“Me culparam por tudo, fora o mau tempo…”. Sobre a vida e a poesia de Iossif Brodskii – Piotr Kilanowski

“Me culparam por tudo, fora o mau tempo…”. Sobre a vida e a poesia de Iossif Brodskii *[1]

 

Piotr Kilanowski*

Brodskii

*Traduções de poemas de Iossif Brodsky podem ser lidos na janela “Teatro na praia”.

Diziam que no século XX o que fazia dum poeta “o poeta” era antes de tudo a sua biografia. O poeta russo que se assinava como Iossif Brodskii, ou Joseph Brodsky[2], poderia ser a perfeita prova desse dito. Nascido em família judaica, em 1940, em Leningrado, que recuperou o nome de Sankt Petersburg, mudança esta que o poeta sempre desejou.  Brodskii quase morreu de fome na infância, durante o cerco da cidade pelos nazistas. Dizem que daí se originaram as doenças do coração que o levaram prematuramente, aos 55 anos, no ano 1996. No entanto, uma curta olhada na história de sua vida, permite supor que vários acontecimentos podem tê-las agravado, incluindo o seu hábito de tabagista inveterado que contrariava os médicos. Nascido numa época “quando era mais fácil ser morto por escrever poemas do que receber por eles um honorário”, como disse Nadiêjda Mandelstam[3], Brodskii largou a escola aos 15 anos. Trabalhou entre outros como torneiro mecânico, empregado do necrotério de uma prisão e assistente de geólogo. Foi basicamente um autodidata. A sua independência e dificuldade de aturar a escola soviética acabou por transformá-lo em um erudito, que conhecia e traduzia do polonês e do inglês e tinha vastos conhecimentos na área da cultura clássica, como bem pode se perceber ao ler sua poesia ou ensaios.

Brodskii começou a escrever ainda adolescente. Aos 20 anos foi consagrado como a esperança da poesia russa por ninguém menos que uma das maiores poetisas da “era de prata”, Anna Akhmatova, que acabou sendo sua mentora. A partir de 1962 foi perseguido pela imprensa, a mando da KGB e da união dos escritores soviéticos. Alguns sugerem que a denúncia, que ocasionou as perseguições e um processo teria partido de um amigo dele, também poeta, que concorria com ele ao amor da pintora Marina Basmanova, um grande paixão (ou até obsessão) do Brodskii[4], que a conheceu naquele mesmo ano. À Marina, o poeta dedicou alguns dos mais lindos poemas de amor que o século XX conheceu, geralmente marcados com as letras M.B[5]. O relacionamento foi tumultuado, com direito a traições, tentativas de suicídio e, por fim, também a poesias amargas.[6]

Durante as perseguições, Brodskii foi duas vezes internado num hospital psiquiátrico – que na realidade soviética era uma forma sofisticada de prisão. Em 1964, acusado de ser um parasita social, foi condenado a 5 anos de trabalhos forçados. Num famoso processo, ao ser perguntado sobre a sua ocupação, respondeu que era poeta. Isto provocou a indagação da juiza: “Quem reconheceu o senhor como poeta e lhe deu um lugar entre eles?”, seguida da resposta de Brodskii: “Ninguém. E quem me deu um lugar na raça humana?”[7]

Após os protestos de intelectuais do mundo inteiro, Brodskii acabou sendo libertado depois de 18 meses. Retomou o relacionamento com Marina e teve um filho com ela em 1967, sendo que a criança recebeu apenas o sobrenome da mãe, para evitar possíveis futuras perseguições. O relacionamento terminou em 1968, mas Marina continuou sendo a destinatária dos poemas quase até o fim da vida do poeta. Outra filha de Brodskii, Anastacia, com Marianna Kuznetsova, pelo mesmo medo de perseguições, só soube quem era seu pai aos 23 anos, alguns meses antes da morte dele, e nem teve a oportunidade de conhecê-lo em vida. Sempre que era possível, Brodskii mandava dinheiro do exterior para ajudar na criação dos filhos.

No ano de 1972, Brodskii foi forçado a deixar o país. Viajou para Viena com uma mala cheia de manuscritos. De Viena foi para a Inglaterra, onde contou com a ajuda do poeta que admirava e cuja obra ele traduzia – W.H. Auden. De Londres foi para os Estados Unidos, onde lecionou em várias universidades, adaptando-se muito rapidamente, traduzindo e escrevendo ensaios e seus próprios poemas em inglês. Laureado com prêmio Nobel em 1987, passou a visitar com mais frequência a Itália, especificamente Veneza, lugar que sempre lhe encantou, a ponto de dedicar à cidade o livro de ensaios Marca d’Água. Podemos pensar que o fascínio de algum modo seria o reflexo do fascínio pela cidade natal, chamada de “Veneza do Norte“, a qual dedicou os ensaios “Guia para uma cidade renomeada” e “Num quarto e meio”[8], tão poéticos, quanto aquele sobre Veneza. Em 1990 casou de novo, com uma jovem estudante, que em 1993 lhe deu uma filha chamada Ana.

