Entrevista com a tradutora de “Os últimos dias da humanidade”, de Karl Kraus, Mariana Ribeiro de Souza – Por Paulo Vitor Schlichting Peçanhuk

Entrevista com a tradutora de “Os últimos dias da humanidade”, de Karl Kraus, Mariana Ribeiro de Souza

 

Por Paulo Vitor Schlichting Peçanhuk

 

 

 

 

O alarde de Karl Kraus

 

A coleção de sketches é publicada em 1922 como o gigantesco drama Die letzten Tage der Menschheit (Os últimos dias da Humanidade) e ressurge em 1929 na versão adaptada  para o palco por Max Reinhardt e Karl Kraus. A peça de Karl Kraus permaneceu in-traduzida para as demais línguas ocidentais modernas por décadas. Em 1974 surge uma primeira tradução parcial à língua inglesa. Em 2003 ganhou vida em português europeu uma versão de trechos selecionados. A primeira tradução de Os últimos dias da humanidade, peça de Karl Kraus para o português brasileiro, é feita por Mariana Ribeiro de Souza e publicada pela Balão Editorial em 2017.

 

Paulo: Karl Kraus foi um defensor da língua padrão alemã e do seu uso mais castiço. Teceu críticas contínuas à forma da linguagem empregada pela imprensa e por alguns escritores de expressão alemã. Há, por exemplo, uma alusão pejorativa quanto ao poeta Heinrich Heine nos Aforismos. Ele advertia que a suposta deterioração da linguagem redundaria na deterioração dos valores respectivos da sociedade. Os estudos da sociolinguística mudaram completamente a consciência do que é falar certo ou errado, a rigidez linguística é algo descabido, percebido como  instrumento de poder. Tal rigidez linguística de Kraus se faz presente na peça? Em que medida?

Mariana: Karl Kraus faz uso de uma linguagem que abarca desde as portarias ministeriais mais absurdas em linguagem burocrática do alemão mais castiço até a expressão oral do comerciante mais desprezível de uma feira em Viena. A linguagem da peça tenta dar cabo dessa imensa Babel linguística que era o Império Austro-Húngaro. O alemão, embora língua franca, não era a única oficial do Estado. E mais, era falado e escrito de diferentes modos nesta amplitude geográfica. Basta pensar em Kafka, também cidadão deste Império e que escreve de outra maneira do judeu Kraus de Viena. Para Kraus soaria tão falso, tanto quanto as notícias de jornal que ele critica na época, apresentar a língua do general austríaco igual à do soldado raso, e a deste igual à do galego (Galícia polonesa) ou à do prussiano. Aliás, em qual delas reside a verdade? Na do Imperador? Na do capitão cruel? Na da mãe que perde seu filho? Na do contrabandista? Na da prostituta? Esta é uma das muitas angústias da peça: a falta de compreensão entre os personagens, pois falam não só em registros diferentes, como são de diferentes pontos geográficos do Império e de classes sociais distintas. A incompreensão gera a falta de solidariedade, a indiferença diante do sofrimento alheio e a violência física e psicológica. Acredito que Kraus defende o uso de um alemão absolutamente límpido em sua revista, pois defendia sobretudo a clareza do pensamento, sem subterfúgios, coisa rara no jornalismo de qualquer época. No caso da sua peça, teve que abrir mão de tal defesa em benefício de um projeto maior, qual seja: o retrato de uma humanidade confrontada com seu lado mais  miserável e decadente, e cujo último resquício de humano era afinal a própria linguagem.

 

Paulo. Em alguns trechos da peça, bem como em alguns de seus aforismos mais conhecidos, Kraus se posiciona de maneira um tanto retrógrada e polêmica no que se refere às mulheres e seu papel na sociedade. Do ponto de vista de uma mulher do século XXI, como você se posiciona a respeito das convicções de Kraus concernentes à questão do feminino na peça Os últimos dias da Humanidade?

