Agenda Cultural

Mollysday 2019

Anunciamos um Bloomsday em homenagem a Molly Bloom:

1. em Florianópolis, haverá um workshop nos dias 6 e 7 de junho, no Teatrinho da UFSC, que contará com a presença de Patrick O’Neill  (Queen’s University)  e de Donaldo Schüler (UFRGS);

Nos dias 15 e 16 de junho, sempre no Teatrinho da UFSC, apresentação de performances e peças teatrais.

2. No Rio de Janeiro, no dia 12 de junho, o Bloomsday será comemorado na Universidade Federal Fluminense.

Organização: Clélia Mello, Dirce Waltrick do Amarante, Sérgio Medeiros e Vitor Alevato do Amaral.

Apoio: Consulado Geral da Irlanda em São Paulo, Pós-graduação em Estudos da Tradução (UFSC), Secretaria de Cultura e Arte da UFSC e Universidade Federal Fluminense.

Robert Berry

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Coisas do Brasil  encontros com Alicia G. Rossi.

 Clélia Mello

Antonio Abdalla e Alicia Rossi

Na última semana de 2017, fui com um amigo ao encontro de Antonio Carlos Abdalla em sua residência. Abdalla é museólogo, pesquisador, crítico e curador de arte.

Enquanto conversávamos, por vezes observava peças da coleção de arte moderna que nos rodeava. Em especial, as pinturas e gravuras que cobriam as paredes à minha frente. Duas pinturas se destacaram. Não as conhecia.

Eram de Alicia Garcia Rossi. Artista portenha radicada na capital paulista desde 1963 e que havia falecido há poucos meses aos 89 anos.

Impressionada com a força expressiva daquelas duas pinturas, conversamos sobre a plasticidade melancólica e o uso de elementos que produzem contrastes extremos com a forma e a luz.

Ao perceber o meu interesse crescente, mostrou outros trabalhos da artista. Pinturas e desenhos que fizeram parte da exposição ‘Bestiário em negro e alguns outros trabalhos’ (2009), curatoriada pelo próprio Abdalla.

Exposição “Bestiário em negro e alguns outros trabalhos” (2009), Alicia Rossi

O curador contou sobre o material incrível contido no espólio da artista para colecionadores e pesquisadores.

O fascínio e o impacto que senti e o quase completo desconhecimento que paira sobre a produção de Alicia Rossi, fizeram com que pedisse autorização para republicar textos referentes àquela exposição.

Escolhemos dois textos. Um em que o curador apresenta a artista e outro escrito por Washington Dellacqua (jornalista e critico cultural) a partir de seu encontro com Alicia Rossi. São esses que seguem abaixo.

Bestiário em negro e alguns outros trabalhos

Alicia Rossi

A obra de Alicia Garcia Rossi é, para mim, descoberta recente. Surpreende-me que uma artista com tal nível de realização permaneça no silêncio. Mas já vou me acostumando – se bem que a duras penas – e lembro Gregório de Matos: “Coisas do Brasil são!”

Formada pela Escola de Belas Artes de Buenos Aires, sua cidade natal, Alicia recebeu sólida cultura e educação artística, adquirindo técnica firme e clara, o que lhe assegurou liberdade de expressão e tema. Como artista de explícita profundidade, não faz obra fácil. Sua angústia existencial recria seres de aparência e psicologia atormentadas que de imediato – entre outras referências – nos fazem lembrar da obra de Goya, para ficarmos na arte espanhola. Um dos períodos particulares da obra deste mestre – para muitos, artista precursor da arte moderna – foi onde esta exposição buscou seu percurso curatorial. É clara a alusão ao tenebrismo (levado ao limite da pintura negra), uma das marcas da obra goyesca. Evidentemente, essa característica está presente em muitos outros exemplos da história da arte e, no caso espanhol, parece mesmo fazer eco a certas vozes interiores da alma e da sua cultura primeva. Colonizadores, os espanhóis deixaram a influência dessa alma particular nos países colonizados, como é o caso da Argentina.

Ouvi certa vez alguém dizer que aos italianos coube o gosto pela alegria de viver e que, assim, incorporaram o espírito da festa da Páscoa Cristã, que relembra de forma incisiva a vitória da vida. Em contrapartida, aos espanhóis coube o gosto pela tragédia e, com isso, as comemorações da Paixão de Cristo, referência à tristeza e ao efêmero das coisas humanas. Exageros e simplificações à parte, grosso modo, é oportuno lembrar que a tarantella italiana marca a cultura local tanto quanto a saeta espanhola e, deste lado do Atlântico, o tango argentino. É patente a própria rigidez dos cortesãos espanhóis que, na Época de Ouro daquela cultura, se vestiam de negro e mostravam semblantes seríssimos, cientes da dor humana. Alícia Garcia Rossi claramente foi beber dessa mesma fonte.

Os bestiários são obras relativamente habituais entre pintores, desenhistas, gravadores e escultores – estes, talvez, mais lembrados por seus trabalhos em igrejas do Românico e do Gótico, que provavelmente constituem o apogeu da arte fantástica e não realista. Mas, afinal, por que esse fascínio pelos bichos? Talvez por simples culto à natureza ou pelo interesse da mística que os bichos despertam nas religiões ou, ainda, pela simbologia e certos códigos quase secretos que  eles personificam em sociedades mais (ou menos) cultas. Neste bestiário criado por Alicia identificamos uma ou mais dessas hipóteses, ou todas a um só tempo. Seus bichos carregam um significado implícito, em meio a corpos humanos mutilados (ou desconstruídos, para me apropriar de termo tão caro aos contemporâneos). Constata-se sempre o uso da cor negra (luto) e, não raras vezes, surgem o vermelho e o laranja, numa alusão ao sangue dos sacrifícios propiciatórios de animais e homens, tantas vezes oferecidos nas mais diversas civilizações.

Alguns poucos desenhos e gravuras estão integrados à exposição como mostra do traço talentoso da artista.

Seja como for, esta verdadeira obra de exceção é prova da alta qualidade e da imaginação de Alicia Garcia Rossi, artista que merece o mais amplo e profundo reconhecimento e a admiração por obra tão importante.

Antonio Carlos Abdalla

Curador

Julho de 2009

Na arca de Alícia

Para escrever este texto estive com Alicia Rossi numa tarde de início de outono. Sentamo-nos diante de uma mesa iluminada por um único foco de luz em sua casa-ateliê. O dia estava claro. O intimismo do lugar favoreceu ficar absorvido pelo efeito da sombra no seu rosto e ler olhos, mãos e expressões. A voz pontuada e a gramática exata se sobressaíram no que tinha a me dizer a respeito dos rinocerontes, cavalos, cabras, javalis e tantos outros bichos que leva para as telas.

Compreendi pela forma franca da conversa que a artista evita a todo custo transmitir apelos literários para o entendimento das criaturas da fauna. Tudo é o que é. Sem aliterações, rebuscamentos verborrágicos e demagogias. Alicia é dotada de sinceridade artística e filosofia de existir que se aplicam na totalidade do trabalho plástico que executa.

Os animais retratados impõem-se dentro de tal procedimento ético. Nesta exposição, o rinoceronte que mira o espectador frontalmente poderia ser o símbolo mais contundente daquilo a que me refiro. A psicologia preponderante é do animal. Alicia se faz mediadora da cena e está longe de nos apresentar uma pintura realista. O viés é outro. Vem e perpetua-se pela força da própria natureza, aparentemente próximo de um expressionismo da alma das criaturas que habitam o mundo real.

Ao fundo daquela sala da conversa, quase fora do campo de visão, os seus desenhos de figuras humanas no preto e branco me fizeram distrair por momentos. Quase me condenei pelo descuido nada gentil. Pequenas distrações se sucederam ao fixar-me nos desenhos do carpete, nas paredes e em outros detalhes domésticos tomados de intervenções. Lembrei então (sob licença poética) daquele pequeno texto de Wang Tai-hai resgatado por Borges: “O macaco da tinta”. O escritor diz ”O bicho gosta de tinta nanquim, e, quando as pessoas escrevem, senta-se com uma mão sobre a outra e as pernas cruzadas esperando que terminem, e bebe o resto da tinta. Depois torna a acocorar-se e fica quieto”.

Não há macacos no bestiário desta exposição. Nem o uso de nanquim. Mas tenho a impressão de que os outros bichos poderosos da artista me pedem muita tinta para falar deles. Houvesse permissão… Vejo-me limitado. Queria ter a capacidade de alimentá-los. Pretensão. Eles são muito mais do que posso oferecer. Torno-me impotente. A arca de Alicia assim navega diante dos olhos. Seres exatamente como são. Reinantes e dignos. Sem explicações. Alicia me faz entendê-los. Faz tornar-me respeitoso para com eles.

Em vez de oferecer tradução, comentário crítico ou repertório erudito, busco aliar-me à arte de Alicia. Embarco então silencioso na arca por ela construída. Fluxo de cores fortes me encharcam aqui ou ali, reenquadrados dentro das pinturas. Rostos e corpos humanos colaboram para a quietude. No centro dessas pinturas, a ciência majoritária de cada bicho. O bestiário, como vem da tradição dos herbários e lapidários, instrui-me a explicar como o mundo funciona.

Saio da casa de Alicia no final da tarde, cruzo o caminho de um belo gato alheio e percebo que a arte me faz enxergar as coisas como uma antiga lenda árabe de Bahamut: “Por baixo dos pés do touro (Deus) criou um peixe chamado Bahamut, e por baixo do peixe pôs água, e por baixo da água pôs escuridão, e a ciência humana não vê além desse ponto”.

Washington Dellacqua

Jornalista, curador e escritor

Alícia Garcia Rossi

Seleção de exposições individuais:

1963 – Galeria Mirante das Artes, São Paulo;

1967 – Galeria Mirante das Artes, São Paulo;

1968 – Galeria KLM, São Paulo;

1972 – Galeria Astréia, São Paulo;

1973 – Galeria Itaú, São Paulo;

1974 – Museu de Arte de São Paulo (MASP), São Paulo;

1975 – Galeria Documenta, São Paulo;

1985 – Spazio Pirandello, São Paulo;

1989 – Museu de Arte de São Paulo (MASP), São Paulo;

1990 – Biblioteca Mário de Andrade, São Paulo;

1991 – Fundação Cultural, Cuiabá/MT;

1992 – Galeria de Arte, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas/SP;

1994 – Estação Trianon-MASP do Metrô, São Paulo;

1995 – Galeria D, Centro Cultural, Campinas/SP;

2002 – Museu Histórico Nacional, Rio de Janeiro/RJ;

2003 – Instituto Tomie Ohtake, São Paulo;

2004 – Torcular, Milão/Itália;

2004 – Telemarket-Show Room, Roma/Itália;

2006 – Centro Cultural Borges, Buenos Aires/Argentina;

2009 – Lordello&Gobbi Escritório de Arte, São Paulo.

Seleção de exposições coletivas:

1951 – I Salão Oficial de Estudantes, Buenos Aires/Argentina (1º Prêmio);

1967 – XVI Salão Paulista de Arte Moderna, São Paulo;

1968 – XVII Salão Paulista de Arte Moderna, São Paulo;

1969 – I Salão Paulista de Arte Contemporânea, São Paulo;

1970 – II Salão Paulista de Arte Contemporânea, São Paulo;

1971 – III Salão Paulista de Arte Contemporânea, São Paulo;

1972 – IV Salão Paulista de Arte Contemporânea, São Paulo;

1973 – Imagens do Brasil, Bruxelas/Bélgica;

1974 – Bienal Nacional, Fundação Bienal de São Paulo, São Paulo;

1977 – Panorama da Arte Atual Brasileira, Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAMSP), São Paulo;

1978 – Salão dos Imigrantes, Museu de Arte de São Paulo (MASP), São Paulo;

1979 – Eros, Galeria Arte Aplicada, São Paulo;

1986 – Brasiliana e brasileiros, Museu de Arte de São Paulo (MASP), São Paulo;

1998 – Americamerica, Museu de Arte de São Paulo (MASP), São Paulo;

1999 – Biblioteca Mário de Andrade, São Paulo.

 Pós-escrito sobre uma tela

É tudo uma questão de luz. Contrastes entre sombras e manchas que se assemelham a luz de um claustro. Uma luz que é forte e pura demais para a humanidade míope.

Inexiste elementos decorativos. Apenas um tremeluzir berrando sem um ponto fixo. Mas que se destaca e não pode ser enclausurado.

Entro nessa escuridão, nesse espaço, e de repente me acho na presença não de uma pintura, mas de uma tragédia real que acontece diante de meus olhos. Um drama apavorante, ordenado em uma confusão chocante.

Lugar em que não há nada que possa passar impune. Onde a ação das figuras miseráveis parece durar eternamente na luta divisória entre o pateticismo e as amarras.