Nunca voltou à Rússia e nunca reviu Marina Basmanova. Seu filho veio visitá-lo somente depois da queda da União Soviética, em 1991. Brodskii morreu de ataque cardíaco, em 28 de janeiro de 1996, em Nova Iorque. Foi sepultado em Veneza, no cemitério San Michele, vizinho dos seus compatriotas expatriados das duas pátrias: Igor Stravinski, Serguei Diaguilev e Ezra Pound.

Sua poesia mistura a visão irônico satírica da realidade com a reflexão filosófica. Do ponto de vista formal, segue o estilo clássico de rimas e ritmos. Do ponto de vista lingüistico, insere na linguagem poética a linguagem contemporânea, uma dicção informal e irreverente, que cria contraste com os padrões formais. Introduz também na poesia russa, que por características da língua foi “feita para rimar”, o rítmico verso branco. O motivo de manter o estilo clássico é para Brodskii, antes de tudo, estético. Em vez de praticar a poesia de fragmento, de ruína, de experimentação, Brodskii sente a necessidade de salvar, no mundo fraturado e fragmentado, a harmonia e a beleza. No mundo privado de valores e de ordem, a poesia deve ser a fonte de ordem, ou pelo menos deve tentar salvar o que restou da civilização. No mundo feio, deve ser a embaixatriz da beleza. Stanisław Barańczak, poeta, e ensaísta polonês, exímio tradutor de várias obras, entre outras, as de Brodskii, aponta no classicismo do autor duas qualidades distintivas. Primeiramente observa os grandes problemas pela ótica de um ser humano particular, concreto. Este recurso muito frequentemente permite a onipresente ironia do autor. A sua relação com toda a tradição cultural que cita é sempre marcada com o distanciamento e contrasta a concreta experiência humana com as tradicionais crenças sobre o comportamento humano. Esta contraposição de experiência e da crença popular assemelha-se a estrutura formal rígida, contrastada com a linguagem nada classicista. O efeito irônico que o autor exerce assim sobre a forma que usa, reflete-se no encontro da experiência concreta com “as verdades gerais”. Os impérios, que na obra de Brodskii abundam, tem as suas verdades contestadas pelo comportamento dos seres humanos concretos. Por outro lado, na linguagem a organização estilística classicista comparada com a ironia e o uso de palavras coloquiais, provoca o contraste que reflete o absurdo da vida, refletida na linguagem desesperada e obsessivamente organizada, para tentar imprimir um sentido que possibilite a existência no meio deste absurdo[9].

Assim a poesia Brodskiiana se insere na tradição da cultura ocidental desde a Bíblia, passando pelo mundo clássico e sua poesia, através da lírica metafísica inglesa, até os diálogos poéticos com seus contemporâneos, pois Brodskii era um homem que fazia amizade facilmente, ainda mais com os poetas. Entre seus amigos podem ser contados: W.H. Auden, Czesław Miłosz, Seamus Heaney, Tomas Venclova, Zbigniew Herbert, Tomas Tranströmer, Derek Walcott e Adam Zagajewski. Diálogos com vários deles ficaram registrados em sua poesia e em suas traduções. Diálogos com outros, como Kaváfis, Rilke, Elliot e Yeats, marcam também a sua poesia, mesmo não havendo contatos pessoais entre eles, apenas a comunhão pelo vício do estado alterado de consciência produzido pela poesia, vício da linguagem, como Brodskii chegou a definir o ofício poético, no seu discurso ao receber o prêmio Nobel. [10] Poeta de uma sensibilidade rara, poeta de emoção e privacidade, mostrava nos seus poemas o ser humano, espécie facilmente ferida. A sensibilidade do poeta nos seus poemas se apresenta cifrada. Por um lado, para fugir da banalização, por outro, para proteger a privacidade. De um modo ou de outro, mesmo quando põe as máscaras professorais ou, contrariamente, as de um sujeito grosseirão, a sua poesia procura refletir o mundo interno do ser humano que tenta enfrentar-se face a face. E o processo de se observar é, para ele, intermediado pela literatura. No mesmo discurso, o poeta faz uma interessante profissão de fé sobre os poderes da literatura: supõe que o indivíduo com uma certa bagagem de leitura de grandes clássicos (não apenas com habilidade de leitura e escrita) teria mais dificuldades de dar um tiro no outro do que aquele que não possui aquela bagagem…