 

Mariana: Parece-me que a condição feminina em uma guerra tanto na peça quanto nos dias atuais não mudou muito. Basta ler nos jornais o que acontece com a mulher na Síria de hoje, e veremos que esta não está numa posição melhor do que aquela da mulher que enfrentou a Primeira Guerra Mundial: são estupradas, violentadas, relegadas à condição de prostitutas, cantoras de cabaré, interesseiras que só pensam na própria sobrevivência, são mães que perdem seus filhos, enfim, a violência ainda vibra com mais força no corpo feminino. Por outro lado, a peça apresenta mulheres no ápice da escala social: aristocratas, atrizes consagradas, cantoras de ópera e jornalistas. Aqui talvez se possa sentir um traço de misoginia do autor. Dou um exemplo: a personagem Alice Schalek. Primeira mulher correspondente de guerra de um dos mais influentes periódicos da época (Neue Freie Presse), sempre aparece de forma coquete e frívola no meio das batalhas, completamente desconectada do mundo ao redor. As cenas são até engraçadas, se não fossem irônicas e tristes diante da indiferença dela perante o outro, que fatalmente vai morrer no combate. Por que Kraus não escolheu um homem para retratar a estupidez da imprensa na guerra? Porque era preconceituoso. Resposta fácil demais para obra de tal envergadura. Penso que Kraus transcende esse tipo de discussão: homem X mulher. Sinto que para ele a humanidade não tem gênero. É mesquinha, cruel, vil, sofre, grita e morre, sejam homens, mulheres, velhos, jovens. A humanidade do título é um imenso coro grego de vozes indistintas sem rosto. Por fim, não me  incomodei com a posição de Kraus a respeito da mulher ao longo da peça. Minha perturbação foi de outra ordem, a saber: o sofrimento da nossa reles condição humana.

 

Paulo:. Karl Kraus e seu espírito de rebeldia estão  vitalizados por exemplo nos Aforismos, vívidos e atemporais:

“Não, a alma não fica com cicatrizes. A bala entrará por um ouvido da humanidade e sairá por outro” (Kraus: 2010, p. 190)

“O que há de surpreendente na situação atual é que a mentira, com suas pernas curtas, seja forçada a correr pelo mundo – e que o consiga.” (Kraus: 2010, p. 191)

A postura contundente do autor estaria expressa igualmente no texto da peça? Foi possível observá-la na tradução para o português brasileiro?

 

Mariana: A contundência dos aforismos podem ser percebida tanto nas cenas como um todo (me refiro aqui ao humor da cena em geral) quanto em longas digressões do personagem Resmungão, alter ego do autor. Para a primeira situação cito algumas 3 cenas, a saber: (III, 9); (IV, 20) e (V, 4). Sobre falas de Resmungão ver: (III, 15) e (V, 10).

 

Paulo: “Ele lia cenas de Os últimos dias da Humanidade, um drama ciclope, não-encenável; porque a riqueza jorra das bordas da forma, transgressora das leis do gênero. Assim é Kraus, um rebelde descuidado com seu efeito. Pode-se comodamente riscar isso e aquilo e desses fragmentos faz-se uma nova peça.” (TUCHOLSKY: 1975, p. 261) Por ser bem longa, a sua versão completa tem 792 páginas, e era, portanto, uma peça de difícil, quiçá impossível, realização. Karl Kraus teria planejado a encenação do texto inteiro por um período de várias noites. Lemos o texto como dramático. Porém é notável que ela subverte o Drama com a adjetivação épica. Seria possível se pensar que com essa peça adianta alguns procedimentos sobre os quais Bertold Brecht teoriza a partir do final dos anos 20, sobretudo no prefácio à peça “Ascensão e Queda da Cidade de Mahagonny”?