Como num ato de reconhecimento, em uma sensação repentina, violenta, imprevisível, estranha e ao mesmo tempo reconhecível, tudo o que se pode fazer é gritar.  Sem qualquer vislumbre de consolo ou redenção.

Não há virtude, beleza nem graça. Só a visão desolada na escuridão inundada com trágico autoconhecimento.

Mais que ver, creio.

Pintura (1

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Artista brasileiro Enesto Neto em Zurique

Ernesto Neto, “Gaia Mother Tree”, 2018

O artista contemporâneo brasileiro Ernesto Neto concluiu recentemente uma escultura feita de cordas de algodão tecidas à mão que ocupa o átrio da estação central de trens de Zurique – Zürich Hauptbahnhof. Intitulada Gaia Mother Tree, a obra faz lembrar uma grande árvore, estendendo-se do chão à cobertura da estação.

Promovida pela Fondation Beyeler, a escultura é uma obra de arte imersiva, um espaço onde se pode entrar, caminhar e meditar. Enquanto estiver montada, até o dia 29 de julho, uma série de atividades para adultos e crianças, incluindo concertos musicais, workshops e debates, está prevista para acontecer sob a rede de algodão tecida por Neto. Mais informações em: https://www.archdaily.com.br/br/897448/artista-brasileiro-cria-escultura-de-cordas-na-estacao-central-de-zurique

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Estreia da Ópera-Rock “Frankenstein”, composta e adaptada do original de Mary Shelley por Alberto Heller, em junho de 2018

Apresentações: 27, 28 e 29 de junho. Local a definir.

 

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Um século de vanguarda

Quando: dia 7 de dezembro.

Onde: anfiteatro da reitoria da Universidade Federal do Paraná.

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Alice Toklas e Gertrude Stein dividem o palco

Dirce Waltrick do Amarante*

Alice - peça

Alice, retrato de mulher que cozinha ao fundo reestreia em curta temporada este mês, em São Paulo. Assina a dramaturgia Marina Corazza, mas, na realidade, segundo ela, trata-se de um trabalho conjunto: “Cada uma de nós, eu, Malú Bazán (diretora) e Nicole Cordery (atriz) tínhamos diferentes perspectivas sobre todo esse material e o trabalho é fruto dessa tensão criativa entre nós três, e de nós três com essas duas mulheres”, Gertrude Stein e sua companheira Alice Toklas.

O texto é uma colagem, entre outros materiais, de frases de Stein, de cartas, escritas e recebidas por ela, e do livro A cozinha de Alice, em que Alice Toklas conta sua vida com a escritora, em Paris. Alice costumava dizer que ela mesma não poderia escrever sua autobiografia, pois ela já havia sido escrita por Gertrude Stein e publicada sob o título A autobiografia de Alice B. Toklas.

Essas questões biográficas são trazidas à tona no texto de Corazza, mas numa linguagem que se assemelha àquela de Gertrude Stein, altamente repetitiva e intrincada, misturando várias informações e pontos de vista. Entre essas informações, cita-se uma ou outra receita de Alice Toklas, considerada grande cozinheira.

Corazza não conta uma história de forma convencional. Sabe-se que, no teatro, Stein preferia peças estáticas, feitas de cenas para serem vistas como um quadro. Segundo opinava, o teatro fracassava porque queria colocar o romance no palco. Além disso, ela costumava dizer que, quando ia ao teatro, se punha sempre muito nervosa, porque tinha que lembrar e ansiar por algo, e ela não queria isso. Queria simplesmente estar lá, sem se preocupar em acompanhar um enredo. Corazza parece ter levado isso em consideração.

O texto de Corazza dá voltas e parece não sair do lugar, incorporando o presente contínuo, técnica que Stein utilizou para retratar a essência do que acontece. O presente contínuo criou, como se sabe, o conceito de “peça paisagem”, sem nenhuma ação, que está no centro da dramaturgia mais radical da autora norte-americana.

Muitas vezes, em Alice, retrato de mulher que cozinha ao fundo, a biografia de Toklas confunde-se com a de sua parceira: quem fez o que e quando? Talvez não se consiga mesmo separar essas duas figuras, centrais para a arte e a literatura modernas.

*Autora de Cenas do teatro moderno e contemporâneo (Iluminuras)

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Quarta edição do Printemps Littéraire Brésilien, que ocorrerá em três países, Bélgica, Portugal e Espanha, além da França, entre os dias 20 de março e 5 de abril.

Agenda Paris

http://www.publishnews.com.br/materias/2017/02/22/paris-sera-uma-festa

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6º Festival do Conto

Conto

Florianópolis recebe o 6º Festival do Conto, único festival dedicado às narrativas breves da América do Sul. O evento terá a participação de 16 contistas brasileiros e acontece no Teatro Sesc Prainha, com entrada gratuita. Os ingressos serão disponibilizados uma hora antes de cada atração.

Esta edição homenageia o escritor gaúcho João Gilberto Noll, autor de romances como “Bandoleiros”, “O quieto animal da esquina”, “Lorde”, “Harmada” e “A céu aberto”, mas também de livros que mudaram o cenário do conto no Brasil, como “O cego e a dançarina”, “Mínimos múltiplos comuns” e “A máquina de ser”. Noll, que venceu cinco vezes o Prêmio Jabuti, é um dos grandes escritores brasileiros vivos. O evento é uma correalização do Sesc em Florianópolis (Prainha) e a Design Produções.

“É um evento muito importante para pensar e difundir o conto e os contistas, dar voz para esses artistas do mínimo. Nos debates, teoria e prática se fundem e formam outra corrente, outra massa da escritura”, afirma o idealizador do evento, o escritor catarinense Carlos Henrique Schroeder.

“O Festival do Conto nos proporciona momentos raros. É uma grande oportunidade para estarmos mais próximos dos grandes escritores do gênero e ouvi-los falar sobre suas produções, sobre o fazer literário e suas formas de tessitura de histórias”, declara Maria Teresa Piccoli, gerente de Cultura do Sesc em Santa Catarina.

Pluralidade

Outros nomes importantes do conto brasileiro estarão presentes: a escritora, crítica de arte e professora universitária Veronica Stigger, autora das coletâneas de conto “Gran Cabaret Demenzial”, “Os anões” e “Delírio de Damasco”, e do romance “Opisanie swiata”, que venceu os prêmios Machado de Assis da Biblioteca Nacional de 2013 e o Prêmio São Paulo de Literatura em 2014. E também o escritor e tradutor Rubens Figueiredo, que levou os prêmios Jabuti e Artur Azevedo da Fundação Biblioteca Nacional com sua coletânea de contos “As palavras secretas”. Seu livro “Contos de Pedro” é um dos principais livros de narrativas breves do início do século XXI. Rubens também traduziu “Os contos completos de Tolstói” e ganhou o Prêmio Portugal Telecom de Literatura com “O passageiro do fim do dia”. E mais: o contista, historiador e arte-educador paulista Allan da Rosa, autor de “Reza de mãe”, e o romancista e contista gaúcho Paulo Scott, autor de “Habitante irreal” e “Ainda orangotangos”.

http://www.sesc-sc.com.br/blog/6o-festival-conto-homenageia-o-escritor-joao-gilberto-noll/

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 ABSTRAÇÕES ESPIRITUAIS DE UMA VANGUARDISTA *

 

Dirce Waltrick do Amarante

Georgiana Houghton

Georgiana Houghton

> Uma das exposições mais instigantes do momento em Londres é a da médium Georgiana Houghton (1814-1884) na Courtauld Gallery, 145 anos depois de sua primeira e única exposição na capital inglesa.
>
>
> Vale uma breve introdução à vida dessa artista que parece ter-se adiantado, com suas pinturas abstratas que flertam com o pontilhismo, em relação a pintores das gerações futuras – seu interesse pelo espiritismo surgiu após a morte de sua irmã mais nova e depois de ter sido apresentada ao vizinho de um primo que dizia poder se comunicar com os espíritos. Já na primeira sessão espírita de que participou, Houghton sentiu-se impressionada e afirmou ter recebido manifestações, tendo inclusive se comunicado com a sua irmã. Houghton começou a frequentar com assiduidade as sessões espíritas e logo passou também a transcrever mensagens dos mortos.
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>
> Após a morte da irmā, Houghton havia abandonada a pintura clássica, na qual havia se formado, mas, em 1861, depois de ter ouvido sobre os “desenhos automáticos” executados por espiritualistas londrinos sob a manifestações de espírito, sentiu-se instigada por esse novo tipo de pintura e não demorou muito para receber manifestações de espíritos de artistas e reproduzir suas obras em aquarelas.
>
> Tendo produzido centenas de aquarelas, Houghton se preparou para exibi-las no ano de 1871 numa galeria na Old Bond Street, em Londres. A exposição causou comoção nos espectadores e boas críticas, apesar de a artista ter sido considerada por muitos como uma grande charlatã, pois, entre outras características, diziam que era uma mulher que assinava suas obras com nomes de homens. Essa exposição, paga totalmente por Houghton, levou-a à bancarrota. 
>
> A crítica atual afirma ter sido a exposição mais surpreendente de Londres à época, contudo, sua obra foi esquecida e parece ter ressuscitado na capital inglesa somente agora. A maioria de suas aquarelas  está na Victorian Spiritualists’ Union, em Melbourne, Austrália, uma importante e antiga instituição espírita. 
>
> Na exposição na Courtauld Gallery, onde estāo expostas obras-primas de artistas como Goya, Cézanne e Jasper Johns,  o visitante tem acesso a uma pequena parte de sua coleção, mas, ainda assim, impactante e surpreendente. Na entrada da sala que acolhe suas aquarelas e o catálogo da primeira exposição, os visitantes devem pegar uma lupa – uma exigência da própria artista que a oferecia aos seus espectadores – para observar detalhes muitas vezes minúsculos de suas aquarelas: são centenas de pontinhos, rabiscos e cores variadas. 
>
> Atrás de cada aquarela, Houghton escreveu as informações sobre o espírito que havia se manifestado nela, seu nome, e o que cada detalhe do quadro significava para ele. Nessa exposição, pode-se ver o verso de algumas aquarelas, mas, ao lado de todas elas, há um breve resumo dos textos de Houghton. 
>
> Na terra do gótico, nada como uma exposição de” fantasmas”; mas, independentemente desse aspecto curioso, as obras de Houghton sāo de uma qualidade visual excepcional, como a crítica tem destacado e enfatizado. O crítico do jornal “The Guardian”, por exemplo, conferiu à exposiçāo a nota máxima; e  nāo é para menos: afinal, Houghton é considerada atualmente a precursora da pintura abstrata. Diria ainda que os artistas que se manifestaram nela, embora tenham sido anteriores ao ano de 1871, parecem ter sido visionários e de alguma forma captado influências futuras de Kandinsky,  Mondrian e Rothko.  A exposiçāo segue até o dia 11 de setembro de 2016. 

http://courtauld.ac.uk/gallery/what-on/exhibitions-displays

*Texto publicado originalmente no jornal “O Estado de São Paulo”.

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3 MOSTRA  INTERNACIONAL DE TEATRO DE SÃO PAULO:

DE 04 A 13 DE
MARÇO DE 2016

An Old Monk

An Old Monk

Espetáculos internacionais – Espetáculos nacionais
Atividades reflexivas – Intercâmbios artísticos
Ações pedagógicas

Mais informações em:

http://mitsp.org/2016/

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O BANQUETE DE LEONARDO GANDOLFI

                                        Sérgio Medeiros*

 

"Escala Richter", de Leonardo Gandolfi

“Escala Richter”, de Leonardo Gandolfi

Ao longo deste ano, a poesia brasileira surpreendeu com ótimos títulos, contrariando assim, a meu ver, algumas apreciações pessimistas que vieram à tona em 2014, quando um prêmio foi negado a poetas nacionais sob a alegação de que faltavam bons títulos que o merecessem. Entre os jovens poetas que se destacaram em 2015, citarei, entre outros, Douglas Diegues, Fabio Weintraub, Júlia Studart e Ronald Polito. Mas se tivesse de escolher um só livro para exemplificar o bom momento atual dessa poesia, não hesitaria em citar Escala Richter (68 páginas, 7Letras, RJ), de Leonardo Gandolfi, professor de literatura portuguesa na Universidade Federal de São Paulo.