Por mais que o poeta quisesse ser uma pessoa sem biografia, para que sua poesia falasse por si mesma, ao ler sua obra num contexto biográfico, percebemos com frequência que as duas se relacionam. Não é possível não pensar em sua relação amorosa e familiar conturbadas pela política, ao ler poemas como “Odisseu a Telêmaco”[11], sabendo que o poeta teve um filho que pôde rever somente depois de 20 anos, ou “Ítaca”, que talvez nos ajude a entender porque Brodskii nunca voltou à sua pátria, mesmo quando isto já era possível. Ao mesmo tempo, estamos seguindo um perfeito diálogo com Kaváfis e com a tradição clássica.  Até mesmo nas brincadeiras com ela, tanto pelas ironias que despem o idealismo de Odisseia em “Ítaca”, quanto por aquelas que unem Odisseu, Telêmaco, Édipo, Laio e Freud em “Odisseu a Telêmaco”[12].

Impossível também fugir da biografia, quando lemos o poema escrito no dia do seu aniversário de quarenta anos, no qual Brodskii recorda a sua rica vida e nos permite entender o cerne da sua receita de poesia. Apesar de tudo, louvar a vida, apesar de tudo, enxergar o belo, apesar de tudo, ser poeta. A universalidade do poema tão autobiográfico é tamanha, que parte dele poderia ter sido escrito, casualmente, por seu vizinho de San Michele, Ezra Pound…

Por mais que Brodskii dissesse que a política tem com a poesia apenas dois pontos em comum – a letra “p” e a letra “o”[13]– a política tem a ver com a vida e a linguagem, as matérias primas da poesia, sendo impossível fugir dela. Talvez a estrofe inicial do poema que fecha o seu último livro editado em vida, So forth, seja o melhor reflexo desta imbricação da vida com a política e a poesia:

Me culparam de tudo, fora o mau tempo,

eu mesmo me ameaçava com duro castigo.

Mas, como dizem, logo as dragonas aposento

E, como uma estrela, meu caminho sigo.

Меняупрекаливовсем, окромяпогоды,     

исамягрозилсебечастосуровоймздой.     

Носкоро, какговорят, яснимупогоны     

истанупростооднойзвездой. 

Este último livro traz as poesias do autor, traduzidas por ele mesmo do russo para o inglês, e outras, escritas diretamente neste idioma. O que traz à baila o outro tema que gostaria de apontar. O assunto já rendeu muito e tem muito ainda para render. Trata-se da questão das traduções de sua poesia, feitas pelo próprio autor, do russo para o inglês.  O direito do autor de subverter o seu próprio texto com o intuito de adaptá-lo melhor à língua de chegada, a possibilidade de praticar a transcriação, o autor como tradutor – segundo autor são alguns dos temas interessantes que rodeiam a questão. Brodskii, no caso, foi acusado de ter limitações em relação à língua de chegada e de “russificar” o inglês, tentando impor rimas e ritmos próprios do russo. Por mais que esses ritmos e rimas existentes em russo fossem possíveis no inglês, eles diferiam substancialmente daquilo que, ao longo dos tempos, se estabeleceu como a linguagem e a forma do poema em língua inglesa. Algumas das insistências de Brodskii chegaram a sair pela culatra. Por exemplo, o uso de rimas femininas, como em nitty-gritty / city, da tradução inglesa do poema escrito em 24 de maio de 1980, que, em inglês, são próprias das poesias infantis ou satíricas.  O que os puristas viram como pecado, poderia ser encarado também como enriquecimento da linguagem poética inglesa. O tema é fascinante, ainda mais tratando-se de autor que conhecia e era influenciado pela tradição da poesia em inglês, a ponto de revolucionar os esquemas métricos da poesia russa[14].

No caso das traduções aqui apresentadas, a tradução de “Ítaca” aconteceu sem o conhecimento de sua versão inglesa, e o tom do poema junto com as informações sobre a vida do autor me fizeram cometer uma infidelidade ao original. Na primeira linha da tradução, “Depois de vinte anos, voltar para lá“, no original havia a palavra сюда, que quer dizer aqui. A tradução literal ficaria “Depois de vinte anos voltar para cá”, sugerindo que o eu lírico chegou a Ítaca. Mas tanto os infinitivos, quanto o aspecto dos verbos na primeira estrofe sugerem o tempo futuro e permitem pensar que se trata de um devaneio do narrador poético. Também no caso de Brodskii, sua volta ao país de origem, que nunca aconteceu, deve ter sido objeto de muitos devaneios, permitindo-se também distanciar o eu lírico de Ítaca. Então, a opção foi traduzir “aqui” como “lá”, para refletir esta situação. Outra, não propriamente infidelidade, mas perda em relação ao original,  se deve à dificuldade de concatenar o ritmo e as rimas na língua de chegada, de forma a expressar a linguagem do autor, que beira a vulgaridade. Como resultado, o trecho traduzido escolhido ficou mais elegante que o original:

E a única que dizem que lhe esperou,

nem tente encontrar – a todos se entregou.

