EDITORIAL N. 021 – 29/06/2016
EDITORIAL N.021
As aquarelas abstratas da artista plástica Georgiana Houghton (1814-1884) ilustram o edital deste novo número do jornal “Qorpus”. Em exibição na Courtauld Gallery, em Londres, ao lado de obras-primas de Turner, Van Gogh e Picasso, essas aquarelas não só anteciparam tendências vanguardistas do século XX como revelaram, à sua maneira, a marginalização das artistas europeias no século XIX, que precisaram recorrer, como no caso desta “médium”, ao estratagema de assinar seus trabalhos com nomes masculinos…Na agenda cultural, o leitor encontrará mais informações sobre a artista inglesa e a exposição em Londres, que se encerrará em setembro.
Na janela “Como é”, destacamos um instigante ensaio sobre a tradução de “Anna Livia Plurabelle” (capítulo VIII, de “Finnegans Wake”, de James Joyce), que Beckett e Péron realizaram. De autoria do professor Patrick O’Neill da Queen’s University, no Canadá, o referido ensaio foi apresentado no XXV International James Joyce Symposium, em Londres, em junho deste ano, quando também se comemorou o Bloomsday 2016.
Outros destaques, nessa mesma janela, são: 1. Resenha de dois livros sobre a obra de Goethe que abrangem amplas questões intelectuais e culturais, assinada por Marcus Mazzari, que é referência nos estudos goetheanos no Brasil; 2. Um longo ensaio sobre poesia de Aurora Bernardini, tradutora, ensaísta, ecritora e professora.
O leitor encontrará, ainda, na janela “Como é”, textos sobre teatro, cinema e tradução.
Também convidamos o leitor a explorar as outras seções deste jornal, onde ele encontrará poemas de Tomasz Łychowski e de Cláudio Cruz, além de uma entrevista com Myriam Ávila sobre o seu novo livro, “Diários de escritores”.
Na janela “Insulto ao público”, oferecemos um monólogo de Jacinto Benavente, dramaturgo espanhol.
Boa leitura,
Dirce Waltrick do Amarante,
Maria Aparecida Barbosa e
Sérgio Medeiros.