Trata-se de uma coletânea que se lê de uma assentada, em razão da agilidade da sua linguagem, invariavelmente saborosa, com a qual o autor faz o retrato surpreendente e não poucas vezes hilário de um artista em crescimento, da infância à maturidade. Vários ícones da infância assombram a sua memória, como, na ordem em que aparecem no livro, os Trapalhões, o monstro do Lago Ness, Daroyhy, Totó, Wendy Darling… Antes que essas imagens comecem a povoar os versos, o poeta, sentado numa lanchonete qualquer, à espera da companheira, consome sem parar sachês de açúcar. A partir daí ele vai se sentindo mais pesado e mais sozinho, e a certa altura conclui: “quem engorda um quilo engorda dois”. Um símbolo nefasto é a barriga “nababesca” de um estranho que lhe vem ao encontro com seus dois filhos atléticos. O mal-estar cresce, até que ele desabafa, falando de si mesmo em terceira pessoa: “Você detesta fotos pela simples razão / de sempre parecer mais gordo do que realmente / acha que é”.

A sensação do envelhecimento precoce que se pode vislumbrar nesses dois quilos a mais, ilusórios ou não, remetem, de modo paródico, ao famoso poema “The Love Song of J. Alfred Prufrock” (A canção de amor de J. Alfred Prufrock), de T.S. Eliot, no qual o poeta, na flor da idade, vai emagrecendo e definhando antes da hora. Não por acaso, uma das seções do livro de Leonardo Galdolfi se intitula “A canção de amor de J. Pinto Fernandes”. Mas é preciso esclarecer que o poeta que ganha peso continuamente não é J. Pinto Fernandes (que não é poeta), mas um certo Leonardo, como os últimos versos do livro o revelam. Num outro poema de Escala Richter, narra-se o encontro do poeta com uma graciosa dançarina, e no diálogo entre ambos a questão da comida e do peso vêm à tona, pois ela, que já dançou com Pina Bausch, despede-se assim: “tenho de ir, o feijão está no fogo.”

Na seção do livro chamada “Piquenique”, o poeta apresenta a tese de Samuel Butler segundo a qual Nausícaa, a mocinha que acolhe o náufrago Ulisses e lhe oferece casa e comida (perigosamente abundante, como se sabe), é na verdade o próprio Homero. Essa estranha tese ecoa, invertida, em outra seção do livro, intitulada “Crocodilo”, onde somos apresentados ao drama interno de Gancho, vilão que é o potencial almoço do monstro que o persegue incessantemente. A diferença entre o herói antigo e o vilão moderno reside talvez no tipo de prato que coube a cada um, em suas respectivas aventuras.

Entre Ulisses e Gancho, o poeta contemporâneo busca cumprir, na seção que encerra o livro, “Sem título, 2012”, seu próprio destino. Tendo devorado pouco antes um pacote de biscoito recheado, o poeta Leonardo agora se vê sozinho na rua com uma mala e, para concluir seu périplo, toma “um táxi cujo homem ao volante / deve ter lá os seus oitenta anos” e enxerga e ouve mal. É talvez o personagem mais fascinante do livro. O táxi gira como uma barata tonta pelas avenidas cariocas, levando o poeta pelo caminho errado, mas ele, nos dos últimos versos de Escala Richter, parece reencontrar o rumo. É quando cita o verso de um venerando poeta octogenário de São Paulo: “E é assim que finalmente me vem a sensação / de que, como diria Augusto de Campos, tudo está dito.” Da deriva carioca à profissão de fé paulistana, o jovem poeta com alguns quilos a mais cumpriu seu rito de iniciação, após devorar o banquete poético que lhe fora servido no início do século XXI. Sob esse aspecto, os poemas finais do livro são a melhor reflexão que li ultimamente sobre a situação atual da poesia brasileira.

* Esta resenha, num formato menor, foi publicada no jornal “O Estado de S. Paulo”, caderno 2, em dezembro de 2015.

**SÉRGIO MEDEIROS é autor, entre outros livros, do ensaio A formiga-leão e outros animais na Guerra do Paraguai e do poema dramático O fim de tarde de uma alma com fome.

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Alice faz cento e cinquenta anos

Dirce Waltrick do Amarante*

Alice, ilustração de Adriana Peliano

Alice, ilustração de Adriana Peliano

 

No dia 4 de julho de 1862, Lewis Carroll, pseudônimo do professor de matemática do Christ Church, em Oxford, Charles Lutwidge Dodgson, navegou pelo Tâmisa com três menininhas, entre elas Alice Liddell, e lhes contou a história de uma garotinha que teve um sonho estranho. Mais tarde, a pedido de Alice, Carroll colocou a história no papel e, no Natal de 1865, a publicou em livro sob o título Alice no País das Maravilhas.

Neste ano, comemoram-se cento e cinquenta anos de Alice, e a data já vem sendo festejada mundo afora. Na Inglaterra, terra de Carroll, as livrarias reservaram espaços especiais para o livro e suas muitíssimas adaptações e traduções.O fato é que Alice se tornou um clássico que vem sendo lido, estudado, traduzido e adaptado das mais diversas maneiras, embora, na época, não se imaginasse a importância que a obra viria a ter.

Na introdução à primeira edição comentada de Alice, Martin Gardner, responsável pelas notas do volume, lembra que, num texto de 1932, Gilbert K. Chesterton expressou o seu “‘medo terrível’ de que a história de Alice já tivesse caído sob as mãos pesadas dos acadêmicos e estivesse se tornando ‘fria e monumental como um túmulo clássico’”.

Gardner compartilha da opinião de Chersterton, mas adverte que, no caso de Alice,algumas explicações são necessárias, pois estaríamos lidando com um nonsense muito complicado, escrito para leitores britânicos de uma outra época (a Inglaterra vitoriana) e, portanto, precisaríamos “conhecer um grande número de coisas que não fazem parte do texto se quisermos apreender todo o seu espírito e sabor. É até mais grave que isso, porque algumas das piadas de Carroll só podiam ser compreendidas por quem residia em Oxford, e outras, ainda mais privadas, só estavam ao alcance das encantadoras filhas do deão Liddell”, entre elas Alice.

Devo, no entanto, discordar em parte de Gardner. É verdade que, como diz o estudioso, o nonsense de Carroll está longe de ser “aleatório e despropositado”; portanto, todas as explicações a respeito da obra são bem-vindas e necessárias. Principalmente para os leitores adultos — filósofos, matemáticos, cientistas, psicanalistas etc. — que analisam o livro de diferentes formas. Cabe lembrar que o filósofo francês Gilles Deleuze, por exemplo, dedicou um livro ao estudo da obra de Carroll, Lógica do sentido.

Mas Alice é também um livro que estica e encolhe com muita facilidade, segundo os interesses dos leitores. Para os pequenos, talvez, o que chame a atenção no livro seja a aventura maluca de Alice por um mundo desconhecido, às vezes bem assustador. Quando eu era pequena, recordo-me de ter medo das personagens de Alice, principalmente da estranha duquesa com um porquinho no colo e do Gato de Cheshire, que me causava certo desconforto.

O fato é que, como disse, Alice ganhou muitas traduções e adaptações ao longo dos anos, uma adaptação inclusive do próprio Carroll, dedicada a crianças de 0 a 5 anos, intitulada The nursery Alice, que foi traduzida, no Brasil, por Sérgio Medeiros, sob o título Alice no jardim de infância (Iluminuras).

A Rafael Copetti Editor publicará e outubro uma adaptação clássica de 1903 de Alice no País das Maravilhas, de autor anônimo. Trata-se de uma narrativa enxuta, mas que não perde o nonsense, característica principal do livro de Carroll.

No cinema, Alice também se proliferou. Quem não assistiu ao filme Alice,da Disney? Filme, aliás, que se vale de personagens de Alice no País das Maravilhas e de Através do espelho (uma segunda aventura da menina Alice, publicada em 1871) e tenta explicar situações que na narrativa de Carroll são inexplicáveis. Recentemente, Tim Burton adaptou novamente a aventura de Alice para as grandes telas numa proposta bem diferente do filme da do Disney. Ficarei só nesses dois exemplos, mas podia citar muitos outros.

No teatro, Alice ganhou também muitas adaptações que vão de musicais a balé clássico.

Passados cem anos, muitos caminhos levam a Alice, o que demostra o quão viva está a obra de Carroll.

 

* Autora de As antenas do caracol: notas sobre literatura infantojuvenil(Iluminuras)

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OS LEITORES DE JAMES JOYCE NA RUA: BLOOMSDAY 2015 EM FLORIANÓPOLIS

 

No dia 16 de junho, terça-feira, Florianópolis, assim como outras cidades mundo afora, comemorará o Bloomsday, uma homenagem dos leitores ao revolucionário romance “Ulisses”, de James Joyce, lançado em 1922, cujo protagonista se chama Bloom.

 

Bloom, como coletor de anúncios para jornais, passa o dia fora de casa, caminhando por Dublin, capital da Irlanda. Por isso, na comemoração deste ano, os organizadores do Bloomsday ilhéu – Clélia Mello, Dirce Waltrick do Amarante e Sérgio Medeiros – decidiram homenagear a rua, convidando os leitores de Joyce a se sentarem na Praça XV e em ruas próximas, em cadeiras, almofadas e tapetes, com um livro de Joyce na mão. Lerão em silêncio “Ulisses” e outros títulos do autor, durante 30 minutos.

 

Os leitores poderão mudar de lugar quantas vezes desejarem, deslocando-se de um lado para outro, na praça e nas ruas adjacentes, com seus tapetes, suas almofadas e cadeiras. A ideia é que esses leitores, inicialmente, se organizem em linhas e círculos, para tentar recriar, no plano visual, o famoso retrato de Joyce pelo escultor romeno Constantin Brancusi, feito de uns poucos traços elementares: círculos que representam o labirinto mental e linhas que sugerem as ruas.

 

Brancusi Joyce

Leitores em geral, e os aficionados de Joyce em particular, estão convidados a se reunir na Praça XV, no dia 16, às 16 horas, com seus livros, para dar início a essa performance a céu aberto.

 

Os organizadores da performance estarão presentes para explicar ao público o objetivo e a duração do evento, que é realizado anualmente em Florianópolis, há mais de uma década, sempre com uma proposta diferente. Por isso, é a primeira vez que se proporá, aos participantes, que façam uma leitura silenciosa das obras do autor, diante dos olhares dos pedestres, na Praça XV e arredores.

 

Os organizadores

 

Contato:

 

Clélia Mello:

e-mail: cleliamello@gmail.com

Dirce Waltrick do Amarante

e-mail : dwa@matrix.com.br

Sérgio Medeiros

e-mail: panambi@matrix.com.br

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Para comemorarmos o Bloomsday 2015, oferecemos ao leitor a música roaratorio, de JohnCage, baseada em Finnegans wake, de James Joyce; uma gravação do escritor lendo as últimas páginas do capítulo VIII do Wake; e uma  carta inédita de James Joyce à sua benfeitora Harriet Shaw Weaver.

  Clelia Mello, Dirce Waltrick do Amarante e Sérgio Medeiros,

organizadores

roaratorio, de John Cage

roaratorio, de John Cage

https://www.youtube.com/watch?v=bdHe4c10smY 

 

James Joyce lendo as últimas páginas do capítulo VIII do Wake.

James Joyce lendo as últimas páginas do capítulo VIII do Wake.

https://www.youtube.com/watch?v=M8kFqiv8Vww

CARTA DE JAMES JOYCE PARA HARRIET SHAW WEAVER ACOMPANHADA DE UM RELATÓRIO DO ESCRITOR SOBRE AS SUAS OBRAS:

 

08 de novembro de 1916                                                  Seefeldstrasse 54, parterre rechts,

Zurique VIII, Suíça

 

Cara senhorita Weaver: Obrigado pelas suas duas cartas. Ficarei grato se você enviar um exemplar de Música de câmara para o Sr. Huebsch[1] e também os comentários da imprensa que eu anexei. Concordo com a sua proposta de um artigo com uma xilogravura mas temo que seus leitores já estejam fartos de mim. Em todo caso amanhã enviarei fotografias, uma para o Egoist e outra para o Sr. Huebsch. Quanto às “informações biográficos” que ele solicita você não faria o favor de lhe indicar o “Who’s who?”(1916) e também não lhe mandaria um exemplar de The Egoist (15 de janeiro de 1914)? Envio também um relatório sobre os meus livros na papeleta em anexo pois suponho que foi a isso que ele se referiu. Com respeitosas saudações sinceramente seu                   James Joyce

 

Música de câmara:

Alguns desses versos foram publicados na Saturday Review Speaker (Londres) em Dana[2](Dublin). O Sr. Symons conseguiu que fossem publicados pelo Sr. Matthews.

Dublinenses:

O Sr. Norman, editor do Irish Homestead?(Dublin), concordou em adquirir algumas das minhas estórias mas depois da segunda estória ele me disse que seus leitores haviam reclamado. As outras estórias eu as escrevi na Áustria.

