Editorial – N.003 – 21/11/2011
Ballet Mécanique, Fernand Léger, 1924
Participam desta edição, com ensaios e textos criativos, alunos do curso de Artes Cênicas da UFSC: Jacqueline Kremer, Henrique Zieslinki Furtado, Marcela Trevisan, Priscila Andreza de Souza e Marina Veshagem.
Boa leitura,
Dirce Waltrick do Amarante
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O segundo número do jornal “Qorpus” conta com colaborações de estudiosos de diferentes áreas, propondo um importante diálogo interdisciplinar e lembrando que as artes cênicas não são uma área isolada do conhecimento.
Parafraseando uma frase Karl Marx a propósito dos filósofos, as artes cênicas não nascem da terra como cogumelos. São fruto da sua época, do seu povo.
Merece destaque, nesta edição, o ensaio “Cerimonial e anacronismo: Ollantay”, do professor Raúl Antelo (UFSC), autor de importantes trabalhos na área da cultura, com publicações dentro e fora do país. Antelo fala sobre a ópera Ollantay, de Constantino Gaito, que tem como tema a tradicional lenda de Ollantay, “um misto de curaca e amauta, um funcionário do Inca, destacado para atos administrativos e de guerra”. (Janela “Como é”.)
Outro destaque desta edição é a tradução de uma peça em cinco atos de Getrude Stein , “O que aconteceu”, por Luci Collin, professora de língua e literatura inglesa da UFPR, tradutora e estudiosa da obra da escritora norte-americana. (Janela “Teatro na praia”.)
Esta edição também traz um pequeno oratório lírico-dramático, “Duas ou três coisas que eu sei dela”, do poeta, dramaturgo, tradutor e professor de literatura da UFSC, Cláudio Cruz. (Janela “Teatro na praia”.)
Na janela “… à procura de autor”, temos duas importantes entrevistas: a primeira, com o compositor e professor da UNICAMP, especialista em música erudita contemporânea, Silvio Ferraz, dada a Sérgio Medeiros, professor do CCE/UFSC. A segunda é com a secretária de Cultura e Arte da UFSC (SeCArte), Maria de Lourdes Borges, concedida a Jacqueline Kremer, aluna do curso de artes cênicas da UFSC.
Na janela “Como é”, o leitor encontrará o ensaio “Dorotéia: um jogo de espelhos?”, da doutora em literatura comparada pela USP, Maria José Moreira F. França, e uma resenha, assinada por mim, da revista “Folhetim n.29”, um número especial em homenagem ao dramaturgo Nelson Rodrigues.
Esta edição traz ainda, na janela “Teatro na Praia”, três adaptações do conto “Os anões”, da escritora gaúcha Veronica Stigger, por Marina Veshagem, Jacqueline Kremer e Henrique Zieslinki Furtado, ilustradas por Marcela Trevisan, todos alunos da quarta fase do curso de Artes Cênicas da UFSC. Nesta mesma janela, o leitor encontrará um poema de Thiago Santanna, “A queda”, e a leitura de fragmentos do conto “Meu tio Iauaretê”, de João Guimarães Rosa, por Priscila Andreza de Souza. Ambos alunos da quarta da fase do curso de artes cênicas da UFSC.
A “agenda” deste número destaca a reapresentação da festejada peça “A Galinha Degolada”, uma adaptação do conto de mesmo nome do uruguaio Horacio Quiroga, dos grupos catarinenses “Persona” e “Teatro em Trâmite”, com direção de Jefferson Bittencourt. A reapresentação será em setembro, no Teatro da Ubro.
Não deixe de conferir, ainda, a janela “Boca de Ouro”, que traz comentários a respeito das edições do jornal e da vida acadêmica.
Boa leitura,
Dirce Waltrick do Amarante