Inspiração versus plágio na dança – Giovana Beatriz Manrique Ursini

Inspiração versus plágio na dança

Giovana Beatriz Manrique Ursini[1]

 

4por 4, de Deborah Colker 

Esse artigo discute a presença do plágio na dança. A questão da cópia nessa forma artística é pouca discutida. Em primeiro lugar, é preciso entender o que seria caracterizado como plágio. Temos como a base a definição dessa prática presente no dicionário Oxford: “a apropriação indevida ou defraudada, e a publicação como própria de ideias, ou a expressão das ideias… de outro”. (OXFORD, 2016). Através dessa explicação percebe-se que plágio significa a cópia de uma ideia de outra pessoa. Teoricamente, parece fácil de ser entendido, só que em termos práticos é complicado descobrir a presença dessa prática ilegal. Diferentes pessoas podem ter ideias iguais sem que isso seja considerado como usurpação de ideais. A proposta desse artigo é explorar um campo complexo para a identificação de plágio: a arte da dança. Um campo abstrato onde existe a dificuldade em questionar a propriedade intelectual de um trabalho:

Dito isto, os direitos de propriedade intelectual, especialmente quando se trata da dança, são incrivelmente complicados. Sem uma clara definição legal de “plágio na dança”, é difícil para os coreógrafos que sentem que foram roubados, se retaliarem. Artistas consagrados, às vezes, podem proteger-se registando seu trabalho (e roubar de obras protegidas por direitos autorais, tais como os balés de George Balanchine, podem te levar ao tribunal). Mas amadores — particularmente no circuito de competição — não podem fazer muito quando são copiados e muitas vezes acabam por se sentir magoados e desanimados[2]. (LARSEN, 2012, tradução minha[3]).

 

Não existe nenhuma definição concreta para o que seria considerado como roubo de princípios na dança. A maioria das coreografias não são salvas e nem registradas. O que acaba prejudicando os artistas que se sentirem roubados. Para conseguir discutir a presença de plágio no caso apresentado nesse trabalho, será feita a análise de componentes visuais como figurinos e cenários que ajudem na visualização dessa cópia.

Para construir a discussão sobre a presença dessa prática ilegal pretende-se discutir os questionamentos entre influência e usurpação de fundamentos na dança. Esse trabalho vai discutir as diferenças entre inspiração e a apropriação nessa arte. Para isso, será feita a comparação de dois casos. Primeiro, a análise da inspiração de Deborah Colker por instrumentos das criações de Trisha Brown. Depois o plágio de Beyoncé, em seu videoclipe “Countdown”, de elementos coreográficos de Anne Teresa de Keersmaeker.

 

Trisha Brown e Deborah Colker

 

A coreógrafa brasileira Deborah Colker é mundialmente conhecida pelo seu estilo peculiar na dança contemporânea. Entretanto, é possível enxergar nos seus trabalhos alguns pontos que já haviam sido explorados por outros coreógrafos pós-modernos. Uma coreógrafa que é obviamente inspiração de Colker é a norte-americana Trisha Brown.

Para entendermos essa relação de inspiração entre as duas artistas pode-se citar certos fundamentos que foram trabalhados pelas duas coreógrafas. O primeiro ponto é o desafio da gravidade. As duas artistas colocam seus bailarinos em situações extremas para desafiar a força da gravidade. Brown faz experimentos com essa força de diversas formas: colocando os seus bailarinos para andarem nas paredes de um museu (“Walking in the Wall); deixando seus bailarinos se movimentando em uma parede de escalada (“Planes”) ou orientando um homem para descer um prédio de Nova Iorque perpendicularmente (“Man Walking Down The Side of A building). Colker também vai trabalhar essa questão na sua peça “Velox:

O segundo espetáculo de sua companhia, “Velox” (1996), no qual uma parede de escalada era utilizada como cenário e objeto de exploração dos bailarinos, foi um verdadeiro sucesso e colocou de vez a coreógrafa “na moda”. A repercussão do trabalho rendeu reportagens, divulgação do nome da companhia e reconhecimento. (BUARQUE, 2009, p.63)

 

Esse espetáculo da brasileira relembra a peça “Planes” de Brown pelo desafio da gravidade e pelo uso da parede de escalada como recurso para a experimentação dessa questão. Porém, as duas peças apresentam propostas completamente diferentes para esses instrumentos em cena. Em “Planes, os bailarinos são colocados em uma parede de escalada para simularem voos sobre paisagens urbanas. Já na peça de Colker, os dançarinos utilizam esse elemento para criarem um ambiente competitivo como se estivessem em um evento esportivo.