Um retrato do artista enquanto jovem:

Comecei esse romance com anotações antes de deixar a Irlanda e o concluí em Trieste em 1914. Antes de ir embora ofereci um capítulo introdutório para o Sr. Magee (John Eglinton) e para o Sr. Ryan, editores da Dana. Ele foi recusado.

Exilados (uma peça):

Eu a escrevi em Trieste 1914-1915. (ver Drama Chicago – Fevereiro de 1916)

Ulisses:

Eu comecei esse em Roma seis anos [atrás] (ou sete) e ainda o estou escrevendo. Espero finalizá-lo em 1918.

Address:

Morei em Triste desde 1904 – exceto por uma estada de um ano em Roma. Eu a deixei em julho de 1915 quando as autoridades austríacas atenderam minha solicitação de autorização (para mim e para a minha família) para cruzar a fronteira austro-suíça. Desde então eu tenho morado em Zurique, Suíça.

Teatro literário irlandês.

Eu me recusei a assinar a carta de protesto contra Condessa Cathleen[3] quando era universitário. Fui o único estudante que se recusou a assinar. Alguns anos depois conheci o Sr. Yeats. Ele me convidou para escrever uma peça para o seu teatro e eu prometi fazer isso em dez anos. Cruzei com Synge em Paris em 1902 (onde me encontrava para estudar medicina). Ele me deu Os cavaleiros do mar para eu ler e depois da sua morte eu o traduzi para o italiano (para o Sr. Sainati?) com o Sr. Vidacovich de Trieste.  Também com ele traduzi Codessa Cathleen do Sr. Yeats mas o projeto fracassou porque havíamos traduzido a primeira versão e o Sr. Yeats não quis que essa versão fosse oferecida ao público italiano.

Ezra Pound.

O Sr. Pound escreveu para Trieste em 1913 me oferecendo a sua ajuda. Ele levou o manuscrito do meu romance [4] para The Egoist onde ele foi publicado em série (de fevereiro de 1914 a setembro de 1915). Ele também se empenhou para a sua publicação na América e na Inglaterra. Ele escreveu muitos artigos (a grande maioria num tom cordial e apreciativo) sobre mim em jornais ingleses e americanos. Assim, não fosse por sua ajuda cordial e pela iniciativa da senhorita Weaver, editora do The Egoist, aceitando Um retrato do artista depois de ele ter sido recusado por todos os editores, meu romance ainda não teria sido publicado.   

Primeiras publicações.

(1)  “Parnell”, um panfleto escrito quando eu tinha nove anos (1891) sobre a morte de Parnell. Foi impresso e circulou em Dublin. Não sei se alguma cópia poderá ser encontrada hoje.

(2)  Um artigo sobre Ibsen na Fotnightly Review, escrito quando eu tinha dezessete anos. Ibsen foi muito gentil a ponto de me escrever uma mensagem agradecendo-o.

(3)  O dia da plebe (um panfleto sobre o teatro literário irlandês). Ele foi escrito para a revista da Universidade mas foi recusado pelo censor junto com um ensaio sobre coeducação (igualdade de direitos entre homens e mulheres) do meu colega, o falecido Sr. Skeffington. Publicamos os ensaios juntos na forma de panfleto.

 

[1]B. W. Huebsch, editor norte-americano sediado em Nova York.

[2]Revista irlandesa Dana, de publicação mensal.

[3]Drama em versos de William Butler Yeats.

[4]Retrato do artista.

Tradução: Dirce Waltrick do Amarante e Sérgio Medeiros.

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Marina Abramovic no SESC Pompeia em São Paulo de 10 de março a 10 de maio de 2015:

Marina Abramovic

Marina Abramovic

 

http://www.sescsp.org.br/programacao/54321_MAI+METODO+ABRAMOVIC#/content=saiba-mais

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Exposição Cubista no MET (Metropolitan Museum of Art), em Nova York, até 16 de fevereiro de 2015

 

"The Man at the Café" (1914), de Juan Gris

“The Man at the Café” (1914), de Juan Gris

OS CUBISTAS SE ENCONTRAM EM NOVA YORK

Dirce Waltrick do Amarante*

No dia 20 de outubro, teve início, no Metropolitan Museum of Art (MET) de Nova York, uma exposição de obras cubistas dos anos 1906 a 1924. O visitante terá acesso a 81 obras de artistas como Pablo Picasso, Georges Braque, Juan Gris e Fernand Léger, doadas ao museu pelo colecionador de arte Leonard A. Lauder, herdeiro da indústria de cosméticos Estée Lauder.

Embora não faça parte da exposição, não poderia, a meu ver, falar de cubismo sem mencionar Les demoiselles d’Avignon, concebida por Pablo Picasso no final de 1906. Les demoiselles, ainda que não seja propriamente cubista, é considerada a pedra fundamental desse novo movimento artístico. Na época, o quadro recebeu críticas de artistas e historiadores de arte. O poeta Guillaume Apollinaire não entendia por que Picasso abandonava a pintura figurativa por um estilo hermético. Para Apollinaire, esse tipo de pintura acabaria com a carreira de seu amigo espanhol.

Les demoiselles bebeu de fontes diversas: Cézanne, principalmente, Gauguin, El Greco etc., numa colagem, que, “conduzida sob a bandeira do pastiche”, como afirma Rosalind Krauss, “imprimiu em sua própria superfície, por assim dizer, a marca da própria fraude. Aí está Picasso como falsificador, seu ato uma traição flagrante do projeto modernista.”

Outra grande influência de Picasso, ao criar essa e outras obras cubistas, foi a escultura africana, uma vez que o pintor estava descontente com as formas da pintura ocidental. Segundo John Golding, “contrastando com o artista ocidental, o escultor negro aborda o seu tema de um modo mais conceitual, as ideias sobre o seu tema são para ele mais importante do que a representação naturalista.” Desse modo, suas formas são mais estilizadas e abstratas.

O termo cubismo surgiu, no entanto, quando Georges Braque, amigo de Picasso e outro pilar desse novo movimento artístico, submeteu algumas de suas obras ao Salon d’Automne. Matisse, que fazia parte do comitê de seleção de obras para a exposição, teria dito que Braque enviara “uma pintura feita de cubinhos”. Cubismo, alerta Gompertz, é uma denominação imprópria, pois diz respeito à natureza bidimensional da tela, “ao passo que Braque e Picasso estavam agora olhando para um objeto de todos os ângulos concebíveis”, ambos fundiam várias perspectivas de uma figura ou objeto numa mesma imagem. Braque não aceitava a perspectiva tradicional, com um ponto de vista único; ele queria mostrar a multiplicidade de informações dos objetos pintados. Já Apollinaire dizia que “Picasso estuda um objeto da maneira que um cirurgião disseca um cadáver”.

Em 1912, Picasso e Braque incorporam tiras de papel e outros fragmentos de materiais diversos às suas obras, que, no MET, podem ser vistos em quadros como Head of a Man (1912) e The Man at the Café (1914). As colagens davam às obras diferentes texturas. Sobre suas colagens, Picasso afirmou, certa vez, que “se um pedaço de jornal pode converter-se numa garrafa, isso também nos dá algo para pensar a respeito de jornais e garrafas”. Quanto ao uso do jornal na obra cubista, Rosalind Krauss lembra que ele tinha uma função política, social (questões exploradas por Picasso nas citações de jornais que escolhia para compor sus colagens) e estética: “o jornal […] é distração sistematizada, política e moda, esportes e publicidade, confinando uns com os outros num caleidoscópio de assuntos, sendo cada um deles um segmento aparentemente independente”. O cubismo parece ter se interessado também por esse caleidoscópio de temas aparentemente independentes.

A colagem, cujo meio era fortemente antinaturalista,solucionava o desejo dos cubistas em representar seus temas de modo distanciado, sem envolvimento emocional, e ajudava a ilustrar o que os cubistas chamavam de “quadro-objeto”, ou seja, a “pintura como objeto ou entidade construída e dotada de vida própria, não refletindo o mundo externo, mas recriando-o de modo distinto e independente”, como afirma John Golding.

Por volta de 1910, um grupo de artistas experimentais — Fernand Léger, Albert Gleizes, Jean Metzinger e Juan Gris, que moravam em Paris e que haviam compreendido a concepção cubista – começou a trabalhar na mesma linha artística criada por Picasso e Braque. Esses artistas lançaram publicamente o movimento no Salão dos Independentes, em 1911, em Paris. A mostra não incluía as obras dos fundadores do cubismo, que não quiseram participar da exposição.

Na exposição do MET, que vai até o dia 16 de fevereiro, grande parte desses artistas finalmente se encontra e o visitante, além de quadros, poderá ver algumas poucas esculturas de Picasso, como The Absinthe Glass (1914).

Antes ou depois da visita, não deixem de passar no MoMa e ver Les demoiselles d’Avignon, onde tudo começou.

* Professora do Curso de Artes Cênicas da UFSC.

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Nijinsky – Minha loucura é o amor da humanidade

28 de agosto a 21 de setembro de 2014 no SESC Belenzinho – São Paulo

Texto: Gabriela Mellão

Direção: Gabriela Mellão e João Paulo Lorenzon

Nijinsky Mellão

 

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Bloomsday 2014: Paris – Florianópolis

James Joyce

 

Há 110 anos, no dia 16 de junho de 1904, Leopold Bloom, o protagonista de Ulisses (1922), do escritor irlandês James Joyce (1882 -1941), percorreu as ruas da capital irlandesa, Dublin, e marcou para sempre, com sua caminhada, a literatura mundial.

Todos os anos, nesse mesmo dia, admiradores de James Joyce lembram a obra máxima do escritor numa festa chamada “Bloomsday” (“Dia de Bloom”). Nesse mesmo dia, outras obras de Joyce são igualmente lembradas e celebradas. Além disso, aproveita-se a data para homenagear grandes escritores e artistas que tenham afinidade artística com James Joyce.

O dia 16 de junho não foi escolhido por acaso pelo escritor irlandês: foi nessa data que, em 1904, Joyce saiu pela primeira vez com Nora Barnacle, sua musa e companheira de vida.

Não se sabe ao certo quando foi celebrado o primeiro Bloomsday. Sabe-se, contudo, que Joyce participou de algumas das festividades.

Neste ano, o Bloomsday de Florianópolis “visitará” Paris, centro vital do modernismo, período radical aberto a novas experiências com a linguagem, em todos os campos artísticos. A capital francesa acolheu escritores como James Joyce, Gertrude Stein e Samuel Beckett, que serão homenageados neste Bloomsday.

Cabe lembrar que, em 1920, Joyce se mudou com a família para a capital francesa e lá acabou de escrever sua obra-prima Ulisses. Em Paris, Joyce encontrou o clima favorável para levar avante as suas experimentações linguísticas, além de amigos, de críticos e de uma editora fiel, Sylvia Beach, dona da famosa livraria Shakespeare & Company.

Contemporânea de Joyce, a norte-americana Gertrude Stein (1874 – 1946) mudou-se para Paris, onde escreveu sua obra mais radical. Stein não era fã de Joyce, ela o “rejeitava”, como afirmam os estudiosos, e, certa vez, opinou que a obra do irlandês seria passageira. Também dizia que a sua própria obra teria antecipado Ulisses.

O fato é que Stein foi uma escritora tão ousada quanto Joyce e, ainda hoje, podemos afirmar que ambos nunca foram totalmente compreendidos. Wyndham Lewis, no livro The art of being ruled, descreve a obra de Joyce como “pretensiosa”, “perecível”, “estrábica”, entre outros adjetivos negativos, e a compara com a obra de Gertrude Stein.

O irlandês Samuel Beckett (1906 – 1989) também encontrou em Paris o lar para as suas experiências com a linguagem. Ao contrário de Stein, Beckett foi um grande admirador de Joyce. Não obstante se detectarem em Beckett traços de ideias ou temas já incorporados na obra de Joyce, o escritor mais jovem “se rebelou” contra o mais velho, desejando subverter sua estética. Ambos compartilham, contudo, uma mesma desconfiança com a linguagem.

No Bloomsday deste ano, a trilha sonora será Parade (1917), música do francês Erik Satie (1866-1925), um compositor que rompeu com as convenções musicais, incorporando à orquestra uma máquina de escrever e um revólver.

Bloomsday 2014:

Organização: Clélia Mello, Dirce Waltrick do Amarante e Sérgio Medeiros.

Local: Aliança Francesa

Data:  16/06/2014

Hora: 17hs

Atividades: leitura de fragmentos de Ulisses, leitura de fragmentos do capítulo VIII de Finnegans Wake em francês e português. Film, de Samuel Beckett, apresentação do vídeo Vozes de mulheres, de Gertrude Stein (direção: Clélia Mello, concepção: Dirce Waltrick do Amarante, atuação: Marina Veshagem).