 

 

Mariana: Leio o texto como dramático com toques épicos, como você bem observou tendo em vista as observações do Brecht feitas sobre a ópera acima citada. A meu ver, Kraus adianta um procedimento com clareza: cada cena para si. Vejo a peça na essência dentro das observações do teatro dramático de Brecht com uma ressalva: não existe nem o homem como dever ser nem o homem como tem de ser, apenas como é. Para mim a peça resgata o sentido do coro grego anterior à introdução do ator. Daí a inexistência do protagonista ou antagonista. Penso que, em termos formais, a obra se aproxima da descrição da tragédia grega de Nietzsche em A Origem da Tragédia. Em cinco atos, um prólogo e um epílogo tem como único personagem a humanidade do título. Apareceu pela primeira vez na sua revista (Die Fackel) em 1918-1919, tendo saído em livro em 1922. Recebeu a alcunha do próprio autor de “teatro de Marte”, pois apenas lá uma peça de pouco mais de 800 páginas poderia ser encenada. Na realidade, era extremamente rigoroso com a apresentação da obra, por isso não conseguiu vê-la no palco em vida. Fez várias leituras públicas de trechos da peça, a qual ganhou algumas montagens memoráveis em Basel em 1974, em Viena em 1980 e em Bremen em 1999, esta no espaço de um antigo bunker para submarinos. A encenação dura 4 noites.

Como a publicação de 1922 se tratava, sobretudo, de um texto para o leitor e não para o palco propriamente dito, no final de 1929 Kraus decidiu preparar uma versão radicalmente reduzida, a qual chamou de “versão para o palco” (Bühnenfassung). Nesta cortou inúmeras cenas e rearranjou as remanescentes de outra maneira. A peça permanece com cinco atos e um prólogo, mas o epílogo, por exemplo, foi retirado. Tampouco Kraus chegou a ver esta versão de quase 250 páginas encenada, a qual recebeu sua primeira montagem em 2014 no Festival de Salzburg numa encenação de 4 horas.

 

 

 

Paulo: Kraus revela uma concepção acerca do ato de traduzir no seguinte aforismo: “Uma obra da língua traduzida em outra língua: alguém que atravessa a fronteira sem sua pele e do outro lado veste o traje típico do país” (Kraus: 2010, p.134). O que você pensa disso?

 

Mariana: Kraus talvez nunca tenha pensado na tradução a partir da metáfora da música, rsrs… A tradução não é uma descaracterização, como seu aforismo deixa entrever, mas uma interpretação, como o intérprete musical e o tradutor fazem. Brahms, Busoni e Lutz escreveram três versões para a Chaconne de Bach. Esta foi originalmente composta para violino barroco e é um dos movimentos da Partira ou Sonata. Brahms, Busoni e Lutz compuseram versões desta peça para piano. O primeiro, compositor e exímio pianista, no século XIX, ou seja, no auge do Romantismo e os outros dois, brilhantes pianistas, no século XX. Além de mudarem o instrumento original da música, iluminaram-na com sua bagagem da tradição musical e com as novas possibilidades sonoras de sua época. Ao ouvi-la nós a reconhecemos, embora tenha características próprias, distintas do original. Restringi-la ao violino barroco seria triste demais para uma peça de tamanha beleza.

Se Kraus era muito ciumento com a encenação da obra, o que dizer de uma possível tradução? Seria impensável para ele. No entanto, sua tradução não é impossível, e creio que uma obra cujo título possui a palavra humanidade não pode ficar circunscrita ao mundo de língua alemã. Ela deve e tem que transcender estas fronteiras para iluminar a todos nós.

 

Paulo: Elias Canetti, prêmio Nobel de literatura em 1981, acompanhou de perto a carreira de Karl Kraus durante a primeira metade dos anos 20. Compareceu a dezenas de de suas conferências e refletiu  sobre a literatura e o sujeito na trilogia autobiográfica (A língua absolvida, Uma luz em meu ouvido, O jogo dos olhos). Em um primeiro momento, Canetti elegeu Kraus como ídolo e, semelhantemente a muitos contemporâneos, não questionou muitas posições um tanto polêmicas e arbitrárias. Gradativamente o enaltecimento e a apologia passam a dar lugar a uma visão mais crítica, conforme se depreende a partir de trechos de O jogo dos olhos  e da coletânea de ensaios A consciência das palavras. Como pesquisadora e tradutora da peça que é central nessa literatura, Mariana, e após intensa discussão com esses textos, fale-nos do papel histórico de Karl Kraus e do que ele continua a representar para a reflexão hodierna?