Outro artefato que foi explorado pelas as duas artistas da dança foi o uso de objetos em cena. Aqui vemos como uma mesma ideia pode ser trabalhada de maneiras diferentes e sem que seja detectado que uma artista se tenha apoderado das concepções da outra. Até porque o uso de objetos como obstáculo em uma coreografia é um ideal que é estudado por boa parte dos coreógrafos modernos e pós-modernos:

Na dança moderna, assim como nas pós-moderna ou contemporânea, é possível observar o uso de objetos que não mais servem de adereços ilustrativos ou suporte para os dançarinos. O objeto passa a dialogar com o corpo do intérprete, podendo ser trabalhado nas mais diversas maneiras. O objeto pode ser tanto um obstáculo, que dificulta o uso do espaço, agrega risco ao movimento, mas também oferece possibilidade de produção de infinitas metáforas, como as cadeiras usadas em Café Muller de Pina Bausch, ou a mesa em A mesa verde de Kurt Jooss. (SIRIMACO, 2008, p.2).

 

Vemos que o uso de objetos como elemento integrador de coreografias não é algo exclusivo das coreógrafas aqui analisadas. No entanto, pode-se comparar a obra dessas duas artistas através desse item. Para ilustrar essa comparação é possível citar duas peças: “Floor of The Forest” de Trisha Brown e “Vasos de Deborah Colker. No primeiro espetáculo, criado por Brown, os seus bailarinos são colocados em um varal de roupas. A coreografia deles é desenvolvida através do gestual de tirar e colocar as vestimentas que se encontram nesse emaranhado de vestuários. Os objetos (as roupas) se tornam obstáculos, mas também, elementos instigadores para o desenvolvimento de novos gestuais corporais. Toda a movimentação idealizada é improvisada e desenvolvida através do contato com esses objetos intrusos no local da encenação.

Já em “Vasos de Colker, a coreografia é previamente ensaiada e apresentada em meio a vários vasos. Nesse espetáculo, os objetos são apenas obstáculos para o desenvolvimento dos gestuais coreográficos. Os corpos dos bailarinos não chegam a se colocar em contato com esses utensílios e nem a utilizá-los para impulsionar as suas movimentações que são as mesmas para todos os que dançam na montagem.

Através desses dois instrumentos citados pode-se pensar que Deborah Colker se baseou em alguns elementos da coreógrafa Trisha Brown para construir algumas de suas coreografias. É nítido a inspiração do trabalho de uma das artistas na obra da outra. Contudo, não estamos diante de casos de plágio. Pois, mesmo tendo convicções similares cada artista utilizou a sua linguagem peculiar para trabalhar cada ideal. Além de diferentes gestuais, nem os cenários, nem os figurinos foram copiados de um trabalho para o outro. O que cada enfatizando a autenticidade de cada criação artística. Para constatar a ideia de inspiração versus cópia na dança, pretendo também apontar um caso onde foi detectado a presença do plágio: o caso da cantora Beyoncé no clipe Countdown utilizando pontos de criações da coreógrafa belga Anne Teresa de Keersmaeker.

 

Beyoncé e Anne Teresa de Keersmaeker

 

Em 2011, Beyoncé foi acusada de plagiar a coreógrafa Belga Anne Teresa de Keersmaeker em um de seus videoclipes intitulado Countdown”:

Uma importante coreógrafa acusou Beyoncé de “roubar” passos de dança, depois que a cantora lançou seu mais recente vídeo musical. De acordo com o site de entretenimento AceShowbiz.com, a coreografia do vídeo do novo single Countdown de Beyoncé, lançado na semana passada, mostra uma série de semelhanças com o trabalho da coreógrafa belga Anne Teresa De Keersmaeker[4](TRUEMAN, 2011).

 

Para analisar e verificar a presença de elementos que possam comprovar plágio, escolhi analisar dois filmes de dança da coreógrafa europeia para comparar com o vídeo que foi motivo da acusação. Os filmes são: Rosas dants Rosa(1983) e Ahterland(1990).