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Tino Sehgal – no Rio e em São Paulo

O artista britânico Tino Sehgal, conhecido por performances que misturam acontecimentos espontâneos e técnicas teatrais, estará no Rio do dia 12 de março ao dia 21 de abril no CCBB. Em São Paulo, ele se apresenta do dias 23 de março ao dia 4 de abril na Pinacoteca. Vale conferir!

Tino Sehgal

 

http://www.youtube.com/watch?v=knF5WY_d1KU

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Obsessão Infinita – Yayoi Kusama em 2014 no Brasil

A exposição “Infinite Obsession” (Obsessão Infinita), da artista japonesa Yayoi Kusama, volta em 2014 para o Brasil. A exposição estará em Brasília entre fevereiro e abril de 2014 e chega a São Paulo no dia 21 de maio.

Obsessão Infinita, Yayoi Kusama

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Prof. Raul Antelo (UFSC) recebe título de Doutor Honoris Causa

O professor Raul Antelo da UFSC foi distinguido com o Doutorado Honoris Causa da Universidad de Cuyo, em Mendoza, Argentina, no último mês de agosto.

Raul Antelo

A honraria se deve ao seu trabalho como crítico e pesquisador destacado que todos conhecemos e será entregue durante a realização do Congreso Internacional Nuevos Horizontes de Iberoamérica, na UnCuyo, na primeira semana de novembro próximo.

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Alexandre Nodari, doutor em teoria literária pela UFSC, foi o vencedor do Prêmio Fundação Bunge deste ano na Categoria Juventude – Crítica Literária.

Alexandre Nodari

A primeira iniciativa da Fundação Bunge, o Prêmio Fundação Bunge foi criado em 1955, como forma de incentivar a inovação e a disseminação de conhecimento. É concedido anualmente a personalidades de destaque em diversos ramos das Ciências, Letras e Artes no País e tem 2 categorias:

“Vida e Obra”, em reconhecimento à obra consolidada de um especialista;
“Juventude”, que premia jovens talentos.

Os candidatos não são inscritos, mas sim indicados por dirigentes de universidades e entidades culturais e científicas. Uma Comissão Técnica, composta por cinco membros, sendo um do exterior, em cada área de premiação, seleciona os pesquisadores em cada ramo do conhecimento na categoria “Vida e Obra”, indicando-os para a decisão do Grande Júri. No caso dos jovens talentos, a Comissão Técnica escolhe diretamente os homenageados do ano.

O Grande Júri, formado por representantes de entidades científicas e culturais, reitores e ministros de Estado, sob a direção do presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, tem a responsabilidade de escolher os contemplados na categoria “Vida e Obra”.
Desde sua criação já foram contempladas 171 pessoas.

A lista de contemplados inclui muita gente boa. Essa é a segunda vez que dão o prêmio pra área de Crítica Literária. A primeira foi em 1990, em que os contemplados foram Antonio Candido (na categoria Vida e Obra) e Flora Süssekind (na categoria Juventude).

Perfil de Alexandre Nodari: (http://www.fundacaobunge.org.br/projetos/premio-fundacao-bunge/premio-2013/contemplado/alexandre-nodari.php)

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Convite para o Bloomsday 2013http://youtu.be/kyogMPdTpFg

BLOOMSDAY 2013

Clélia Mello
Dirce Waltrick do Amarante
Sérgio Medeiros

No dia 16 de junho de 1904, Leopold Bloom percorreu por 18 horas as ruas
de Dublin, recebendo e transmitindo mensagens, pois coleta anúncios
para jornais. Essa caminhada épica foi narrada no romance Ulisses, do
escritor irlandês James Joyce (1882 – 1941), publicado em 1922. Segundo a
crítica, Ulisses “revolucionou a forma e a estrutura do romance moderno,
influenciando decisivamente o desenvolvimento da ‘corrente da consciência’
e impulsionando a linguagem e as experiências linguísticas aos limites da
comunicação.”

O dia 16 de junho não foi escolhido por acaso pelo escritor: ele remete
à data em que Joyce saiu pela primeira vez com Nora
Barnacle, a grande musa do escritor, com quem se casou anos mais tarde.

Para os admiradores de Joyce, o dia 16 de junho foi escolhido para
celebrar o Bloomsday, o Dia de Bloom, o herói de Ulisses. No mundo inteiro
comemora-se essa data. Nesse mesmo dia, outras obras de Joyce são
igualmente lembradas e celebradas. Além disso, aproveita-se a data para se
homenagear a obra de outros escritores irlandeses e de escritores que têm
alguma afinidade estilística com James Joyce.

Não se sabe ao certo quando foi celebrado o primeiro Bloomsday. Sabe-se,
entretanto, que Joyce participou de algumas dessas festividades.

No Brasil, o Bloomsday vem sendo festejado há mais de duas décadas. Em São
Paulo, onde o evento já é tradicional, o Dia de Bloom ocorreu pela
primeira vez em 1988 e foi organizado pelo poeta Haroldo de Campos e pela
professora Munira Mutran, da Universidade de São Paulo. Agora, em São Paulo, o Bloomsday é organizado por Marcelo Tápia. Outras cidades do
Brasil passaram a comemorar a data, a partir de então, em 16 de junho ou
em dias próximos. Em Florianópolis, o primeiro Bloomsday foi festejado em
2002 por iniciativa do poeta Sérgio Medeiros.

Fiel à filosofia da troca rápida de informação, que integra a
estrutrura do romance joyciano, o Bloomsday 2013 de
Florianópolis será comemorado on-line, no jornal
“Qorpus”. Todos os interessados poderão acessar o jornal e participar
do Bloomsday. Neste ano, os destaques do evento on-line são: a
leitura de algumas cartas trocadas entre James Joyce e Nora Barnacle, por Marina Veshagem e Jacqueline Kremer; a leitura de soundsenses (palavras compostas por mais de cem letras, que aparecem no romance Finnegans Wake (1939), última obra de Joyce); e a apresentação dos vídeos “O gato e o diabo” e “Os gatos de Copenhague”, baseados nos dois únicos contos infantis de Joyce.

Bom Bloomsday!

CARTAS TROCAS ENTRE JAMES JOYCE E NORA BARNACLE: LEITURA DE JACQUELINE KREMER E MARINA VESHAGEM

Joyce e Nora

Carta de Nora Barnacle

Carta de Nora Barnacle 2

Carta de Nora Barnacle 3

Carta de James Joyce

Carta de James Joyce 2

SOUNDSENSES DO ROMANCE FINNEGANS WAKE: LEITURA DE ALINE MACIEL 

1_soundsenses

2_soundsenses

3_soundsenses

4_soundsenses

5_soundsenses

6_soundsenses

7_soundsenses

8_soundsenses

9_soundsenses

all_soundsenses

VÍDEOS PARA CRIANÇAS E ADULTOS:

O GATO E O DIABO:

http://youtu.be/YNPAER82cNs

OS GATOS DE COPENHAGUE:

http://www.youtube.com/watch?v=KnsmMMcefYc&feature=em-upload_owner

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7º FITA  Floripa – De 23 a 29 de junho – Imperdível

Programação: www.fitafloripa.com.br

Coordenação Sassá Moretti

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A exposição MIRA – artes visuais contemporêneas dos povos indígenas estará no Centro Cultural UFMG, em Belo Horizonte, do 14 de junho até o 11 de agosto e depois segue em itinerância.


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Balanço da “I Semana de Artes Cênicas da UFSC”

A “I Semana de Artes Cênicas da UFSC” teve 5 palestras,  7 mesas-redondas, 27 comunicações, 1 apresentação cênica, 1 leitura dramática e uma média de 50 ouvintes por noite.

O espetáculo “Paper Macbeth”, que encerraria a programação, não pôde ser apresentado por questões técnicas (falta de estrutura no Teatro do Centro de Eventos da UFSC).
A leitura corajosa da peça O último Godot, de Matei Visniec, feita por Leandro Batista, Igor Farias e Ana Paulo Gozalo, substitui a apresentação de Paper Macbeth.

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Semana de Artes Cênicas da UFSC: de 6 a 10 de maio, das 18:30 às 22:00 hs, no Auditório Henrique Fontes, no CCE

Parade (argumento de Jean Cocteau; música de Erik Satie;  cenário e figurino de Pablo Picasso)

Com a participação de professores e alunos do curso de Artes Cênicas da UFSC, além de convidados de outros cursos e de outras instituições, a “I Semana de Artes Cênicas da UFSC” tem por objetivo discutir aspectos relevantes do teatro, destacando também questões interdisciplinares que envolvam outras artes. O evento pretende criar um diálogo entre pesquisadores e aproximar suas linhas de pesquisa.

 

Dia 06/05:

Às 18:30 hs: Abertura do evento pela coordenadora do curso de Artes Cênicas da UFSC, profa. Elisana de Carli, e pelos organizadores do encontro, profa. Dirce Waltrick do Amarante e Leandro Batz (aluno do curso de Artes Cênicas da UFSC).

 

Às 18:40 hs: palestra do Prof. Dr. Fábio de Souza Andrade (USP) sobre Samuel Beckett e da Profa. Dra. Adriane da Silva Duarte (USP) sobre o teatro de Aristófanes.

Às 19:30hs: mesa-redonda: “O teatro antigo na contemporaneidade”, coordenação da profa. Elisana de Carli.

Prof. José Ernesto Vargas –“A eloquência nos textos clássicos e os desafios de adaptá-la para o público contemporâneo”.

Valquiria Vasconcelos da Piedade – “Por uma mimese originária: um olhar heideggeriano para o fenômeno do acontecer poético teatral”.

Ms. Helder Félix Pereira de Souza – “A Tragédia e o Trágico na Condição Humana: Considerações sobre Antígona e o Direito”.

Profa. Elisana de Carli – “O teatro de Sêneca: um percurso crítico”.

 

Às 20:15hs : intervalo.

 

Às 20:30 hs: mesa-redonda: tema livre, coordenação da profa. Dirce Waltrick do Amarante.

Marina Veshagem:“A dramaturgia de Erik Satie”.

Leandro Batz: “Xamãcomo um ponto de vista”.

Telemakos Endler – “Nelson Rodriguescomo ele é…”.

 

 

Dia 07/05:

       Às 18:30 hs: palestra do Prof. Dr. Rafael José de Menezes Bastos (UFSC) sobre música e performance indígenas.

       Às 19:30hs: mesa-redonda: “Animacena”, coordenação da profa. Maria de Fátima Moretti.

      Natália Schleder Rigo – “Libras no FITA Floripa: iniciativas e repercussões”.

       José Ricardo Goulart — “O diálogo além do palco pode reverberar no ator?”.

       Luiz Gustavo Bieberbach Engroff – “Reflexões sobre a presença e ausência do ator pós-dramático em cena”.

 

Às 20:15hs : intervalo.

 

Às 20:30 hs: mesa-redonda: “Teatro e infância”, coordenação da profa. Dirce Waltrick do Amarante.

      Profa. Eliane Debus: “O texto teatral para infância e o mercado editorial brasileiro”.

      Profa. Simone Cintra: “Teatro, Literatura e Contação de Histórias na Formação de Acadêmicas do Curso de Pedagogia da UFSC”.

       Ms. Aline Razzera Maciel —“Contando histórias: relatos de uma experiência”.

Lançamento do livro CADA UM CONTA DE UM JEITO, de Aline Maciel.

 

Dia 08/05:

              Às 18:30hs: palestra do ator e diretor Renato Turnes: “Atuar/Dirigir: relatos de um ator-encenador”.

 

                 Às 19:30hs: mesa-redonda: “Arte e ativismo”, coordenação do prof. Fábio Salvatti.

                 Prof. Fábio Salvatti — “Sobre catapultas”.

                 Tayná Campos — ” Intervir na Cidade”

Zelda Soussan — ” Relação Política com o Espectadorem Experiências Cênicas de Florianópolis”.

 

Às 20:15hs : intervalo.

 

      Às 20:30 hs: mesa-redonda: “A Cidade como Espaço Cenográfico e Artístico”, coordenação do prof. Luiz Fernando Pereira.

        Profa.Luciane Ruschel Nascimento Garcez.

Profa.Fátima Costa Lima.

       Prof. Luiz Fernando Pereira — “A Cidade como Espaço Cenográfico e Artístico”.

 

Dia 09/05: 

       Às 18:30hs: palestra da Profa. Dra. Maria Aparecida Barbosa (UFSC): “Cenários do Teatro Expressionista: imagens”.

Às 19:30hs: mesa-redonda: tema livre, coordenação da profa. Dirce Waltrick do Amarante.

Federica Guerretta – “Nelson Rodrigues e Luigi Pirandello: uma visão geral sobre os dois dramaturgos. Quem influençou quem…?”.