Seguem-se duas opções que foram consideradas:

E a única que, dizem, esperando está,

Nem tente encontrar – deu para todos já.

E àquela que, dizem, esperou-te, Odisseu,

Nem tente encontrar, já pra todos deu.

Por mais que refletissem a linguagem original, essas opções não me soavam bem. Consequentemente, a versão apresentada ficou mais comportada que o original de Brodskii.

Como mencionei, a versão inglesa de “Ítaca” me era desconhecida e optei por não cotejar minha tradução com o inglês. Isto se deveu ao fato de eu ter traduzido, anteriormente, o poema escrito em 24 de maio de 1980, da versão inglesa, supondo, por uma falsa informação, de que esta seria a versão original. Após encontrar o original em russo, não tive dúvidas sobre qual poema soava mais forte e o traduzi novamente, desta vez diretamente do russo. No entanto, uma das imagens da tradução para o inglês, do próprio Brodskii, “contaminou” conscientemente a minha tradução do russo: a “de jantar trufas”, presente na tradução inglesa, que além de contribuir para a rima, era bastante forte, substituindo o simples “almoçar”. Mais ainda, somente ao traduzir do russo, ficaram para mim evidentes tanto o ritmo quanto as rimas, que por mais que existam na versão inglesa, não são para mim suficientemente chamativas para percebê-las logo de saída, talvez por se tratar justamente de uma característica atípica para poesia de língua inglesa. Esta percepção só aconteceu depois de conhecer o original e já ter abandonado a ideia de traduzir o poema do inglês. Furto-me de apresentar a versão frustrada e abandonada pela metade da tradução do inglês, trazendo para a apreciação somente a tradução do próprio poeta para o inglês, a qual difere do original em vários pontos. A primeira divergência é que, em inglês, o título aparece como “24 de maio de 1980”, enquanto que na versão original, o poema não tem título e a data somente aparece no final do poema. Para comparar trago tanto a versão inglesa, quanto a versão de Lauro Machado Coelho, da coletânea Poesia soviética, que indubitavelmente foi feita a partir do inglês, embora eu não tenha conseguido localizar esta informação no próprio livro.

Para terminar gostaria de situar a questão da recepção de Brodskii no Brasil.  O famoso processo instaurado contra ele e no qual admitiu sua profissão de poeta ficou conhecido quase que imediatamente pela peça de Millôr Fernandes e Flávio Rangel Liberdade, liberdade, de 1965. Os trechos do processo foram incorporados à peça iniciando cedo a presença de Brodskii no país. Infelizmente, a aproximação do poeta do universo letrado brasileiro não se seguiu com a mesma rapidez e desenvoltura. Seus ensaios, Menos que um, foram traduzidos por Sérgio Flaksman em 1994, sete anos depois do reconhecimento do autor com o prêmio Nobel, e publicados pela Companhia das Letras. Na sequência, em 1996, publicada pela Sette Letras, apareceu a até então única coletânea de 12 versos do poeta, Quase uma elegia, com traduções de Nelson Ascher e Boris Schnaiderman. Tratando-se de obras em verso, existe ainda a tradução do poema “Não é que esteja louco, só cansado do estio” (“Я не то что схожу с ума, но устал за лето”), feita por Aurora Fornoni Bernardini, publicada na revista Kalinka[15], e uma considerável seleta dos versos do autor na coletânea Poesia soviética, de Lauro Machado Coelho. Por fim, em 2006, fomos brindados pela Cosac & Naify com Marca d’Água, ensaio sobre Veneza, com tradução de Júlio Castañon Guimarães. Nos planos editoriais da Rafael Copetti, num breve futuro, está a publicação de um livro que reúne a transcrição do processo de Brodskii e ensaios sobre o autor.

BIBLIOGRAFIA

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[1]O presente trabalho foi realizado com apoio do CNPq, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico  e Tecnológico – Brasil. O artigo e as traduções foram cuidadosamente revisados por Eneida Favre.  O poema escrito em 24 de maio de 1980 também se beneficiou da revisão de Eduardo Nadalin. A estes, toda a minha gratidão.

