconhecimento do poema se faça, além do seu significado. O significante dúvida (no verbo doubted), também é fator de reconhecimento, daí a opção pela tentativa de manutenção, mesmo restritiva pela necessidade da alteração na forma devido à rima.

 

E na manhã as duas iguais

folhas não pisadas por ninguém.

Ah, guardei e espero um pouco mais!

já sei qual rumo essa trilha faz,

e duvidei que um dia a volta vem.

 

Quarta estrofe:

I shall be telling this with a sigh

Somewhere ages and ages hence:

Two roads diverged in a wood, and I—I took the one less traveled by,

And that has made all the difference.

 

Eu fico contando como um insight

lugar, ou tempo, nossa sentença:

Duas rotas bifurcam e eu na mata–

escolhi aquela não travada,

e isso me fez toda a diferença.

 

A frase final do poema é icônica. Por isso, existe a necessidade clara da manutenção do significante difference em sua forma traduzida, diferença. A proximidade linguística é muito forte para ser dispensada, além de manter o mesmo número de sílabas e fonética similar. No terceiro verso, é preciso rever a primeira frase do poema, característica do poema original, que deve ser mantida, se for possível. Aqui, optou-se por uma pequena alteração por causa da métrica. Além disso, à luz exata foi a escolha mais próxima referente a sight, por ter essa palavra um sentido relativo à visão em seu pacote semântico, já referido. O conjunto significante à luz exata faz remete ao insight, à revelação, iluminação da ideia que o autor teria tido e que passaria a contar adiante. Finalmente, é preciso ressaltar à escolha de não sensata. Pressupõe-se que a escolha da maioria é pela sensatez. Por isso, ao escolher o que ninguém escolheu, o autor teria feito uma escolha não sensata, que se revelou a grande escolha, que fez toda a diferença.

 

E eu vou contando à luz exata

lugar, ou tempo, nossa sentença:

Rotas bifurcavam ali na mata –

e minha escolha, não sensata,

ela que fez toda a diferença.

 

  1. Título e resultado final:

O título The Road Not Taken  passa a ser em sua tradução: A Rota Não Escolhida. Talvez a tradução mais aproximada fosse tomada. Mas esse significante em português não tem a mesma força do escolhida. Por um lado, entrega o que traz o poema, por outro, ganha força. A negação do título é uma pincelada à parte. O autor foca, na verdade, no que ele deixou de escolher, induzindo um paradoxo, um tipo de arrependimento, ou tristeza, já evidente na primeira estrofe, que nesta tradução optou-se por agravá-la para enfatizar o sentido, por meio do lamento ai!, que foneticamente se equipara ao sujeito I, já tratado no início da análise. Eis o resultado final:

 

The Road Not Taken

Two roads diverged in a yellow wood,   

And sorry I could not travel both           

And be one traveler, long I stood           

And looked down one as far as I could   

To where it bent in the undergrowth;    

 

Then took the other, as just as fair,         

And having perhaps the better claim,      

Because it was grassy and wanted wear;

Though as for that the passing there       

Had worn them really about the same,    

 

And both that morning equally lay         

In leaves no step had trodden black.      

Oh, I kept the first for another day!      

Yet knowing how way leads on to way,  

I doubted if I should ever come back.    

 

I shall be telling this with a sigh            

Somewhere ages and ages hence:          

Two roads diverged in a wood, and I— 

I took the one less traveled by,               

And that has made all the difference.

 

A Rota Não Escolhida

Rotas bifurcavam na amarela mata, 

E pobre, ai!, não pude com ambas

E ser um andarilho, tempo desata

E olhei o chão, sim, mais não falta

Vi onde dobravam as rasteiras ramas;

 

Pois tomei a outra, justificado,

Tendo talvez o melhor apelo,

Era verde e querida a do lado;

Apesar dos que tinham passado

e tornado gastas, desmazelo,

 

E na manhã as duas iguais

folhas não pisadas por ninguém.

Ah, guardei e espero um pouco mais!

já sei qual rumo essa trilha faz,

e duvidei que um dia a volta vem.

 

E eu vou contando à luz exata

lugar, ou tempo, nossa sentença:

Rotas bifurcavam ali na mata –

e minha escolha, não sensata,

ela que fez toda a diferença. 

 

  1. Bibliografia:

 

  • BRITTO, Paulo Henriques. “Desconstruir pra quê?”. Cadernos de tradução. Florianópolis: n. 8, p. 41-50, 2003.
  • KUßMAUL, Paul. “Semantic models and translation” In: Handbook of Translation Studies, Vol. 1. GAMBIER, Yves (Org.); Amsterdan: John Benjamins Publishing Co., 2010.
  • SELIGMANN-SILVA, Márcio. “O local da diferença:ensaios sobre memória, arte, literatura e tradução”. São Paulo: Ed. 34, 2005.
  • http://www.poetryfoundation.org/poem/173536

 

[1] É preciso destacar que as únicas cores do poema são o amarelo e o preto e se apresentam em contraposição. Enquanto o amarelo representa a beleza do bosque, a maturidade, o outono da vida, o preto representa a putrefação das folhas caídas ao chão, já pisadas por muitos (N.A.)

*mestrando na Pós-Graduação em Estudos da Tradução (UFSC)