                   Francielly Cabral – “O papel de Nelson Rodrigues na dramaturgia brasileira”.

        Mantra Santos – “O que falar sobre Nelson Rodrigues”.

                   Ana Paula Gozalo de Araújo – “Entendimentos ou não”.

Juliana Schiavo — “Nelson Rodrigues, gênio ou farsa?”. 

Às 21hs  — “Flor das Águas”, direção de Janaína Martins, no Teatrinho da UFSC (DAC).

Dia 10/05:

 

Às 19:00 hs: apresentação do premiado Paper Macbeth, direção de Sassá Moretti, no Centro de Eventos da UFSC.

* O espetáculo “Paper Macbeth”, que encerraria a programação, não pôde ser apresentado por questões técnicas (falta de estrutura no Teatro do Centro de Eventos da UFSC).

A leitura corajosa da peça O último Godot, de Matei Visniec, feita por Leandro Batista, Igor Farias e Ana Paulo Gozalo, substitui a apresentação de Paper Macbeth.

 

Organização: Profa. Dirce Waltrick do Amarante (dwa@matrix.com.br)

Leandro Batz (CA) (leandbatista@gmail.com)

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Vem aí a “I Semana de Artes Cênicas da UFSC”, de 6 a 10 de maio, das 18:30 às 22:00 hs. Confira aqui a programação  do evento!

La Fura dels Baus

I Semana de Artes Cênicas da UFSC: de 6 a 10 de maio, das 18:30 às 22:00 hs, no Auditório Henrique Fontes, no CCECom a participação de professores e alunos do curso de Artes Cênicas da UFSC, além de convidados de outros cursos e de outras instituições, a “I Semana de Artes Cênicas da UFSC” tem por objetivo discutir aspectos relevantes do teatro, destacando também questões interdisciplinares que envolvam outras artes. O evento pretende criar um diálogo entre pesquisadores e aproximar suas linhas de pesquisa. Dia 06/05:Às 18:30 hs: Abertura do evento pela coordenadora do curso de Artes Cênicas da UFSC, profa. Elisana de Carli, e pelos organizadores do encontro, profa. Dirce Waltrick do Amarante e Leandro Batz (aluno do curso de Artes Cênicas da UFSC). Às 18:40 hs: palestra do Prof. Dr. Fábio de Souza Andrade (USP) sobre Samuel Beckett e da Profa. Dra. Adriane da Silva Duarte(USP) sobre o teatro de Aristófanes.Às 19:30hs: mesa-redonda: “O teatro antigo na contemporaneidade”, coordenação da profa. Elisana de Carli. (Inscrições de comunicações para a mesa-redonda: elisanadc@yahoo.com.br (profa. Elisana de Carli.)).Às 20:hs : intervalo.Às 20:30 hs: mesa-redonda: tema livre, coordenação da profa. Dirce Waltrick do Amarante.(Inscrições de comunicações para a mesa-redonda : dwa@matrix.com.br (profa. Dirce Waltrick do Amarante.)). Dia 07/05:       Às 18:30 hs: palestra do Prof. Dr. Rafael José de Menezes Bastos(UFSC) sobre música e performance indígenas.                   Às 19:30hs: mesa-redonda: “Animacena”, coordenação da profa. Maria de Fátima Moretti.(Inscrições de comunicações para a mesa-redonda: sassamoretti@hotmail.com  (profa. Maria de Fátima Moretti.)).Às 20:hs : intervalo.Às 20:30 hs: mesa-redonda: “Teatro e infância”, coordenação da profa. Dirce Waltrick do Amarante.(Inscrições de comunicações para a mesa-redonda: dwa@matrix.com.br (profa. Dirce Waltrick do Amarante.)). Dia 08/05:              Às 18:30hs: palestra do ator e diretor Renato Turnes: “Atuar/Dirigir: relatos de um ator-encenador”.                 Às 19:30hs: mesa-redonda: “Arte e ativismo”, coordenação do prof. Fábio Salvatti.(Inscrições de comunicações para a mesa-redonda: fabiosalvatti@gmail.com (prof. Fábio Salvatti.)).Às 20:hs : intervalo.      Às 20:30 hs: mesa-redonda: “A Cidade como Espaço Cenográfico e Artístico”, coordenação do prof. Luiz Fernando Pereira.(Inscrições de comunicações para a mesa-redonda: lf@cce.ufsc.br (prof. Luiz Fernando Pereira.)). Dia 09/05:         Às 18:30hs: palestra da Profa. Dra. Maria Aparecida Barbosa (UFSC): “Cenários do Teatro Expressionista: imagens”.Às 19:30hs: mesa-redonda: “Poéticas do corpo e da voz”, coordenação da profa. Janaína Martins.(Inscrições de comunicações para a mesa-redonda: janainatmar@gmail.com (profa. Janaína Martins.)).Às 20:hs : intervalo.Às 20:30hs: mesa-redonda: tema livre, coordenação da profa. Dirce Waltrick do Amarante.  (Inscrições de comunicações para a mesa-redonda: dwa@matrix.com.br (profa. Dirce Waltrick do Amarante.)).Dia 10/05: Às 20:00 hs: apresentação do premiado Paper Macbeth, direção de Sassá Moretti.As mesas-redondas serão compostas de quatro integrantes no máximo, sendo algumas formadas por um professor coordenador e três alunos pesquisadores.Tempo de cada comunicação: 15 minutos, com cinco minutos de tolerância (texto com cerca de 5.000 caracteres.).  O RESUMO DAS COMUNICAÇÕES DEVE SER ENVIADO PARA O COORDENADOR DA MESA E PARA OS ORGANIZADORES DO EVENTO ATÉ O DIA 25 DE ABRIL. Haverá certificados para palestrantes e ouvintes.Organização: Profa. Dirce Waltrick do Amarante (dwa@matrix.com.br)Leandro Batz (CA) (leandbatista@gmail.com)======================================================
LANÇAMENTO:
Livro: “Cada um conta de um jeito”

Autora: Aline Maciel

Ilustração: Fábio Dudas

(projeto aprovado pelo Fundo Municipal de Cultura / 2012)

 

O livro tem como foco principal professores, educadores e mediadores de leitura que querem se utilizar da contação de histórias em seu trabalho em sala de aula, bibliotecas, brinquedotecas ou outros espaços. Também será útil para qualquer leitor que deseje aprender a contar histórias, ou àquele que simplesmente se interesse pelos contos reunidos no livro. Trata-se de um livro objetivo e prático, um pequeno manual para o contador iniciante.

Sobre os autores:
Aline Maciel é contadora de histórias e Mestre em Letras pela UFSC, com atuações na área do teatro, cinema, rádio e música. Iniciou suas atividades como contadora em 2009, na Biblioteca Barca dos Livros, em Florianópolis. Atualmente, desenvolve seu trabalho na Cia Mafagafos – contadores de histórias, além de atuar em parceria com outros contadores de histórias e músicos. 
http://ciamafagafos.wordpress.com/

Fabio Dudas é artista plástico, ilustrador e diretor de arte. Aos 11 anos, aprendeu a ilustrar recriando os heróis dos quadrinhos nos cadernos da escola. Hoje tem desenhos publicados em livros e revistas, e espera poder ilustrar ainda muitos livros para as crianças. http://fabiodudas.com/


Como adquirir o livro:

Para quem mora em Florianópolis, envie um  e-mail para ciamafagafos@gmail.com para combinarmos a entrega.

O livro também está disponível para venda na Biblioteca Comunitária que fica dentro da Optica Brasil. Endereço: Rua Cônego Serpa, 101 – Santo Antônio de Lisboa.

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EDITAL – CONCURSO MAURA DE SENNA PEREIRA

Concurso Maura de Senna Pereira 2013

Crônicas

Regulamento

  1. O Concurso Maura de Senna Pereira 2013premiará uma coletânea de crônicas de autor individual, redigida em língua portuguesa. O autor deve ser natural do estado de Santa Catarina ou nele residente há pelo menos dois anos.
  2. As inscrições para o Concurso Maura de Senna Pereira 2013 serão realizadas de 14 janeiro a 15 de março de 2013, na secretaria da Direção Executiva da Editora da UFSC, no horário comercial, localizada no prédio da EdUFSC, Campus Universitário, Bairro Trindade, Florianópolis, SC. Serão aceitas inscrições por correio, considerando a data de postagem, com material remetido para:

Editora da UFSC

Concurso Maura de Senna Pereira 2013

Campus Universitário, Trindade

88040-900 – Florianópolis – SC

  1. Os documentos necessários para inscrição são:
    1. Três cópias impressas do original, contendo na folha de rosto apenas o título da obra e o pseudônimo do autor. A impressão deve ser em apenas uma face do papel e o formato da página deverá ser o seguinte: fonte tamanho 12, espaçamento 1,5 e todas as margens de 3 centímetros. Todas as páginas devem ser numeradas consecutivamente, a partir da folha de rosto, com numerais arábicos localizados no rodapé e centralizados. Cada cópia impressa deve ser encadernada com espiral (com ou sem capa plástica).
    2. Envelope lacrado, identificado com o pseudônimo do autor e título da coletânea de crônicas, contendo os seguintes documentos: ficha de inscrição devidamente preenchida (disponível na página da EdUFSC: www.editora.ufsc.br), cópia frente e verso de documento de identidade (em que conste localidade de nascimento) e, para as pessoas não naturais de Santa Catarina, comprovação de residência fixa de pelo menos 2 (dois) anos (contas de água, luz, telefone, boleto de cartão de crédito etc., ou contrato de locação dos últimos dois anos). O envelope lacrado do ganhador será aberto após a proclamação do resultado. Os envelopes lacrados referentes às obras que receberem menção honrosa da comissão ad hoc do Concurso Maura de Senna Pereira 2013 também serão abertos após a proclamação do resultado. Os demais envelopes serão destruídos sem serem abertos.
  2. A comissão ad hoc do Concurso Maura de Senna Pereira 2013será coordenada por um dos membros do Conselho Editorial da EdUFSC. O coordenador da comissão comunicará a decisão da comissão em correspondência lacrada endereçada ao presidente do Conselho Editorial da EdUFSC, assim que terminarem os trabalhos da comissão em junho de 2013.
  3. As crônicas que compõem a coletânea poderão ser inéditas ou não, desde que nunca antes publicadas em livro. A eventual identificação de publicação anterior das crônicas em livro desclassificará automaticamente a obra para oConcurso Maura de Senna Pereira 2013ou acarretará a penalidade prevista na cláusula 13 deste regulamento para a obra vencedora.
  4. Ao enviar sua inscrição, o autor estará manifestando que aceita os termos e condições deste regulamento.
  5. Os originais inscritos serão avaliados por uma comissão ad hoccomposta de três membros escolhidos pelo Conselho Editorial da EdUFSC, no período de 18 de março a 18 de junho de 2013.
  6. A comissão ad hoc do Concurso Maura de Senna Pereira 2013terá total liberdade para deliberar sobre o mérito artístico das obras inscritas, classificando-as e indicando a obra vencedora, inclusive tendo a possibilidade de não premiar nenhuma, e fazendo menções honrosas se julgar pertinente. As menções honrosas, se houver, serão comunicadas aos autores e divulgadas na internet, nas páginas da UFSC e da EdUFSC.
  7. Não caberá qualquer tipo de recurso, por parte de quaisquer pessoas ou instituições, da decisão da comissão ad hoc do Concurso Maura de Senna Pereira 2013.
  8. O resultado do Concurso Maura de Senna Pereira 2013 será proclamado pelo presidente do Conselho Editorial da EdUFSC na reunião do referido conselho que ocorrer no mês de junho de 2013. No mesmo dia, o resultado será divulgado na internet, nas páginas da UFSC e da EdUFSC. O autor da coletânea premiada receberá correspondência da Direção Executiva da EdUFSC remetida ao endereço fornecido na ficha de inscrição.
  9. A premiação para a obra vencedora do Concurso Maura de Senna Pereira 2013será a publicação da coletânea pela EdUFSC, que deverá ocorrer ao longo do segundo semestre de 2013.
  10. O autor receberá, em conformidade com contrato a ser firmado com a EdUFSC, 10% (dez por cento) da tiragem da obra, entregues logo após a publicação, ou, se preferir, na forma da legislação em vigor, 10% (dez por cento) sobre as vendas dos exemplares. A tiragem da obra e o projeto gráfico serão decididos exclusivamente pela EdUFSC sem qualquer interferência do autor ou de terceiros.
  11. Caso seja constatado o descumprimento da cláusula 5 deste regimento após a publicação da obra vencedora, todos os exemplares serão recolhidos e o autor deverá ressarcir à EdUFSC todos os custos de produção da coletânea, em conformidade com contrato a ser firmado entre EdUFSC e o autor, na forma da legislação em vigor.
  12. Os originais inscritos no Concurso Maura de Senna Pereira 2013não serão devolvidos.
  13. Os casos omissos serão resolvidos em conjunto pela comissão ad hoc do Concurso Maura de Senna Pereira 2013 e pelo Conselho Editorial da EdUFSC.