* Professor de literatura polonesa na UFPR, doutorando em literatura na UFSC.

[2] Segundo sua própria autodefinição: “sou judeu, poeta russo, ensaísta inglês e cidadão norte-americano”, citação de acordo com Jerzy Illg. ILLG Jerzy. Rzymski hołd dla Brodskiego. Cracóvia: Znak n.673, junho 2011.

[3] Viúva do poeta Osip Mandelstam, assassinado num campo de concentração soviético, autora de fascinantes livros de memórias. Mais sobre ela pode ser lido no artigo disponível em:  <http://www.jornalopcao.com.br/posts/bastidores/a-mulher-que-reinventou-o-poeta-ssip-mandelstam>, acesso em: 22 abr.2014, ou no ensaio de próprio Brodskii “Nadiêjda Mandelstam (1899-1980) — Um Obituário” (publicado no livro Menos Que Um — Ensaios). Referência da citação Mandelstam Nadiêjda in: Kaczorowski, Aleksander: Mniej niż ktoś. Eseje , Brodski, Josif. Gazeta Wyborcza, Varsóvia, 23 jan.2006. Disponível em: <http://wyborcza.pl/1,75517,3126771.html>, acesso em 22.abr.2014.

[4] Gessen, Keith. “The Gift. Joseph Brodsky and the fortunes of misfortune”. The New Yorker. 23 de maio de 2011. Disponível em < http://www.newyorker.com/arts/critics/atlarge/2011/05/23/110523crat_atlarge_gessen>, acesso em 22.abr.2014.

[5] Para mencionar alguns: “Seis anos depois” (“Шесть лет спустя”), (*** “Eu era apenas quanto a tua mão tocasse” (“Ябылтолькотем, чеготыкасаласьладонью”).O primeiro, em tradução inglesa de Richard Wilbur, está disponível em: <http://rpo.library.utoronto.ca/poems/six-years-later>, acesso em 22.abr.2014. O segundo conta com a magnífica tradução de Nelson Ascher e Boris Schnaiderman, na única edição de poemas de Brodskii no Brasil. Disponível on-line em: <http://antoniocicero.blogspot.com.br/2008/12/joseph-brodsky-eu-era-apenas-quanto.html>, acesso em 22.abr.2014.

[6]  Como o famoso poema escrito em 1989, um dos últimos com dedicatória M.B. (*** “Querida, hoje saí de casa já muito ao fim da tarde”) (“Дорогая, явышелсегодняиздомупоздновечером”). Traduzido para português por Carlos Leite e editado na coletânea Paisagem com inundação. Disponível on-line em:<http://poesiailimitada.blogspot.com.br/2006/10/joseph-brodsky.html>, acesso 22.abr.2014.

[7] Cito aqui a versão apresentada na peça de Millôr Fernandes e Flávio Rangel Liberdade, liberdade. Disponível em: <http://www2.uol.com.br/millor/teatro/download.htm>, acesso em 22.abr.2014.

[8] Disponíveis em português no livro Menos que um: ensaios. Tradução de Sérgio Flaksman. São Paulo: Companhia das Letras, 1994

[9] BARAŃCZAK, Stanisław. “O Josifie Brodskim”. Em: Etyka i poetyka. Kraków: Znak, 2009, pp. 65-79.

 

[10] Disponível em:<http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/literature/laureates/1987/brodsky-lecture.html>, acesso em 22.abr.2014.

[11] Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/1/29/mais!/28.html>, acesso em: 22.abr.2014.

[12] “Odisseu não estaria, portanto, de volta já ao seu lar, fazendo-se de desmemoriado para sondar e dirimir as intenções parricidas de seu próprio filho?” pergunta o tradutor do poema, Nelson Ascher, no seu ensaio sobre o poeta: O poeta do mundo sensível. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/1/29/mais!/27.html> , acesso em: 22.abr.2014.

[13] na conversa com amigo poeta, também laureado com Nobel Seamus Heaney. Disponível em: <http://politico.ie/index.php?option=com_content&view=article&id=5785:poetry-and-politics-a-conversation-between-seamus-heany-and-joseph-brodsky&catid=93:arts-and-culture&Itemid=1274>, acesso em: 22.abr.2014.

[14] Os interessados pelo tema podem se inteirar da complexidade do problema conhecendo a tese de doutoramento de Zakhar Ishov, defendida na Freie Universitat Berlin em 2008, disponível em: <http://d-nb.info/1023579340/34>, acesso em 22.abr.2014.

[15] Disponível em: <http://www.kalinka.com.br/index.php?modulo=Revista&id=69>, acesso em 22.abr.2014.