Durante o estudo percebeu-se a presença de várias semelhanças entre os dois trabalhos da coreógrafa e o vídeo da cantora. Para facilitar a descrição da presença da cópia não autorizada, a análise focou em três importantes pontos que foram encontrados nos três trabalhos estudados. São eles: figurino, cenário e gestual.

Sra. De Keersmaeker disse que a diva pop havia roubado ideias liberalmente de duas de suas peças, “Achterland” de 1990 e “Rosas danst Rosas”, de 1983. Os dançarinos no vídeo de Beyoncé não apenas compartilham alguns passos de dança com a peça “Rosas danst Rosas”, mas também os figurinos, o cenário e até mesmo alguns ângulos de filmagem específicos se assemelham a um filme de dança feito por Thierry De Mey, ela [Anne Teresa] disse. A coreografia de Beyoncé também utiliza movimentos de “Achterland”, disse, mas em uma maneira menos óbvia[5] (MCKINLEY JR, 2011).

 

A descrição dos videosdança será apresentada para mostrar como certos recursos foram inseridos sem autorização prévia no videoclipe da cantora norte-americana. O filme “Rosas dants Rosas” se inicia com Anne Teresa e mais três bailarinas vestidas com uniformes: camiseta, saia com calça e meias. A ação se passa em um estúdio abandonado em uma noite chuvosa. Enquanto a câmera filma aquele local, as bailarinas andam por aquela paisagem.

Nessa primeira cena, já identificamos elementos que foram utilizados no clipe da cantora norte-americana. São eles: o uso do uniforme e a utilização de um cenário muito parecido com o local onde o filme de dança foi filmado. É interessante que até mesmo as cores das vestimentas escolhidas para o clipe foram as mesmas precisamos de fotos utilizadas na obra original.

Em outra cena do trabalho audiovisual, as quatro bailarinas se enfileiram de costas,  se jogam no chão e começam a se locomover no solo. Os seus movimentos envolvem levantar, cair de novo, rolar e se apoiar nos braços. Em outra cena, as mesmas dançarinas aparecem deitadas em cima de cadeiras. As artistas estão no mesmo estúdio, só que em um dia claro. As suas movimentações se iniciam sentadas e aos poucos vão se levando e retornam para a posição inicial.

No clipe de Beyoncé, a presença de bailarinas e da própria cantora sentadas em cadeiras também é utilizada em um cenário muito parecido com o ambiente da obra original. É importante enfatizar que as cadeiras são de um estilo estético muito parecido com o utilizado no trabalho de dança.

Em outro trecho desse filme, Anne Teresa observa as outras três bailarinas dançando em um corredor do estúdio. Depois, se vira para a câmera e são realizadas duas coreografias simultâneas: a da coreógrafa e as formas de se locomover realizadas pelas bailarinas. No vídeo da artista norte-americana, a mesma cena é repetida. Até o estilo do cabelo da coreógrafa belga é copiado.

Outro ponto importante da videodança é a presença de trejeitos repetidos em todas as cenas. Essas movimentações chegam a caracterizar um estilo coreográfico para a artista belga. Esses gestuais incluem passar as mãos nos cabelos, abaixar o tronco, abaixar e levantar as mangas das blusas utilizadas. Interessantemente, no clipe “Countdown”, esses mesmos gestos são utilizados. Mostrando que a cantora se apropriou não apenas dos figurinos e cenário do trabalho, mas também, dos fundamentos coreográficos propostos pela dançarina europeia.

Outra videodança da artista belga, nomeado “Ahterland”, é copiada por Beyoncé. Nesse trabalho artístico, os bailarinos dançam com roupas casuais e rolam no chão de um palco, ao mesmo tempo que um violinista toca música clássica. Anne Teresa aparece dançando vestindo uma camisa preta social e utilizando salto alto. Seus gestos envolvem balançar as pernas como se se estivesse dançando uma valsa sozinha. Depois, faz um gestual particular como se estivesse com uma tremedeira na perna e chega a dançar interagindo com uma cadeira. A artista europeia se senta, movimenta os cabelos e volta a se relacionar com aquele objeto. Beyoncé copia a cena da coreógrafa porque se locomove da mesma forma que a artista da dança e utiliza o mesmo figurino.