 

Mariana: Karl Kraus figura no seleto grupo de escritores do século XX (tais como Kafka, Broch, Musil, Canetti, Döblin, restringindo-me ao âmbito da literatura alemã) que tiveram que criar uma linguagem própria, a fim de conseguir expressar seu tempo. Kraus responde avant la lettre à afirmação feita por Adorno de que “é impossível escrever após a barbárie”, numa alusão à Segunda Guerra Mundial. Kraus faz isso com a escrita de uma obra-prima no curso da Primeira Guerra Mundial, ou seja, a literatura existe, inclusive, para retratar a miséria humana no seu nível mais vil. O papel histórico da peça é o de mostrar ao leitor ou ao espectador que nenhuma civilização, nenhuma beleza nos livram da barbárie. Por isso, a peça permanece atual, afinal a Síria não é diferente de Viena. Possivelmente, Canetti se decepcionou mais com a revista Die Fackel (a tocha), do que com a peça. Desencantou-se do homem e com o poder que ele exercia nas pessoas.

 

Paulo: No ensaio O novo Karl Kraus presente no livro A consciência das Palavras, Elias Canetti pondera a dificuldade de se articular em palavras uma introdução adequada para a peça de Kraus. Segundo ele, cada indivíduo que tenha vivido no século XX e vivenciado as duas grandes guerras carregaria em si essa introdução. No mesmo ensaio, diz que há duas formas de se ler “Os últimos dias da humanidade”: a introdução [pensada a partir] dos últimos dias que temos diante de nós e a outra como um quadro completo daquilo que precisamos eliminar de nós mesmos para que não se chegue de fato nesses últimos dias – Você concorda com a interpretação de Canetti? Em que medida o épico de Kraus representa o momento histórico em que foi escrito?

 

Mariana: Sim, concordo com a interpretação do Canetti sobre a peça. E acrescento, sua força, sua potência e também seu horror vêm do fato de ela retratar acontecimentos que tiveram lugar sem resvalar na mera reportagem. Ela confere um corpo literário aos eventos. Já no prólogo nos deparamos com uma verdade difícil de se admitir: a humanidade do título somos nós! A peça não é tão-somente sobre a Primeira Guerra Mundial, ela é sobretudo nosso confronto com nosso lado mais escuro: agiríamos de outro modo hoje se vivêssemos outra guerra? O que incomoda é a resposta negativa que ecoa sem cessar em nossas mentes e corações…

 

Paulo: Quando Elias Canetti em A Língua Absolvida fala da inclinação de Kraus à justiça e ao papel de justiceiro, ele sublinha a influência dessa personalidade em sua própria vida. Mais que o enunciado, a enunciação de Kraus nas sessões de leitura constituía um poder de persuasão: a voz! Ao passo que o jornalista Kurt Tucholsky chama a atenção não à voz, mas à vontade férrea da personalidade. Ele descreve as performances de Kraus como uma erupção constante de fortes expressões e gestos econômicos. Tendo em vista essas observações acerca da voz e dos efeitos sonoros da presença, há na peça marcas textuais estilísticas que potencializam o efeito sobre o leitor?

 

Mariana: Sem dúvida, nada mais pertinente do que o poder da voz. Ela oscila da ironia mais fina ao grito de desespero mais lancinante. Lamento que a peça dificilmente venha a ser encenada no Brasil. Embora como leitura possua seu valor, ela merece o palco. É mais para ser ouvida, do que lida. Como afirmei, é um coro grego clamando sem cessar. As marcas textuais estilísticas que tentam transmitir esta ideia tanto para o leitor quanto para o ator são as rubricas do próprio autor. Ao contrário do teatro de Shakespeare, por exemplo, em que quase não se veem rubricas, no texto Kraus há muitas instruções do humor da cena na rubrica, ajudando, portanto, o leitor a imaginar o tom da voz do personagem. Para ouvir a peça, veja no youtube trechos da leitura feita por um grande ator austríaco: o Helmut Qualtinger.

