Entrevista com a dançarina e atriz inglesa Valda Setterfield
Entrevista com a dançarina e atriz inglesa Valda Setterfield
Por Dirce Waltrick do Amarante*
Em novembro de 2013, encontrei-me com a dançarina e atriz inglesa Valda Setterfield no MoMa (Museu de Arte Moderna) de Nova Iorque. Na ocasião, Setterfield apresentava a performance do coreógrafo francês Boris Charmatz e concedeu esta breve entrevista para o jornal Qorpus .
D. Você estudou balé clássico na Inglaterra. Como foi essa formação?
V.S. Na Inglaterra, eu estudei com Marie Rambert que havia estudado com Dalcroze antes de ser selecionada por Diaghilev para auxiliar Nijinsky com a música de A sagração da primavera. Ela formou sua própria escola e companhia de dança na Inglaterra. Ela tinha uma mente muito viva e nos incentivava a ler, olhar, tentar tudo o que fosse possível.
D. Como foi a sua experiência com Merce Cunnigham?
V.S. Não estava à vontade em Nova Iorque até encontrar Merce, que trabalhava com coisas que eu entendia, alinhamento e ritmo. Meu senso de ritmo era muito forte e o fraseamento Merce era extraordinário e excitante e preenchido com novos estilos de movimento. Eu nunca tinha me deparado com isso então eu tentava feitos técnicos estranhos a mim porque a estrutura rítmica era tão intoxicante.
D. Você continua dançando. Você atua em alguma companhia de dança expecialmente?
V.S. Hoje em dia, eu atua como uma dançarina/atriz. Frequentemente com “Performance Pick Up Co” dirigida pelo meu marido [David Gordon] e pelo meu filho [Ain Gordon], e também como free-lance
D. O que se precisa para ser uma boa performer?
V.S. Continuo achando que a melhor maneira de se fazer qualquer coisa é prestar muita atenção e observar tudo à sua volta e ser generoso sempre que você puder. Simples e difícil.
Tudo de bom para você e para os seus estudantes e para professores do curso.
*Professora do curso de Artes Cênicas da UFSC