 Em outro trecho do filme, algumas bailarinas dançam sentadas em cima de diferentes estruturas, utilizando blusas e saias. A cantora norte americana escolhe figurinos muito parecidos para os bailarinos que fazem parte do seu vídeo. Em outro momento, vários dançarinos começam a se mover em um palco que só tem como cenário algumas cadeiras. Boa parte da movimentação envolve cair, rolar no chão e se levantar novamente. No trabalho da norte americana, existe tanto a presença dos bailarinos realizando os mesmos gestuais da obra original e o uso de cadeiras em um cenário parecido.

Depois de ser acusada de ter roubados elementos dos filmes da artista belga, Beyoncé foi questionada sobre esse caso:

Em resposta aos comentários da Sr. ª De Keersmaeker, Beyoncé disse em um comunicado: “Claramente, a coreografia ‘Rosas danst Rosas’ foi uma das muitas referências para meu vídeo “Countdown” para meu vídeo ‘“Countdown”’. Essa foi uma das inspirações usadas para trazer a sensação e a aparência da canção à vida”. (MCKINLEY JR, 2011)[6].

 

Vemos que a cantora não acredita que está roubando um trabalho e pensa se tratar apenas de uma inspiração. É muito subjetivo determinarmos o que é inspiração e o que é cópia.  Uma das estratégias que pode ser utilizada é a extensão da apropriação da ideia:

Troy Ogilvie, uma dançarina da companhia contemporânea Gallim Dance, ressalta que, quando se trata de inspiração versus plágio, o contexto importa — muito. “Usar elementos é diferente de utilizar uma combinação completa”, diz ela. Pegar uma frase curta, aqui ou ali, de uma peça ou imitando o seu estilo geral é geralmente aceitável. Mas “quando maiores partes de um trabalho são cortadas do original, o criador original é colocado na situação embaraçosa de direito de propriedade de uma mensagem agora deformada,” Ogilvie diz — e isso é quando as coisas se complicam[7]. (LARSEN, 2012).

 

Por meio dessa citação e através dos estudos feitos, é possível afirmar que a cantora cometeu plágio contra as obras da coreógrafa belga. No outro caso estudado, Colker apenas utilizou instrumentos parecidos com Trisha Brown. Essas conclusões são possíveis considerando os contextos e a quantidade de recursos copiados.

Concluindo, pode-se perceber que a discussão sobre o plágio na dança ainda é pouco estudada. Outro ponto interessante é que existe uma grande diferença entre inspiração é cópia nessa forma artística. Até porque existe um certo limite no que pode ser usurpado de um trabalho para o outro. Mesmo assim, ainda são poucos os recursos legais para se detectar e para proteger criações intelectuais na arte dançante. Para ilustrar, pode se citar o relatório sobre a cópia na dança feito nos Estados Unidos:

Há cada ano, o registo de Copyrights controla o número de registros de direitos autorais e publica um relatório sobre os tipos de atividade, que é enviado para a biblioteca do Congresso. O último relatório saiu em 2009, e entre as 424.427 obras registradas na biblioteca, apenas 545 delas foram classificadas como “obras dramáticas, coreografias e pantomimas[8].” (GARDNER, 2011).

 

Não é fácil detectar plágio porque essa questão é subjetiva. Ainda mais quando se trata na análise da cópia em uma linguagem não verbal. Só que alguns casos como o que envolve a cantora Beyoncé a presença dessa prática é nítida. O que acaba colocando outra questão na discussão: não existe muita proteção para os coreógrafos que tem os seus trabalhos roubados. Espera-se que futuramente possam existir novas alternativas para a proteção de direito autoral dos artistas da dança. Para que se diminuam os casos de cópia nessa forma artística.

 

 

Bibliografia

 

BUARQUE, Isabela Maria A. G. “Investigando a presença da linguagem circense na Dança Contemporânea”. Rio de Janeiro: UFRJ, 2006.

 

Dicionário Oxford. Disponível em < https://en.oxforddictionaries.com/>. Acesso em 01/10/2016.

 

GARDNER, Eriq. “Why an Allegation That Beyoncé Plagiarized Dance Moves Is Truly Unique (Analysis)”. Disponível em <http://www.hollywoodreporter.com/thr-esq/why-an-allegation-beyonc-plagiarized-248208/>. Acesso em 01/10/2016.