 

Florianópolis, 18 de dezembro de 2012.

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FLOR DAS ÁGUAS – TEATRO E DANÇA
Flor das Águas, em um entrelace entre teatro e dança, nos convida a refletir sobre questões ambientais, a mergulhar em mitologias sobre as Deusas das águas e a banharmo-nos em águas primevas do ventre do corpo e da Terra, chuva sagrada que flui do seio da Grande Mãe, fonte de todas as fontes.

Data: 3, 4, 17 e 18 de novembro de 2012
Horário: 20h
Local: Teatro do DAC – UFSC

Ingresso: R$ 5,00 meia-entrada para estudantes,  R$ 10,00 inteira

Classificação indicativa: maiores de 14 anos

Ficha técnica:

Direção Artistica: Janaina Trasel Martins
Elenco: Ieda Moraes, Janaina Martins, Juliana Schiavo, Marcela Trevisan, Thais Souza
Videografismo e Arte Gráfica: Gabriel Stella
Cenografia: Edson Menezes
Cenotécnico: Guilherme Rosário Rotulo
Técnicos de Iluminação Cênica: Gabriel Guedert e Luciano Bueno
Operação de som: Ronaldo Pinheiro Duarte
Figurino: Daniela Antunes
Contra-regras: Luiz F. Carvalho e Priscila Serafim
Camareira: Rachel Dantas

Apoio: Funpesquisa/UFSC, Curso de Artes Cênicas/UFSC, Secult/UFSC, Teatro do DAC/UFSC.

Espetáculo de teatro e dança realizado pelo Grupo de Pesquisa Poéticas Vocais do Corpo em Arte, do Curso de Graduação em Artes Cênicas, Departamento de Artes e Libras, CCE/UFSC

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HAMLET, impresso ïn quarto, texto escrito por Shakspeare em 1603, para uma montagem que  certamente deve ter dirigido com sua Companhia,texto inédito no Brasil, numa primorosa tradução  de José R.O’Shea. Entre estudos e montagem somam 2 anos e meio.

A peça  nesta  montagem do Pesquisa Teatro Novo , faz uso da linguagem inspirada no Teatro Kabuki nascido no ano de 1603 no Japão. Presença do Grupo Shimadaiko de Taiko. Oriente e Ocidente no mesmo palco sob o manto de Shakespeare!

Direção de Carmen Fossari, com Bruno Leite no Papel de Hamlet , elenco do PesquisaTeatro Novo,UFSC.

13 e 14 de Novembro. Teatro Pedro Ivo  às 21.00 hs.
Ingressos antecipados, CIC, TAC E PEDRO IVO, 10,00 e 20,00
blog: www.hamletnokabuki.blogspot.com

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Atender aos pedidos da comunidade, especialmente a universitária, encaminhados à Administração Central. Este foi o principal motivo que levou a Reitoria e a Editora da UFSC a decidirem pela continuidade da Feira do Livro até 25 de outubro. “Recebemos muitas mensagens de pessoas que tinham interesse que a Feira continuasse. Assim, em comum acordo com toda a equipe da editora, decidimos pela manutenção do calendário inicial do evento”, explica Carlos Vieira, Chefe de Gabinete da Reitoria.

A ideia de um estande exclusivo para comercialização dos livros da EdUFSC durante a 11ª. SEPEX – Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão –, que acontece em novembro, está mantida. “Avaliamos que, deste modo, os interessados terão a oportunidade de conhecer e adquirir nossas obras em dois momentos distintos, ampliando o alcance”, completa.

A programação de lançamentos – incluindo O fantástico na ilha de Santa Catarina, reedição em um único volume das célebres narrativas recolhidas e reinventadas por Franklin Cascaes, e Pensar em não ver: escritos sobre a arte do visível, de Jacques Derrida – não sofrerá alteração.

Mais informações:
Editora da UFSC: (48) 3721-9605, 3721-9408 , 3721-9686  e  3721-8507.
Gabinete da Reitoria: (48) 3721-9329.

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Fim da Feira de Livros da EdUFSC!

A feira de livros da EdUFSC, que deveria seguir até o dia 25 de outubro, foi abruptamente interrompida. Numa explicação pouco convincente, Carlos Vieira, chefe de gabinete da reitoria, esclarece o motivo:

A Feira de Livros da EdUFSC encerra sua primeira etapa dia 3 de outubro, com a apresentação de Grace Torres e Lilian Nakahodo que autografarão o CD “Preparado em Curitiba: Sonatas e Interlúdios para Piano Preparado”, em comemoração ao centenário do compositor e poeta norte-americano John Cage. O evento é paralelo ao lançamento do livro “Cage e a poética do silêncio” (Letras Contemporâneas), de Alberto Heller.

A segunda etapa da Feira acontece de 21 a 24 de novembro, durante a 11ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex), quando serão promovidos os lançamentos dos livros “Contos gauchescos” e “O fantástico da ilha de Santa Catarina” que integram a coleção Repertório da EdUFSC. “Este ano, em função das greves dos servidores técnicos e docentes, tivemos de adiar a realização da Sepex. Como a presença da EdUFSC é fundamental, optamos, em comum acordo com a Diretoria da editora, pela realização da segunda etapa da Feira de Livros no evento”, explica Carlos Vieira, chefe de Gabinete da Reitoria.

Outras informações pelos telefone (48) 3721-4081 e 3721-9319.

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Bloomsday 2012 em Florianópolis

Veja como foi o Bloomsday 2012 em Florianópolis.

Organização: Clélia Mello, Dirce Waltrick do Amarante e Sérgio Medeiros

                                                  James Joyce

https://vimeo.com/45177039

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Lançamento deMetalinguagem e Teatro: A Dramaturgia de Jorge Andrade” (Perspectiva, 2012), de Catarina Sant’Anna

Quando: 08 de outubro de 2012, às 19:30 hs.

Onde: no VII Congresso da ABRACE, Hall do Salão de atos da UFRGS. Porto Algre – RS

Fernanda Montenegro e Elísio de Albuquerque na primeira montagem de “A Moratória”, 1955

Não é por mera deferência a Catarina Sant’Anna que um crítico da envergadura de Sábato Magaldi escreve em sua Apresentação de “Metalinguagem e Teatro”:

“Diga‐se desde logo a respeito deste livro […]: é o melhor
estudo sobre o teatro de Jorge Andrade […] Diferentemente da maioria dos estudiosos que não enxergam defeito na obra de seus eleitos, Catarina mostra grande objetividade na avaliação da dramaturgia de Jorge Andrade. Valoriza os textos metalinguísticos da tetralogia, pela complexidade e pelo teor artístico alcançado, ainda que julgue ‘A Escada’, com razão, uma peça ‘popular’ (as aspas, no caso, têm evidente cunho restritivo),distinga ‘Vereda da Salvação’ como o melhor texto do ciclo e não se preocupe em fazer pesadas restrições a ‘A Loba’ ou ‘Milagre na Cela’. A isenção traz autoridade a seus juízos.”

Essa avaliação por si só encareceu a necessidade de se levar ao público leitor e aos praticantes da arte cênica uma nova edição deste estudo
indispensável para o conhecimento, a interpretação e a encenação do teatro de Jorge Andrade. Este livro resulta do feliz casamento entre uma das principais pesquisadoras de teatro do país e um dos nossos maiores
autores.
CATARINA SANT’ANNA Professora e pesquisadora graduada em Letras, em 1975, com mestrado em Literatura Brasileira pela Universidade Federal Fluminense, em 1981, e doutorado em Teoria Literária e Literatura
Comparada pela Universidade de São Paulo, em 1989. Fez pós‐doutorado em Teatro e Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, em 1989, e, em 2010, em Estudos Teatrais na
Universidade de Paris 3 – Sorbonne. É professora‐associada da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia e coordenadora, desde 2002, do Gipgab, Grupo Interdisciplinar de Pesquisa Gaston Bachelard: Ciência e
Arte, filiado ao CNPq. Criou, em 1999, o GT Dramaturgia Tradição e Contemporaneidade da Abrace e, entre 2004 e 2006, lecionou na Universidade de Lyon 2. É autora de inúmeros artigos em periódicos nacionais e estrangeiros e colaboradora em vários livros. Publicou o livro com traduções e estudos do teatro de MichelVinaver, ‘Dissidente’. ‘Programa de Televisão’ (2007), ‘Para Ler Gaston Bachelard’ (2010) e este ‘Metalinguagem e Teatro: A Dramaturgia de Jorge Andrade’ (1997), ora reeditado pela editora Perspectiva em versão revista e atualizada.

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Mostra de Artes Cênicas (Maça) da UFSC – na primeira semana de outubro.

Confira o vídeo:

“Sete Maçãs”, Paul Cézanne, 1877

http://www.youtube.com/watch?v=w7xODd9kMWk

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200 anos de Edward Lear

Este é o ano do bicentenário de um dos pais do nonsense vitoriano, Edward Lear (1812 -1888).

Edward Lear

Uma receita nonsense do autor inglês para comemorar a data!

TORTA DE AMBILONGO

Edward Lear

Tradução:

Dirce Waltrick do Amarante

Pegue 1 quilo e 80 gramas de ambilongos frescos e os coloque numa panelinha de barro ou metal.

Cubra-os com água e os ponha para ferver por 8 horas contínuas; em seguida acrescente 1 litro de leite fresco e coloque novamente para ferver por mais 4 horas.

Quando os ambilongos estiverem quase macios, retire-os da panela e os coloque numa frigideira bem grande, tomando o cuidado de previamente misturá-los bem.

Rale um pouco de noz-moscada sobre a sua superfície e a cubra cuidadosamente com bolo de gengibre em pó, curry e um punhado de pimenta de Caiena.

Leve a frigideira para a sala mais próxima e a coloque no chão. Leve-a de volta para a cozinha e deixe cozer lentamente por 45 minutos. Sacuda a frigideira violentamente até os ambilongos ficarem palidamente púrpuras.

Então, tendo preparado a massa, ponha todo o recheio; adicionando ao mesmo tempo uma pombinha, duas fatias de carne bovina, quatro couves-flores e ostras a gosto.

Observe pacientemente até que a crosta comece a crescer e adicione de vez em quando uma pitada de sal.

Sirva em pratos limpos e jogue tudo pela janela o mais rápido possível.

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FEIRA DE LIVROS EdUFSC: de 24 de setembro a 25 de outubro

A tradicional Feira de Livros da EdUFSC ocorrerá entre os dias 24 de
setembro e 25 de outubro, em lona montada em frente à reitoria da UFSC.
Nesse período, oferecerá livros do catálogo da EdUFSC com expressivo
desconto, além de diversos títulos das editoras da USP, UNICAMP e UFMG,
entre outras, que integram a Liga de Editoras Universitárias (LEU).
Entre os livros expostos nas estantes da feira, o leitor encontrará os
títulos da Coleção Didática, que contempla diversas áreas do saber, da
matemática à medicina, da engenharia à biologia.

A cada quarta-feira, a partir das 16:30, a feira apresentará aos
visitantes novos lançamentos, com a presença de convidados especiais, que
dialogarão sobre o tema das publicações.

— Dia 26 de setembro: “O detetive de Florianópolis” (EdUFSC), de Jair
Francisco Hamms, um dos livros sobre Florianópolis mais elogiados da
literatura catarinense, com a presença da viúva do escritor, Lúcia Rupp
Hamms;

— Dia 3 de outubro: “Cage e a poética do silêncio” (Letras
Contemporâneas), de Alberto Heller, com a presença do autor e de Grace
Torres e Lilian Nakahodo, que autografarão o CD em comemoração ao
centenário do compositor e poeta norte-americano John Cage, lançado
recentemente sob o título: “Preparado em Curitiba: Sonatas e Interlúdios
para Piano Preparado”;

— Dia 10 outubro: “Contos gauchescos” (EdUFSC), de Simões Lopes Neto,
edição que celebra o centenário de lançamento desse clássico da literatura
sulista, com a presença do organizador, Cláudio Cruz;

— Dia 17 de outubro: “O fantástico na ilha de Santa Catarina” (EdUFSC),
reedição em um único volume das célebres narrativas recolhidas e
reinventadas por Franklin Cascaes, com a presença de Gelci José Coelho
(Peninha), que colaborou com o autor;

— Dia 24: “Pensar em não ver: escritos sobre a arte do visível” (EdUFSC),
de Jacques Derrida, primeira edição mundial desse livro póstumo do grande
filósofo francês, com a presença do diretor executivo da EdUFSC, Sérgio
Medeiros.