 

Paulo: Para Walter Benjamin, Kraus jamais argumentava sem estar inteiramente e

ngajado. Visando entender Kraus seria necessário aceitar que a seu ver todas as questões poderiam ser discutidas fora do âmbito do Direito. Pois, o jornalista se comportava como um insaciável promotor de justiça a todo custo  nos ‘julgamentos públicos’ que realizava na revista Die Fackel. É curioso, Kraus pode ser lido como símbolo de ódio – se se considera muitas de suas descuidadas e infundadas críticas – e ao mesmo tempo como símbolo de liberdade e paz, se se tem em conta que foi um dos únicos a militar bravamente contra a guerra num momento em que tantos se calavam. Seria legítimo afirmar essa suposta antítese em sua personalidade?

 

Mariana: Sim, tendo em vista a leitura da peça. A antítese está presente tanto na misoginia, como você levantou acima, quanto no discurso antibélico do personagem Resmungão. Não me arrisco a estender tal antítese a outros tipos textuais da revista por puro desconhecimento. E não cometo tal ousadia, pois me intriga o fato de Kraus ser pouco conhecido, portanto lido, nos países de língua alemã. Penso que, para a fortuna crítica do autor, a ideia que restou foi a do escritor preconceituoso e não a do ambíguo.

 

 

Paulo: Mariana, qual seria o legado mais importante da peça de Kraus? Quando o mundo contemporâneo continua sendo palco de guerras, ou seja, o tema central da obra de Kraus mantém-se presente, a que reflexões ela poderia conduzir?
Mariana: Paulo, gosto muito de uma das últimas passagens da peça Macbeth de Shakespeare, quando o personagem central diz: “… a vida é um conto, contado por um tolo, cheia de som e fúria, significando nada…” Para mim, este é o melhor resumo de Os últimos dias da humanidade. Nós, a humanidade do título, vivemos assim, à beira do abismo, sempre perto dos últimos dias. Há escritores que descrevem o caminho até o abismo; outros o que vislumbramos lá do alto; Kraus se propôs a relatar a queda e o inevitável fim. A peça é atual porque os últimos dias estão sempre a nos espreitar.

 

E um último comentário. Percebi que você traduz a humanidade do título com letra maiúscula. Preferi deixar a minha com letra minúscula por duas razões. A primeira porque em alemão tal palavra sendo substantivo tem que ser escrita com maiúscula. Em português a correspondência é minúscula. E segundo por pensar que a humanidade significa nada, portanto não merece destaque no título. Mas no final das contas, quando sair a publicação do livro, tudo virá grafado em maiúscula, e tal escolha vai desaparecer.

 

 

 

Referências bibliográficas – ficam provisoriamente.

Não constarão da publicação.

 

BENJAMIN, W. Gesammelte Schriften. Band 2. 1ª ed. Frankfurt am Main: Suhrkamp Verlag, 1991.

 

CANETTI, E. A consciência das palavras. 1. ed. São Paulo: Companhia de Bolso, 2011.

 

CANETTI, E. A língua absolvida. 1. ed. São Paulo: Companhia de Bolso, 2010.

 

CANETTI, E. Uma luz em meu ouvido. 1. ed. São Paulo: Companhia de Bolso, 2010.

 

CANETTI, E. Massa e poder. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

CANETTI, E. O jogo dos olhos. 1. ed. São Paulo: Companhia de Bolso, 2010.

 

KRAUS, K. Aforismos. Porto Alegre: Arquipélago Editorial, 2010.

 

ROSENFELD, A. O teatro épico. 4. ed. São Paulo: Editora Perspectiva S.A., 2006.

 

TUCHOLSKY, K. Gesammelte werke. Band 2. Reinbek: Rowohlt Verlag, 1975.