 

LARSEN, Gavin. The Plagiarism Problem. Disponível em <http://www.dancespirit.com/how-to/choreography-how-to/the-plagiarism-problem/>. Acesso em 05/10/2016.

 

MCKINLEY JR, JAMES C. Beyoncé Accused of Plagiarism Over Video. Disponível em <http://artsbeat.blogs.nytimes.com/2011/10/10/beyonce-accused-of-plagiarism-over-video/?_r=0/> Acesso em 05/10/2016.

 

SIRIMARCO, Gisela Dória. O objeto como regra libertadora do corpo em cena. Portal

Abrace, 2008.

 

TRUEMAN, Matt. Beyoncé accused of ‘stealing’ dance moves in new video. Disponível em <https://www.theguardian.com/stage/2011/oct/10/beyonce-dance-moves-new-video/>. Acesso em 05/10/2016.

 

Link das obras que foram analisadas nesse trabalho:

 

https://www.youtube.com/watch?v=2XY3AvVgDns (Beyoncé- “Countdown”).

https://www.youtube.com/watch?v=vlLZExpgBOY (Rosas danst Rosas- Anne Teresa De Keersmaeker).

https://www.youtube.com/watch?v=mTCIVAXDstk (Achterland – Anne Teresa De Keersmaeker).

https://www.youtube.com/watch?v=tiCG3MG5aNg (Planes- Trisha Brown).

https://www.youtube.com/watch?v=9dAvQstiVqA (Floor of the Forest- Trisha Brown).

https://www.youtube.com/watch?v=uTLLoZ2awz8 (Vasos- Deborah Colker).

https://www.youtube.com/watch?v=mzkMOqCBAww (Velox-Deborah Colker).

 

[1] Doutoranda em Estudos da Tradução pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Florianópolis, Brasil. E-mail: giovana_ursini@hotmail.com.

[2] That said, intellectual property rights, especially when it comes to dance, are incredibly complicated. Without a clear legal definition of “dance plagiarism,” it’s difficult for choreographers who feel they’ve been ripped off to retaliate. Established artists can sometimes protect themselves by copyrighting their work (and stealing from copyrighted works, such as George Balanchine’s ballets, can land you in court). But amateurs—particularly on the competition circuit—can’t do much when they’re copied, and often end up feeling hurt and discouraged. (LARSEN, 2012).

[3] São minhas todas as traduções desse artigo.

[4] A leading choreographer has accused Beyoncé of “stealing” dance moves, after the American singer launched her latest music video.According to entertainment website AceShowbiz.com, choreography in the video for Beyoncé’s new single Countdown, released last week, shows a number of similarities with work by the Belgian choreographer Anne Teresa De Keersmaeker. (TRUEMAN, 2011).

 

[5] Ms. De Keersmaeker said the pop diva had borrowed liberally from two of her pieces, “Achterland” from 1990 and “Rosas danst Rosas” from 1983. The dancers in Beyoncé’s video not only share some dance moves with the “Rosas danst Rosas” piece, but also the costumes, the set and even some specific shots resemble a film of the dance made by Thierry De Mey, she said. Beyoncé’s choreography also takes moves from “Achterland,” she said, but in a less obvious way. (MCKINLEY JR, 2011).

[6] In response to Ms. De Keersmaeker’s comments, Beyoncé said in a statement: “Clearly, the ballet ‘Rosas danst Rosas’ was one of many references for my video ‘Countdown.’ It was one of the inspirations used to bring the feel and look of the song to life.” (MCKINLEY JR, 2011)

[7] Troy Ogilvie, a dancer with contemporary company Gallim Dance, points out that when it comes to inspiration vs. plagiarism, context matters—a lot. “Using elements is different than using a whole package,” she says. Taking a short phrase here or there from a piece or imitating its overall style is usually acceptable. But “when bigger sections of a work are severed from the original, the original creator is put in the awkward situation of past ownership of a now warped message,” Ogilvie says—and that’s when things get tricky.

[8] Each year, the Register of Copyrights tracks the number of copyright registrations and publishes a report about the types of activity being submitted to the Library of Congress. The report last came out in 2009, and among the 424,427 works registered with the Library, just 545 of them were classified as “Dramatic Works, Choreography and Patomimes.”