Os volumes “Contos gauchescos” e “O fantástico da ilha de Santa Catarina”
integram a coleção Repertório da EdUFSC, voltada para a divulgação de
clássicos da arte e do pensamento.

O lançamento de “Contos gauchescos”, de 1912, presta um tributo ao
escritor Simões Lopes Neto, um dos nomes fundamentais da literatura
sulista. A reedição recupera na íntegra o texto da edição original, sem
alterações ou adaptações.

O livro “Pensar em não ver”, de Jacques Derrida, é uma grande conquista da
EdUFSC, que vem enriquecendo o seu catálogo, nos dois últimos anos, com
nomes de relevância internacional. Neste caso, cabe destacar que a edição
brasileira dessa seleção de ensaios sairá antes da edição francesa,
prevista para 2013.

Finalmente, levando avante seu diálogo com a cultura local, a EdUFSC põe
ao alcance do leitor, em novas edições que seguem seu padrão de excelência
gráfica, dois títulos fundamentais para se entender o passado e o presente
de Santa Catarina: o saboroso e surpreendente “O detetive de
Florianópolis”, de Jair Francisco Hamms, e o insuperável “O fantástico na
Ilha de Santa Catarina”, de Franklin Cascaes.

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Peixe Sente Dor (!),(?)

Sexta Feira 29/06 às 18:30 na sala 402

Direção/Concepção   Márcio Cabral
Com   Lorenzo Lombardi

Obra do artista inglês Damien Hirst

Nenhum animal sofreu maus tratos durante a realização deste trabalho (!) , (?)

Ficha Técnica
Direção/Concepção   Márcio Cabral
Com   Lorenzo Lombardi
Atriz do vídeo/Voz do Off   Angélica Mahfuz
Maquiagem   Bárbara Mafra
Texto original   ‘Peixeu’ de Luiz FelipeLeprevost
Músicas   Carlos D’Alessio

Resultado das disciplinas:
Direção de Atores II   professor Fábio Salvatti
Cena Audiovisual   professor Rodrigo Garcez

UFSC / 2012

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IMPERDÍVEL:

“Feiticeiras” (montagem do conto “A feiticeira” de Anton Tchékhov): exercício cênico sob direção de Priscila Genara Padilha 

Dia 02 de julho, às 20:30, na sala 402.

======================================================= FITA FLORIPA 2012 

http://www.fitafloripa.com.br/

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Convite para conhecer o site da performer e dançarina de butoh Emilie Sugai

A performer e dançaria de butoh Emilie Sugai

   www.emiliesugai.com.br

 

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“Encontros Clownescos”, exercício cênico construído na disciplina de “Teatro de rua e carnavalização”.

Direção\Orientação: Profa. Priscila Genara

Data: 2 de dezembro, sexta feira,
Hora: às 12h e às 18h
Local: na frente do CCE da UFSC

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SEMANA OUSADA DE ARTE

De 21 de novembro a 25 de novembro, na UFSC: http://semanaousada.udesc.ufsc.br/

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Reapresentação de “A Galinha Degolada”, uma adaptação do conto de mesmo nome do uruguaio Horacio Quiroga, pelos grupos catarinenses “Persona” e “Teatro em Trâmite”, com direção de Jefferson Bittencourt. A reapresentação será no dia 21 setembro, no Teatro da UBRO. Imperdível!

“A Galinha Degolada”

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“Setembro” estreia neste fim de semana, 2 e 3 de julho, às 20 horas, no Teatro da UFSC.

Fruto de quatro meses de pesquisa e trabalho de alunos de sétima fase da disciplina Projeto de Montagem, do curso de Artes Cênicas da UFSC, a peça se propõe a discutir a experiência humana a partir dos eventos eclodidos em 11 de setembro de 2001, que neste ano completam uma década. O projeto partiu da ideia de constituir um fórum artístico e intelectual para a discussão desses episódios que deixaram marcas visíveis na vida cotidiana, alterando tanto as relações geopolíticas quanto as relações interpessoais no mundo, como explica o coordenador do Curso de Artes Cênicas, Fábio Salvatti.

“Setembro”
Direção: Fabio Salvatti (3721-6801)
Codireção: Gerson Praxedes
Direção de arte: Luiz Fernando Pereira (LF)

Elenco: Araeliz, Bárbara Danielli, Betinho Chaves, Carlos Silva, Célio Alves, Claudinei Sevignani, Elise Schmiegelow, Emanuelle Antoniollo, Gabriel Guedert, Gustavo Bieberbach, Ilze Körting, Janine Fritzen, Malu Leite, Paula Dias, Rafaela Samartino, Ricardo Goulart, Rodrigo Carrazoni, Tainá Orsi, Tamara Hass, Thaís Penteado, Vera Lúcia de Azevedo Ferreira, Wellington Bauer

Iluminação: Gabriel Guedert
Cenário e figurino: Malu Leite
Cenotécnico: Edson
Costureira: Iraci
Vídeos: Fabiane de Souza
Fotografia: Larissa Nowak
Pesquisa de trilha sonora: Fabio Salvatti
Programação visual: Fabio Salvatti e Wellington Bauer

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2ª Maçã/ Mostra de Artes Cênicas: Um evento das Cênicas que tende a frutificar…

                                                                        Por Jacqueline Kremer*

      Entre os dias 1 º e 8 de julho, acontecerá a “2ª Maçã (Mostra de Artes Cênicas)”, evento que servirá como incentivo  para quem está na fase inicial do curso e motivador para os demais atores e diretores, afinal serão dias de  arte e criatividade com apresentações de performances e oficinas ministradas por acadêmicos e professores.

      O evento está sendo organizado pelo C.A., mas em uma entrevista descontraída com Guilherme Oliveira, aluno da 3ª fase do curso de Artes Cênicas da UFSC e um dos organizadores do evento, repasso a realidade, ideias e comentários sobre a “2ª Maçã”.
Uma das coisas que mais surpreendes é o número reduzido de alunos das Artes Cênicas que se dispuseram a ajudar na organização da mostra. Guilherme e mais duas colegas, de fases distintas, se uniram e corajosamente formaram um pequenino grupo coeso, por isso o evento acontecerá.

      Isso parece ser um tanto contraditório, em um curso de Cênicas onde a coesão no teatro e para o teatro acontecer é fundamental, a “Maçã”, a  “2ª Maçã”, ainda é um evento pequeno em termos de organização, mas precisamos lembrar que são os alunos que darão a dimensão sonhada para quem está trabalhando nele. Além da oportunidade, que todo o ator deseja, de mostrar seu trabalho, esse evento é, como disse o Guilherme, “nosso laboratório!” Porém, será que esse laboratório se perpetuará nos próximos anos? O planejamento da próxima ou das próximas “Maçãs” necessita do envolvimento maior dos alunos, quem sabe o de um ou dois componentes de cada turma (e olha que nem estou usando a palavra representantes). Contudo, a ideia da colaboração na organização do evento deveria ser por prazer e espontaneamente! Como em uma canção do Atahualpa Yupanqui: “Con tesón y voluntad!”

      Imaginemos, junto com o Guilherme, ampliarmos a tal modo a nossa “Maçã” a ponto de transformá-la em um “Festival Universitário”! Gente vindo do Brasil inteiro para participar da nossa “Maçã”, arte efervescente por todo o Campus, vida, amplitude de pensamentos, troca, conhecimentos, contatos, a arte pela arte, por acadêmicos e professores movidos por este mesmo sonho… todos trabalhando coesos, talvez com muitas divergências, isso é bom! Se esse sonho se tornar realidade, o nosso curso só teria a ganhar! E nós, queridos colegas, estaríamos de fato “fazendo”Artes Cênicas.

      Quanto ao período do evento, uma das dificuldades apontadas foi a data (e bastante criticada), final de semestre, muita coisa pra fazer (?). Mas pensei que no mínimo o objetivo aqui é fazer arte… isso é desculpa, né?! Na verdade quando será um momento próprio, favorável para apresentarmos qualquer “Maçã”? Se pensarmos e em conjunto, sempre alguém não vai poder, sempre conseguimos desculpas variadas e ricas, dignas de serem encenadas, não é mesmo?

Então a sugestão é, paralelo as aulas, produzam, criem grupos, grupinhos e ensaiem, façam arte e não sejam pegos com as calças na mão quando aparecerem eventos que dependem dos artistas, de você! Rompa essa “camisa de vênus” e comece a gestar ideias, compartilhe, geste arte e quem sabe, na próxima “Maçã”, teremos muitas, mas muitas, crias boas, que faltará hora e data para a elaboração do calendário. Fica aí a sugestão… como questionou o Guilherme: “O que é arte para cada um? O que você espera deste curso?” Eu me uno e pergunto: A que veio você?

*Professora de espanhol, aluna de Artes Cênicas da UFSC.

Programação das oficinas:

Sábado (02/07)

Oficina: Maculelê

Ministrante:Bianca Gonçalves de Freitas

Horário: 15h – 18h

Sala: Hall do CCE

Número de vagas: 20

Material requerido: Caixa ou Tambor

Roupa sugerida para os participantes: de guerra.

Domingo à quarta-feira (03,04,05 e 06/07)

Oficina: Teatro de Rua

Ministrante:Toni Edson

Descrição: Nesse curso, Toni Edson Costa Santos procura dividir um pouco de sua pesquisa

no tocante ao Teatro de Rua, percepção espacial, improvisação e adágios. A oficina

começa com alongamento/aquecimento partindo de princípios utilizados pelos

comediantes dell’Arte. Segue-se uma beve explicação do fenômeno da Commedia

dell’Arte e a prática de mais exercícios correlatos à essa corrente. O curso ainda contém

exercícios de percepção espacial, contato improvisação e adágio.

Horário: 14h – 18h

Sala: a confirmar

Número de vagas: 20

Material requerido: um lençol de solteiro e um cabo de vassoura

Segunda (04)

A partir das 18:30 min. Na sala 401 e pelos corredores do CFM, teremos performances pelos alunos da Profa. Dirce Waltrick, da terceira fase, relacionado a disciplina de Genealogias dramáticas Americanas.

 

Quinta e Sexta (07 e 08/07)

Oficina:Dramaturgia Colaborativa

Ministrante: Araeliz

Descrição:Quebrando a autoria individualista, a oficina busca proporcionar exercícios coletivos de produção dramatúrgica, buscando criar um ambiente de mais valia criativa onde o valor final das obras excede a soma do trabalho daqueles que a compuseram.

Observações: Boa vontade, bom humor e comprometimento são pré-requisitos básicos para aqueles que almejam fazer essa oficina.

Horário:13:50h – 18h

Sala: 403

Número de vagas: 10

 

Todas as apresentações serão de noite e oficinas durante as manhãs ou tardes.

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Festival Internacional de Teatro de Animação (FITA)

No vídeo abaixo, a professora Sassá Moretti fala sobre o Festival Internacional de Teatro de Animação (FITA), que começa no dia 12 de junho, próxima segunda-feira, em Florianópolis. Maiores informações sobre o festival em www.fitafloripa.com.br.

Entrevista FITA

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BLOOMSDAY: O DIA DE BLOOM

Realizado no mundo todo, sempre no dia 16 de junho, o Bloomsday é uma festa-performance em homenagem a Leopold Bloom, o protagonista do romance “Ulisses”, de James Joyce, considerado um dos mais revolucionários do século XX. Leopold Bloom é o “judeu errante” que leva e traz mensagens, e que, após um dia e um noite perambulando por Dublin, “reencontra” o filho já falecido e se reconcilia com a mulher que o trai.

Trata-se de uma versão paródica da poesia épica homérica, ou seja, da “Odisséia” (considerada a mãe de todas as narrativas Ocidentais), que descreve as aventuras de um herói sofrendo de aguda crise de identidade e que, por isso, precisa regressar para casa e reencontrar a mulher e o filho. Nesse aspecto, Odisseu, ou Ulisses, o herói da “Odisséia”, é o oposto de Aquiles, o herói da “Ilíada”. Aquiles só sabe ir para a frente, Ulisses, para trás, para casa.

Para tratar desse tema clássico, situando-o porém no contexto moderno e dessacralizando-o, Joyce descreve minuciosamente a prolixidade do real e do delírio, criando novas técncias narrativas e cunhando novas palavras que possam dar conta da balbúrdia ou do caos contemporâneos.

O Bloomsday 2011 de Florianópolis fará uma leitura simultânea dos capítulos do “Ulisses”, em várias línguas. Recriará, assim, a metáfora joyciana maior: quanto mais espesso o caldo do enredo, melhor o romance, melhor a “Odisséia”.

Sérgio Medeiros/Dirce Waltrick do Amarante, organizadores do Bloomsday 2011